Agricultores e empreendedores estão começando a concorrer com as gigantes do agronegócio na produção da mais nova commodity sendo colhida nas lavouras americanas e ela é medida em bytes, não em toneladas.
"Startups" como a Farmobile LLC, Granular Inc. e Grower Information Services Cooperative estão desenvolvendo sistemas de computador que possibilitarão aos agricultores coletar um fluxo contínuo de dados de seus tratores e colheitadeiras, armazenálos em silos digitais e vendêlos a empresas agrícolas ou operadores de mercados futuros. Tais plataformas podem permitir que os agricultores obtenham lucros maiores com a revolução tecnológica que está se espalhando pelo Cinturão Agrícola dos Estados Unidos e dar a eles mais controle sobre a informação gerada em suas terras.
Em alguns casos, essas iniciativas competem com uma gama de ferramentas de análise de dados oferecidas por grandes empresas agrícolas, como Monsanto Co., DuPont Co., Deere & Co. e Cargill Inc. Os sistemas dessas empresas utilizam plantadeiras, tratores e outras máquinas modernas equipadas com sensores para monitorar o plantio, a pulverização e a colheita. Eles, então, processam esses dados para fornecer orientações que, segundo as empresas, podem ajudar no gerenciamento das lavouras, reduzindo custos e aumentando a produtividade das safras. As empresas afirmam que os agricultores são donos de seus dados e que estes não serão vendidos para terceiros.
Alguns agricultores e empreendedores dizem que os produtores podem extrair o máximo dos seus dados compilandoos e analisandoos por conta própria por exemplo, para determinar o melhor momento de aplicar fertilizantes no solo e a quantidade necessária. E poderiam lucrar ainda mais vendendo esses dados para fabricantes de sementes, pesticidas e equipamentos, que querem saber como e quando os produtores usam máquinas e suprimentos.
As novas propostas surgem num momento em que agricultores avaliam os benefícios potenciais de compartilhar seus dados com grandes empresas agrícolas, contrapondo as possíveis vantagens com preocupações sobre a privacidade e com o receio que as empresas possam usar os dados para cobrar preços maiores por sementes e outros suprimentos.
"Precisamos envolver os agricultores porque a informação é deles", diz Dewey Hukill, presidente do conselho da Cooperativa de Serviços de Informação ao Produtor (Gisc, na sigla em inglês), que está desenvolvendo uma plataforma para coletar dados de seus 1.500 membros. Eles poderão excluir detalhes que possam identificar seus dados e combinálos com os de outros produtores para serem vendidos. Os produtores terão uma fatia dos ganhos.
Avanços na tecnologia sem fio, sensores baratos para monitorar o plantio e técnicas de processamento de dados desenvolvidas no Vale do Silício têm ajudado empresas do setor agrícola a criar sistemas que auxiliam os agricultores a descobrir qual a melhor semente para determinado tipo de solo ou se eles estão subutilizando os equipamentos.
A Monsanto, maior fabricante de sementes do mundo em vendas, investiu mais de U$ 1 bilhão em aquisições de hardware agrícola e em capacidade de análise de dados nos últimos três anos. A DuPont, que se uniu à Deere e outros grupos para desenvolver seu próprio serviço, prevê gerar até US$ 500 milhões por ano em receita com serviços agrícolas computadorizados.
O serviço Climate Pro, da Climate Corp., divisão da Monsanto, custa cerca de US$ 7,40 por hectare por ano nos EUA. A DuPont cobra US$ 150 por mês por seu conjunto "premium" de ferramentas de gestão agrícola Encirca, além de uma taxa de instalação de US$ 450. Ambas oferecem versões básicas gratuitas.
Startups como a Farmobile e a Granular afirmam que os produtores deveriam ter um controle maior sobre como suas informações são usadas. Os transmissores da Farmobile fazem o download dos dados dos sistemas de diagnósticos dos tratores e outros equipamentos e os enviam a um servidor remoto, permitindo que os administradores das plantações monitorem as operações e façam ajustes rapidamente.
A Farmobile cobra dos produtores US$ 1.250 por ano pelos transmissores e aplicativos móveis. "Estamos monetizando algo que [os produtores] não tinham monetizado antes", diz Jason Tatge, cofundador e diretorpresidente da Farmobile, que conta com cerca de 140 usuários.
As empresas que desenvolvem mercados para dados agrícolas afirmam que não têm intenção de substituir os grandes fornecedores de sementes e máquinas, mas dar aos produtores uma plataforma para que possam administrar seus próprios dados. Segundo elas, armazenar e vender seus próprios dados não impediria um produtor de compartilhar informações com uma empresa de sementes para obter uma recomendação de plantio.
As firmas que desenvolvem formas de armazenar essas informações estimam que ainda levará vários anos para formar bancos de dados abrangentes. Para que o conceito funcione, os produtores, muitos dos quais não aceitam a ideia de empresas ou negociadores de commodities tendo uma visão detalhada de seus negócios, terão que ser conquistados.
Alguns produtores gostam da possibilidade de obter receita com essas informações. "Nesse ponto, estou muito à vontade em permitir que meus dados sejam agregados a outros", diz Zachary Hunnicutt, produtor do Estado de Nebraska que está testando o sistema da Farmobile.
Dados sobre safras coletados praticamente em tempo real encontrariam compradores, por exemplo, entre operadores de futuros agrícolas de milho e trigo, diz Jon Marcus, diretor da corretora Lakefront Futures & Options LLC. "Isso não tem preço se for feito corretamente.
