O setor sucroalcooleiro acaba de perder um de seus principais representantes, símbolo de persistência e de inovação na cadeia produtiva e econômica do segmento. Presidente honorário da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana), o advogado Hermínio Jacon não resistiu às complicações cardíacas e pulmonares e morreu na manhã do dia 16 de agosto, na cidade de Lençóis Paulista.
Advogado por formação e vereador lençoense por dois mandatos, Jacon sempre demonstrou forte compromisso e preocupação em defender os interesses dos plantadores de cana de Lençóis Paulista e também do Estado de São Paulo.
Foi a voz de todos em comissões federais e estaduais que há mais de 20 anos debatem as políticas públicas para este importante segmento da economia nacional. Enquanto se discutia nas ruas o álcool combustível, ele participava de reuniões para convencer a indústria automotiva a produzir o motor flex. Hoje, o etanol está nos carros, motos e aviões.
Jacon representou o setor sucroenergético em várias instâncias do poder e entidades representativas. Foi, por 18 anos, presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana-de-Açúcar da Região Centro-Sul do Brasil), o que nos remete à realidade de que a própria existência dessa entidade e de outras associações de fornecedores de cana se deve muito ao seu trabalho, sempre pautado pela dedicação e busca de soluções por meio do diálogo e da integração e não do conflito.
Jacon também foi redator-chefe do Jornal O ECO durante a década de 60. Foi conselheiro titular do antigo Instituto do Açúcar e do Álcool, por sete anos, até a extinção do órgão. Foi representante, nas décadas de 70 e 80, do Instituto Brasileiro do Café.
Foi eleito presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana) no início de 1970 e permanecia no cargo de assessor administrativo da entidade.
Por 12 anos, Jacon foi vice-presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), e por 10 anos consecutivos foi diretor-presidente do Conselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana), do qual, a partir deste ano, passou a ser presidente honorário.
Como presidente do Consecana, buscou o aprimoramento do sistema, assim como a evolução do diálogo entre indústria e produtores para uma relação mais justa e produtiva.
Também foi membro da mesa Coordenadora da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, a Faesp.
Foi um dos fundadores, diretor e tesoureiro da Amcesp, a Associação dos Municípios Canavieiros do Estado de São Paulo, além de diretor, vice-presidente e presidente em Exercício da Feplana, a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva.
Incansável e destemido, escreveu uma trajetória de grandes conquistas para o setor. Tantas, que precisamos agradecer imensamente sua atuação. Sua obra permanecerá nos corações e no dia-a-dia dos que sempre o admiraram como empreendedor e amigo.
Apesar da profunda tristeza, existe um sentimento maior nos amigos, entre os quais me incluo: um grande orgulho pela oportunidade de ter compartilhado de uma história de vida grandiosa, legado que beneficiou muitas pessoas, na nossa região e em todo o Brasil.
Fica a nossa homenagem a um amigo inesquecível e nosso abraço carinhoso a família que ele tanto amou -- a esposa Maria Isabel, os filhos Paulo, Silvia e Ângela, aos netos -- e a uma legião de amigos que conquistou em todo o Brasil.
Antonio Carlos Mendes Thame - Professor licenciado do
Departamento de Economia da Esalq/Usp, é deputado federal
O setor sucroalcooleiro acaba de perder um de seus principais representantes, símbolo de persistência e de inovação na cadeia produtiva e econômica do segmento. Presidente honorário da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana), o advogado Hermínio Jacon não resistiu às complicações cardíacas e pulmonares e morreu na manhã do dia 16 de agosto, na cidade de Lençóis Paulista.
Advogado por formação e vereador lençoense por dois mandatos, Jacon sempre demonstrou forte compromisso e preocupação em defender os interesses dos plantadores de cana de Lençóis Paulista e também do Estado de São Paulo.
Foi a voz de todos em comissões federais e estaduais que há mais de 20 anos debatem as políticas públicas para este importante segmento da economia nacional. Enquanto se discutia nas ruas o álcool combustível, ele participava de reuniões para convencer a indústria automotiva a produzir o motor flex. Hoje, o etanol está nos carros, motos e aviões.
Jacon representou o setor sucroenergético em várias instâncias do poder e entidades representativas. Foi, por 18 anos, presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana-de-Açúcar da Região Centro-Sul do Brasil), o que nos remete à realidade de que a própria existência dessa entidade e de outras associações de fornecedores de cana se deve muito ao seu trabalho, sempre pautado pela dedicação e busca de soluções por meio do diálogo e da integração e não do conflito.
Jacon também foi redator-chefe do Jornal O ECO durante a década de 60. Foi conselheiro titular do antigo Instituto do Açúcar e do Álcool, por sete anos, até a extinção do órgão. Foi representante, nas décadas de 70 e 80, do Instituto Brasileiro do Café.
Foi eleito presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana) no início de 1970 e permanecia no cargo de assessor administrativo da entidade.
Por 12 anos, Jacon foi vice-presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), e por 10 anos consecutivos foi diretor-presidente do Conselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana), do qual, a partir deste ano, passou a ser presidente honorário.
Como presidente do Consecana, buscou o aprimoramento do sistema, assim como a evolução do diálogo entre indústria e produtores para uma relação mais justa e produtiva.
Também foi membro da mesa Coordenadora da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, a Faesp.
Foi um dos fundadores, diretor e tesoureiro da Amcesp, a Associação dos Municípios Canavieiros do Estado de São Paulo, além de diretor, vice-presidente e presidente em Exercício da Feplana, a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva.
Incansável e destemido, escreveu uma trajetória de grandes conquistas para o setor. Tantas, que precisamos agradecer imensamente sua atuação. Sua obra permanecerá nos corações e no dia-a-dia dos que sempre o admiraram como empreendedor e amigo.
Apesar da profunda tristeza, existe um sentimento maior nos amigos, entre os quais me incluo: um grande orgulho pela oportunidade de ter compartilhado de uma história de vida grandiosa, legado que beneficiou muitas pessoas, na nossa região e em todo o Brasil.
Fica a nossa homenagem a um amigo inesquecível e nosso abraço carinhoso a família que ele tanto amou -- a esposa Maria Isabel, os filhos Paulo, Silvia e Ângela, aos netos -- e a uma legião de amigos que conquistou em todo o Brasil.
Antonio Carlos Mendes Thame - Professor licenciado do
Departamento de Economia da Esalq/Usp, é deputado federal