Vendas de bioestimulantes em expansão no país

20/11/2014 Agricultura POR: Valor Econômico
Complexos formados por substâncias capazes de promover um melhor equilíbrio hormonal das plantas e favorecer seu crescimento, os bioestimulantes começam a ganhar espaço no mercado brasileiro com a crescente preocupação dos agricultores em incrementar o rendimento de suas lavouras.
De acordo com cálculos da consultoria BBAgro Global, esse mercado já movimenta por ano US$ 230 milhões no país, pouco mais de 10% do total global (US$ 2 bilhões), e deverá crescer para cerca de US$ 500 milhões em três anos. Além dos ganhos que podem proporcionar, o peso desses produtos no custo total é baixo, o que pode até acelerar a expansão.
Conforme Franco Borsari, diretor da BBAgro, pesquisa feita pela empresa com agricultores, distribuidores, consultores e companhias de fertilizantes especiais nas principais regiões do país apontou que o uso de fertilizantes foliares e bioestimulantes representam, em média, 3% do custo das lavouras.
Outro fator que tem potencial para elevar as vendas é o fato de os bioestimulantes, que podem ser utilizados para reduzir o abortamento global, por exemplo, ainda serem mais usados em hortaliças e frutas e terem baixa penetração no caso de grandes culturas como soja, algodão e cana-de-açúcar.
Uma das líderes do ramo, a Agrichem do Brasil cresceu, em média, 20% ao ano nos últimos três anos e pretende lançar novos produtos para acelerar esse avanço. O bioestimulante que a empresa comercializa é seu segundo produto mais vendido pela companhia, conforme o diretor administrativo e financeiro Marcelo Soares.
No caso da subsidiária brasileira da italiana Valagro, a receita da companhia com a venda de bioestimulantes cresceu 30% de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o diretor técnico Vitor Hugo Artigiani Filho.
Apesar de o potencial de crescimento das vendas nesse segmento ser considerado grande - e das estimativas da BBAgro -, Marcelo Luiz Marino Santos, diretor de fertilizantes foliares da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), observa que esse mercado ainda carece de dados mais precisos no Brasil.
Em parte por conta disso, afirma Daniel Basílio Zandonadi, analista de pesquisa da Embrapa Hortaliças, há demanda para que se crie uma regulamentação específica para os bioestimulantes, que hoje podem ser registrados no país como fertilizantes ou agrotóxicos.
Conforme Zandonadi, os bioestimulantes compõem uma categoria que inclui também inoculantes microbianos, substâncias húmicas (produto de extração de fontes ricas em matéria orgânica, como turfa, esterco), aminoácidos e extratos de algas, entre outros.
Considerados "diferenciais" que auxiliam o processo fisiológico das plantas, os bioestimulantes, conforme o pesquisador, não substituem a adubação convencional e podem ser considerados "uma nutrição fisiológica complementar".
Mas Zandonadi afirma que, no caso de produtores já bastante tecnificados, o ganho de produtividade proporcionado por esses produtos gira em torno de 5% em suas lavouras. Para quem não faz um preparo de solo adequado, por exemplo, os ganhos podem ser apenas marginais.
Complexos formados por substâncias capazes de promover um melhor equilíbrio hormonal das plantas e favorecer seu crescimento, os bioestimulantes começam a ganhar espaço no mercado brasileiro com a crescente preocupação dos agricultores em incrementar o rendimento de suas lavouras.
De acordo com cálculos da consultoria BBAgro Global, esse mercado já movimenta por ano US$ 230 milhões no país, pouco mais de 10% do total global (US$ 2 bilhões), e deverá crescer para cerca de US$ 500 milhões em três anos. Além dos ganhos que podem proporcionar, o peso desses produtos no custo total é baixo, o que pode até acelerar a expansão.
Conforme Franco Borsari, diretor da BBAgro, pesquisa feita pela empresa com agricultores, distribuidores, consultores e companhias de fertilizantes especiais nas principais regiões do país apontou que o uso de fertilizantes foliares e bioestimulantes representam, em média, 3% do custo das lavouras.
Outro fator que tem potencial para elevar as vendas é o fato de os bioestimulantes, que podem ser utilizados para reduzir o abortamento global, por exemplo, ainda serem mais usados em hortaliças e frutas e terem baixa penetração no caso de grandes culturas como soja, algodão e cana-de-açúcar.
Uma das líderes do ramo, a Agrichem do Brasil cresceu, em média, 20% ao ano nos últimos três anos e pretende lançar novos produtos para acelerar esse avanço. O bioestimulante que a empresa comercializa é seu segundo produto mais vendido pela companhia, conforme o diretor administrativo e financeiro Marcelo Soares.
No caso da subsidiária brasileira da italiana Valagro, a receita da companhia com a venda de bioestimulantes cresceu 30% de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o diretor técnico Vitor Hugo Artigiani Filho.
Apesar de o potencial de crescimento das vendas nesse segmento ser considerado grande - e das estimativas da BBAgro -, Marcelo Luiz Marino Santos, diretor de fertilizantes foliares da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), observa que esse mercado ainda carece de dados mais precisos no Brasil.
Em parte por conta disso, afirma Daniel Basílio Zandonadi, analista de pesquisa da Embrapa Hortaliças, há demanda para que se crie uma regulamentação específica para os bioestimulantes, que hoje podem ser registrados no país como fertilizantes ou agrotóxicos.
Conforme Zandonadi, os bioestimulantes compõem uma categoria que inclui também inoculantes microbianos, substâncias húmicas (produto de extração de fontes ricas em matéria orgânica, como turfa, esterco), aminoácidos e extratos de algas, entre outros.
Considerados "diferenciais" que auxiliam o processo fisiológico das plantas, os bioestimulantes, conforme o pesquisador, não substituem a adubação convencional e podem ser considerados "uma nutrição fisiológica complementar".
Mas Zandonadi afirma que, no caso de produtores já bastante tecnificados, o ganho de produtividade proporcionado por esses produtos gira em torno de 5% em suas lavouras. Para quem não faz um preparo de solo adequado, por exemplo, os ganhos podem ser apenas marginais.