Agricultores e empreendedores estão começando a concorrer com as gigantes do agronegócio na produção da mais nova commodity sendo colhida nas lavouras americanas e ela é medida em bytes, não em toneladas.
"Startups" como a Farmobile LLC, Granular Inc. e Grower Information Services Cooperative estão desenvolvendo sistemas de computador que possibilitarão aos agricultores coletar um fluxo contínuo de dados de seus tratores e colheitadeiras, armazenálos em silos digitais e vendêlos a empresas agrícolas ou operadores de mercados futuros. Tais plataformas podem permitir que os agricultores obtenham lucros maiores com a revolução tecnológica que está se espalhando pelo Cinturão Agrícola dos Estados Unidos e dar a eles mais controle sobre a informação gerada em suas terras.
Em alguns casos, essas iniciativas competem com uma gama de ferramentas de análise de dados oferecidas por grandes empresas agrícolas, como Monsanto Co., DuPont Co., Deere & Co. e Cargill Inc. Os sistemas dessas empresas utilizam plantadeiras, tratores e outras máquinas modernas equipadas com sensores para monitorar o plantio, a pulverização e a colheita. Eles, então, processam esses dados para fornecer orientações que, segundo as empresas, podem ajudar no gerenciamento das lavouras, reduzindo custos e aumentando a produtividade das safras. As empresas afirmam que os agricultores são donos de seus dados e que estes não serão vendidos para terceiros.
Alguns agricultores e empreendedores dizem que os produtores podem extrair o máximo dos seus dados compilandoos e analisandoos por conta própria por exemplo, para determinar o melhor momento de aplicar fertilizantes no solo e a quantidade necessária. E poderiam lucrar ainda mais vendendo esses dados para fabricantes de sementes, pesticidas e equipamentos, que querem saber como e quando os produtores usam máquinas e suprimentos.
As novas propostas surgem num momento em que agricultores avaliam os benefícios potenciais de compartilhar seus dados com grandes empresas agrícolas, contrapondo as possíveis vantagens com preocupações sobre a privacidade e com o receio que as empresas possam usar os dados para cobrar preços maiores por sementes e outros suprimentos.
"Precisamos envolver os agricultores porque a informação é deles", diz Dewey Hukill, presidente do conselho da Cooperativa de Serviços de Informação ao Produtor (Gisc, na sigla em inglês), que está desenvolvendo uma plataforma para coletar dados de seus 1.500 membros. Eles poderão excluir detalhes que possam identificar seus dados e combinálos com os de outros produtores para serem vendidos. Os produtores terão uma fatia dos ganhos.
Avanços na tecnologia sem fio, sensores baratos para monitorar o plantio e técnicas de processamento de dados desenvolvidas no Vale do Silício têm ajudado empresas do setor agrícola a criar sistemas que auxiliam os agricultores a descobrir qual a melhor semente para determinado tipo de solo ou se eles estão subutilizando os equipamentos.
A Monsanto, maior fabricante de sementes do mundo em vendas, investiu mais de U$ 1 bilhão em aquisições de hardware agrícola e em capacidade de análise de dados nos últimos três anos. A DuPont, que se uniu à Deere e outros grupos para desenvolver seu próprio serviço, prevê gerar até US$ 500 milhões por ano em receita com serviços agrícolas computadorizados.
O serviço Climate Pro, da Climate Corp., divisão da Monsanto, custa cerca de US$ 7,40 por hectare por ano nos EUA. A DuPont cobra US$ 150 por mês por seu conjunto "premium" de ferramentas de gestão agrícola Encirca, além de uma taxa de instalação de US$ 450. Ambas oferecem versões básicas gratuitas.
Startups como a Farmobile e a Granular afirmam que os produtores deveriam ter um controle maior sobre como suas informações são usadas. Os transmissores da Farmobile fazem o download dos dados dos sistemas de diagnósticos dos tratores e outros equipamentos e os enviam a um servidor remoto, permitindo que os administradores das plantações monitorem as operações e façam ajustes rapidamente.
A Farmobile cobra dos produtores US$ 1.250 por ano pelos transmissores e aplicativos móveis. "Estamos monetizando algo que [os produtores] não tinham monetizado antes", diz Jason Tatge, cofundador e diretorpresidente da Farmobile, que conta com cerca de 140 usuários.
As empresas que desenvolvem mercados para dados agrícolas afirmam que não têm intenção de substituir os grandes fornecedores de sementes e máquinas, mas dar aos produtores uma plataforma para que possam administrar seus próprios dados. Segundo elas, armazenar e vender seus próprios dados não impediria um produtor de compartilhar informações com uma empresa de sementes para obter uma recomendação de plantio.
As firmas que desenvolvem formas de armazenar essas informações estimam que ainda levará vários anos para formar bancos de dados abrangentes. Para que o conceito funcione, os produtores, muitos dos quais não aceitam a ideia de empresas ou negociadores de commodities tendo uma visão detalhada de seus negócios, terão que ser conquistados.
Alguns produtores gostam da possibilidade de obter receita com essas informações. "Nesse ponto, estou muito à vontade em permitir que meus dados sejam agregados a outros", diz Zachary Hunnicutt, produtor do Estado de Nebraska que está testando o sistema da Farmobile.
Dados sobre safras coletados praticamente em tempo real encontrariam compradores, por exemplo, entre operadores de futuros agrícolas de milho e trigo, diz Jon Marcus, diretor da corretora Lakefront Futures & Options LLC. "Isso não tem preço se for feito corretamente.