A "semente" da mudança

10/09/2014 Geral POR: UDOP
O pessimismo que ronda as rodas de executivos do nosso segmento nos tem demonstrado com frequência que vivemos uma crise sem precedentes na história de quase cinco séculos da cana-de-açúcar no Brasil.
Para alguns pensadores, a atual crise foi criada, uma vez que advém de inúmeras más ações ou inações de quem detém o poder: o governo federal e seus desmandos que acabaram por solapar nossa concorrência, fechando quase 15% das usinas brasileiras e ainda colocando em xeque pelo menos mais 30% das unidades existentes.
Aprender com a crise é talvez a única saída para conquistarmos, ou reconquistarmos, nosso lugar ao sol e voltarmos a ser a mola propulsora do agronegócio brasileiro e ainda sustentarmos o crescimento do PIB agroindustrial.
Temos muito a aprender com os orientais. Na língua chinesa, por exemplo, a palavra crise é formada por dois ideogramas que juntos formam as palavras "perigo" e "oportunidade". Temos preferido encarar o atual momento em que vivemos como a oportunidade de darmos a volta por cima e sairmos mais fortalecidos que antes, afinal: "aquilo que não me mata, me fortalece".
Há tempos dizemos que uma das saídas para o atual momento que vivemos é investirmos em P&D (pesquisa e desenvolvimento), afinal, o açúcar, o etanol e a bioeletricidade são produzimos no campo, e não nas usinas, como muitos teimam em acreditar.
Perseguir a cana de três dígitos pode nos manter vivos sem qualquer intervenção política. Mas parece estranho defender maiores aportes em P&D quando sequer temos capital para bancar nossas pesadas folhas de pagamento, para citar apenas esta.
Vejamos um exemplo de quem acredita no futuro: com grande expectativa presenciamos recentemente o lançamento de um novo produto de uma multinacional que não esqueceu suas origens e continua investindo e perseguindo a melhor cana, o melhor sistema de produção e por consequência os melhores resultados.
O Novo Plene, como foi batizado o produto da Syngenta, pode significar a cristalização do sonho de muitos agricultores: o de plantar cana com "semente", reduzindo-se assim o pisoteio de soqueiras, a necessidade de viveiros de mudas, revolvimento menor do solo, menor quantidade de gemas a serem plantadas por hectare, dentre outros benefícios.
Podendo estar no mercado em 2017, o Novo Plene pode representar a semente da mudança de um paradigma e ainda impulsionar a nova onda de expansão sucroenergética que deve ocorrer nos próximos anos.
O investimento de milhões de dólares é prova inconteste de que a Syngenta acredita neste segmento e vê a oportunidade de contribuir para que possamos deixar o foco na crise e mirarmos no futuro.
A "semente" da nova cana abrigará as melhores variedades de todos os institutos de pesquisa do Brasil. Trata-se de uma solução para vários problemas que enfrentamos, como por exemplo a falta de viveiros de mudas, o que contribuiu e muito para as baixas produtividades que vemos hoje em nossos canaviais.
É lógico que não podemos esquecer dos fatores externos, como o clima atípico que temos enfrentado nas últimas safras, e que também tem sua parcela de "culpa" nos rendimentos atuais.
Mas só de imaginar que com o Novo Plene poderemos plantar cana como se plantam grãos, em cápsulas produzidas com as melhores variedades, envoltas ainda em fungicidas e demais defensivos que minimizarão os reais impactos de pragas e doenças, afora os benefícios no que concerne ao sistema de produção, nos enchemos de esperança de que o caminho da mudança pode estar sendo aberto.
Pavimentar este caminho é nosso dever. Devemos regá-lo com muita esperança e adornar suas encostas com otimismo e muito trabalho, na certeza de que neste exato momento está se erguendo o futuro!
* Texto originalmente publicado na Revista Stab. (27/08/14)
Rogério Mian e Antonio Salibe - Coordenador de Comunicação e Presidente executivo da UDOP, respectivamente.
