A nova aliada do etanol brasileiro
03/12/2013
Etanol
POR: O Estado de S.Paulo
A Novozymes, fabricante dinamarquesa de enzimas, prevê dobrar seu faturamento na América Latina até 2020, em um crescimento puxado pelos projetos de produção de etanol de segunda geração no Brasil. A receita da empresa na região em 2012 foi de US$ 200 milhões e o Brasil é o mercado mais importante.
"O etanol de segunda geração é uma das principais apostas da Novozymes no mundo. E o Brasil é nossa maior aposta nesta área", disse Ricardo Blandy, responsável pela área de biomassa da Novozymes na América Latina. Hoje a empresa tem uma fábrica em Araucária (PR) para outro tipo de enzima, usada principalmente pela indústria de higiene e limpeza.
A companhia já decidiu que construirá uma unidade no Brasil no ano que vem para produzir enzimas desenvolvidas para o etanol de segunda geração. O novo combustível é gerado a partir da conversão do bagaço e da palha de cana, em um processo químico catalisado pela enzima.
A nova fábrica receberá investimentos de cerca de US$ 300 milhões e deve entrar em operação até 2017. A Novozymes quer integrar a produção à fábrica de um parceiro para economizar energia e reduzir o custo logístico. "A localização depende do parceiro que vamos escolher. Pode ser um cliente ou fornecedor de matéria-prima", disse Blandy.
A Novozymes já assinou contratos com Raízen e Granbio, que vão inaugurar suas primeiras unidades em 2014. Petrobrás, Odebrecht e Copersucar também estão avaliando projetos na área e a Novozymes tem conversado com todas elas. "O tamanho da fábrica depende de quantas parcerias vamos fechar", disse Blandy.