O litro do etanol hidratado abriu o mês de agosto em Mato Grosso com nova baixa ao consumidor e ocupando o segundo lugar do ranking nacional, que aponta os preços mais baratos do combustível, elaborado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Semanalmente a Agência afere os preços em todas as capitais e algumas cidades do interior do Brasil e elenca os preços médios apurados. Até o final de julho, o preço médio de Mato Grosso era apenas o quarto mais acessível e pela primeira vez, neste ano, chega a segunda colocação.
Conforme a última pesquisa da ANP, entre os dias 10 e 16 deste mês, o preço médio para o litro do combustível é de R$ 1,90, atrás apenas da média do estado de São Paulo em R$ 1,87. Considerando as mínimas e as máximas apuradas pela Agência nas oito cidades mato-grossenses onde o levantamento é realizado - Sinop, Sorriso, Cáceres, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Santo Antônio de Leverger e Alta Floresta - o litro tem piso de R$ 1,69 e teto de R$ 2,39, valores seis e dez centavos inferiores aos da semana anterior, respectivamente. Nas últimas quatro semanas, o preço médio em Mato Grosso passou de R$ 2,03 para R$ 1,90, queda de quase 6%.
Mas, comparando apenas a evolução do mercado em Cuiabá e Várzea Grande, cidades que exibem os menores valores do Estado, a queda é mais significativa quando se avalia o desempenho do mercado varejista e do setor produtivo. Em maio, quando todas as dez usinas de cana-de-açúcar estavam em plena moagem da matéria-prima os preços nos postos se mantinham em média em R$ 2,29. De lá pra cá, a redução acumula baixa de quase 26,5%, considerando o valor vigente daquele momento, R$ 2,29 contra R$ 1,69. A redução, iniciada de forma tímida ainda no final de maio, após o reinício da moagem de cana-de-açúcar, ganhou força nas ultimas semanas.
As baixas - que para muitos empresários varejistas são frutos também de uma guerra de preços, onde há necessidade de fazer caixa e acompanhar o movimento da concorrência - podem ser vistas em todos os postos, variando apenas o percentual na bomba. Há litro por até R$ 1,67, mas os valores mais encontrados são de R$ 1,69 e R$ 1,79. Os novos valores ao consumidor são exibidos inclusive em postos bandeirados, como Petrobras e Shell, que geralmente, por serem exclusivos de uma determinada marca/companhia, são os últimos a aderir à movimentação. Frentistas dizem que alguns postos estão com preços mais baixos do que deveriam, ou seja, do que foi repassado pela distribuidora, porque o vizinho reduziu e para não perder vendas é preferível enxugar a margem de lucro. "Em função dessa dobradinha, aumento da oferta com a safra de cana e guerra de preços, não sabemos dizer até que nível o litro do etanol pode chegar e nem por quanto tempo pode durar a temporada", conta um frentista de Várzea Grande, Carlito de Souza.
Marianna Peres
O litro do etanol hidratado abriu o mês de agosto em Mato Grosso com nova baixa ao consumidor e ocupando o segundo lugar do ranking nacional, que aponta os preços mais baratos do combustível, elaborado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Semanalmente a Agência afere os preços em todas as capitais e algumas cidades do interior do Brasil e elenca os preços médios apurados. Até o final de julho, o preço médio de Mato Grosso era apenas o quarto mais acessível e pela primeira vez, neste ano, chega a segunda colocação.
Conforme a última pesquisa da ANP, entre os dias 10 e 16 deste mês, o preço médio para o litro do combustível é de R$ 1,90, atrás apenas da média do estado de São Paulo em R$ 1,87. Considerando as mínimas e as máximas apuradas pela Agência nas oito cidades mato-grossenses onde o levantamento é realizado - Sinop, Sorriso, Cáceres, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Santo Antônio de Leverger e Alta Floresta - o litro tem piso de R$ 1,69 e teto de R$ 2,39, valores seis e dez centavos inferiores aos da semana anterior, respectivamente. Nas últimas quatro semanas, o preço médio em Mato Grosso passou de R$ 2,03 para R$ 1,90, queda de quase 6%.
Mas, comparando apenas a evolução do mercado em Cuiabá e Várzea Grande, cidades que exibem os menores valores do Estado, a queda é mais significativa quando se avalia o desempenho do mercado varejista e do setor produtivo. Em maio, quando todas as dez usinas de cana-de-açúcar estavam em plena moagem da matéria-prima os preços nos postos se mantinham em média em R$ 2,29. De lá pra cá, a redução acumula baixa de quase 26,5%, considerando o valor vigente daquele momento, R$ 2,29 contra R$ 1,69. A redução, iniciada de forma tímida ainda no final de maio, após o reinício da moagem de cana-de-açúcar, ganhou força nas ultimas semanas.
As baixas - que para muitos empresários varejistas são frutos também de uma guerra de preços, onde há necessidade de fazer caixa e acompanhar o movimento da concorrência - podem ser vistas em todos os postos, variando apenas o percentual na bomba. Há litro por até R$ 1,67, mas os valores mais encontrados são de R$ 1,69 e R$ 1,79. Os novos valores ao consumidor são exibidos inclusive em postos bandeirados, como Petrobras e Shell, que geralmente, por serem exclusivos de uma determinada marca/companhia, são os últimos a aderir à movimentação. Frentistas dizem que alguns postos estão com preços mais baixos do que deveriam, ou seja, do que foi repassado pela distribuidora, porque o vizinho reduziu e para não perder vendas é preferível enxugar a margem de lucro. "Em função dessa dobradinha, aumento da oferta com a safra de cana e guerra de preços, não sabemos dizer até que nível o litro do etanol pode chegar e nem por quanto tempo pode durar a temporada", conta um frentista de Várzea Grande, Carlito de Souza.
Marianna Peres