 
O pessimismo que ronda as rodas de executivos do nosso segmento nos tem demonstrado com frequência que vivemos uma crise sem precedentes na história de quase cinco séculos da cana-de-açúcar no Brasil.
Para alguns pensadores, a atual crise foi criada, uma vez que advém de inúmeras más ações ou inações de quem detém o poder: o governo federal e seus desmandos que acabaram por solapar nossa concorrência, fechando quase 15% das usinas brasileiras e ainda colocando em xeque pelo menos mais 30% das unidades existentes.
Aprender com a crise é talvez a única saída para conquistarmos, ou reconquistarmos, nosso lugar ao sol e voltarmos a ser a mola propulsora do agronegócio brasileiro e ainda sustentarmos o crescimento do PIB agroindustrial.
Temos muito a aprender com os orientais. Na língua chinesa, por exemplo, a palavra crise é formada por dois ideogramas que juntos formam as palavras "perigo" e "oportunidade". Temos preferido encarar o atual momento em que vivemos como a oportunidade de darmos a volta por cima e sairmos mais fortalecidos que antes, afinal: "aquilo que não me mata, me fortalece".
Há tempos dizemos que uma das saídas para o atual momento que vivemos é investirmos em P&D (pesquisa e desenvolvimento), afinal, o açúcar, o etanol e a bioeletricidade são produzimos no campo, e não nas usinas, como muitos teimam em acreditar.
Perseguir a cana de três dígitos pode nos manter vivos sem qualquer intervenção política. Mas parece estranho defender maiores aportes em P&D quando sequer temos capital para bancar nossas pesadas folhas de pagamento, para citar apenas esta.
Vejamos um exemplo de quem acredita no futuro: com grande expectativa presenciamos recentemente o lançamento de um novo produto de uma multinacional que não esqueceu suas origens e continua investindo e perseguindo a melhor cana, o melhor sistema de produção e por consequência os melhores resultados.
O Novo Plene, como foi batizado o produto da Syngenta, pode significar a cristalização do sonho de muitos agricultores: o de plantar cana com "semente", reduzindo-se assim o pisoteio de soqueiras, a necessidade de viveiros de mudas, revolvimento menor do solo, menor quantidade de gemas a serem plantadas por hectare, dentre outros benefícios.
Podendo estar no mercado em 2017, o Novo Plene pode representar a semente da mudança de um paradigma e ainda impulsionar a nova onda de expansão sucroenergética que deve ocorrer nos próximos anos.
O investimento de milhões de dólares é prova inconteste de que a Syngenta acredita neste segmento e vê a oportunidade de contribuir para que possamos deixar o foco na crise e mirarmos no futuro.
A "semente" da nova cana abrigará as melhores variedades de todos os institutos de pesquisa do Brasil. Trata-se de uma solução para vários problemas que enfrentamos, como por exemplo a falta de viveiros de mudas, o que contribuiu e muito para as baixas produtividades que vemos hoje em nossos canaviais.
É lógico que não podemos esquecer dos fatores externos, como o clima atípico que temos enfrentado nas últimas safras, e que também tem sua parcela de "culpa" nos rendimentos atuais.
Mas só de imaginar que com o Novo Plene poderemos plantar cana como se plantam grãos, em cápsulas produzidas com as melhores variedades, envoltas ainda em fungicidas e demais defensivos que minimizarão os reais impactos de pragas e doenças, afora os benefícios no que concerne ao sistema de produção, nos enchemos de esperança de que o caminho da mudança pode estar sendo aberto.
Pavimentar este caminho é nosso dever. Devemos regá-lo com muita esperança e adornar suas encostas com otimismo e muito trabalho, na certeza de que neste exato momento está se erguendo o futuro!
* Texto originalmente publicado na Revista Stab. (27/08/14)
Rogério Mian e Antonio Salibe - Coordenador de Comunicação e Presidente executivo da UDOP, respectivamente.