A região na causa global

05/11/2014 Geral POR: Editorial Folha da Região - Araçatuba/SP
Os governos que insistem nas formas de enriquecimento à custa dos recursos naturais finitos estão colocando em risco o futuro de toda uma geração e, se confirmadas as ameaças, do próprio planeta. O último Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgado anteontem, serve de alerta aos governantes internacionais e locais a fim de rever os atuais mecanismos de produção.
O relatório, elaborado com a participação de mais de 800 cientistas de 80 países, mostra que a emissão de gases de efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, tem aumentado desde a era pré-industrial, como consequência do crescimento econômico e da população. De 2000 a 2010, indica o documento, as emissões foram as mais altas da história.
De acordo com a síntese do estudo, mesmo se houver um esforço das nações para limitar o aquecimento da Terra a 2%A C, ainda assim, os efeitos continuarão a ser sentidos por um longo tempo. Isso porque as ondas de calor vão ocorrer com mais frequência e durar mais, e precipitações extremas se tornarão mais intensas e frequentes, em mais regiões, sugerem os pesquisadores.
O Brasil tem opções criativas para se desenvolver de maneira sustentável, ideal pregado pelos cientistas que deram o alerta das mudanças climáticas. O interior paulista, onde está a região de Araçatuba, é um bom exemplo da oferta de energia limpa, mas que ainda não mereceu a devida atenção por parte das políticas de incentivo.
Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa concluiu que o etanol de cana-de-açúcar, abundante na região, é capaz de reduzir em 73% as emissões de dióxido de carbono na atmosfera se usado para substituir a gasolina. Sem uma explicação coerente, nos últimos anos, o governo federal tem reduzido seus incentivos à economia verde e concentrado os subsídios ao combustível fóssil.
Além disso, por meio da incidência solar anual, o Estado de São Paulo tem potencial energético sustentável para abastecer 4,6 milhões de residências, ou seja, 30% do consumo residencial dos municípios paulistas. E, também neste setor, pesquisa do governo classificou a região de Araçatuba, ao lado de Barretos e São José do Rio Preto, com grande potencial para receber empreendimentos de energia solar.
Como se vê, são muitas as alternativas que aparecem para inverter os danos causados ao longo dos séculos. Algumas das opções estão mais perto do que se imagina, mas é preciso defender o bom uso das energias renováveis como resposta para a pior ameaça global que o ser humano já teve. Não há plano alternativo ao futuro da raça humana, pois só há um planeta Terra a ser preservado.
Os governos que insistem nas formas de enriquecimento à custa dos recursos naturais finitos estão colocando em risco o futuro de toda uma geração e, se confirmadas as ameaças, do próprio planeta. O último Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgado anteontem, serve de alerta aos governantes internacionais e locais a fim de rever os atuais mecanismos de produção.
O relatório, elaborado com a participação de mais de 800 cientistas de 80 países, mostra que a emissão de gases de efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, tem aumentado desde a era pré-industrial, como consequência do crescimento econômico e da população. De 2000 a 2010, indica o documento, as emissões foram as mais altas da história.
De acordo com a síntese do estudo, mesmo se houver um esforço das nações para limitar o aquecimento da Terra a 2%A C, ainda assim, os efeitos continuarão a ser sentidos por um longo tempo. Isso porque as ondas de calor vão ocorrer com mais frequência e durar mais, e precipitações extremas se tornarão mais intensas e frequentes, em mais regiões, sugerem os pesquisadores.
O Brasil tem opções criativas para se desenvolver de maneira sustentável, ideal pregado pelos cientistas que deram o alerta das mudanças climáticas. O interior paulista, onde está a região de Araçatuba, é um bom exemplo da oferta de energia limpa, mas que ainda não mereceu a devida atenção por parte das políticas de incentivo.
Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa concluiu que o etanol de cana-de-açúcar, abundante na região, é capaz de reduzir em 73% as emissões de dióxido de carbono na atmosfera se usado para substituir a gasolina. Sem uma explicação coerente, nos últimos anos, o governo federal tem reduzido seus incentivos à economia verde e concentrado os subsídios ao combustível fóssil.
Além disso, por meio da incidência solar anual, o Estado de São Paulo tem potencial energético sustentável para abastecer 4,6 milhões de residências, ou seja, 30% do consumo residencial dos municípios paulistas. E, também neste setor, pesquisa do governo classificou a região de Araçatuba, ao lado de Barretos e São José do Rio Preto, com grande potencial para receber empreendimentos de energia solar.
Como se vê, são muitas as alternativas que aparecem para inverter os danos causados ao longo dos séculos. Algumas das opções estão mais perto do que se imagina, mas é preciso defender o bom uso das energias renováveis como resposta para a pior ameaça global que o ser humano já teve. Não há plano alternativo ao futuro da raça humana, pois só há um planeta Terra a ser preservado.