ABAG-RP lança 2ª edição da campanha de prevenção contra incêndio

03/08/2016 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros – Edição 122
A segunda edição da Campanha Institucional de Conscientização, Prevenção e Combate aos Incêndios foi lançada no dia 21 de julho, em Ribeirão Preto-SP. A ação, promovida pela ABAG-RP (Associação Brasileira de Agronegócio), conta com parceria com usinas, entidades e produtores rurais e foi concebida em 2014, ano marcado por forte estiagem e aumento dos focos de incêndios, quando quase cinco mil ocorrências de fogo trouxeram grandes prejuízos para o meio ambiente e para o setor produtivo. 
Colocada em prática em 2015, através da comunicação e da educação para conscientizar e incentivar a adoção de atitudes que evitassem os incêndios, e ao mesmo tempo mostrassem para a sociedade que eles são tão prejudiciais para o campo quanto para a cidade. 
Nesta segunda edição, a campanha continua focada na prevenção e conscientização de todos, inclusive dos produtores rurais. “Mas não é uma ação exclusivamente voltada à cana-de-açúcar. É uma iniciativa que previne incêndios em florestas, áreas de preservação permanente e até nas cidades, cada vez mais próximas do campo. É uma campanha que pode ser replicada por produtores de todas as culturas”, explicou Marcos Matos, diretor da ABAG-RP, ao dar às boas-vindas aos participantes do lançamento.
Matos informou que foram registrados em 2015, 1.984 focos de incêndio, número 60% menor em relação à 2014, isso devido ao clima mais ameno e chuvoso durante o inverno e a intensificação das ações de conscientização, prevenção e combate aos incêndios.
Na ocasião, o executivo anunciou a adesão das 33 associações ligadas à ORPLANA à campanha, fato que, aliado às replicações promovidas em outras unidades das usinas, cooperativas e associações parceiras, contribui para multiplicar o alcance da iniciativa, que abrange em  2016, uma área de cana de dois milhões de hectares, um milhão cultivado por produtores e um milhão pelos grupos empresariais do setor sucroenergético.
A exemplo de 2015, a estratégia é fazer uso da educação e da comunicação para incentivar a adoção de atitudes que evitem os incêndios. No primeiro ano da campanha foram realizadas palestras em escolas, clubes de serviço, indústrias e agroindústrias e distribuídas 85 mil cartilhas. Além disso, foram instalados 118 outdoors, 121 placas de estrada, além de 53 busdoors. Nas emissoras de rádio e televisão foram veiculados, durante três meses, comerciais institucionais, atingindo mais de 3,5 milhões de pessoas.
Aumento dos focos de incêndios A SMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) constatou que o ano de 2016 está mais seco em relação a 2015 e os dados quanto à ocorrência de incêndios já são preocupantes, pois de 1º de janeiro até 30 de junho, foram registrados 998 focos de incêndio, representando um aumento de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. O número é considerado recorde e está acima dos contabilizados na mesma época, em 2010 e 2014, anos marcados por severas secas. Os dados mostram ainda que o mês de abril foi o mais seco nos últimos 10 anos, com registro de 307 focos, quatro vezes mais que 2015. 
Já em relação ao Brasil os focos chegaram a 34 mil este ano, entre os dias 1º janeiro a 20 de julho, contra 24 mil registrados no ano passado, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), sendo que na região Centro--Oeste foram constatados 10,5 mil focos em 2016, e deste total, 8 mil, em Mato Grosso.
Ao participar do lançamento da campanha, o gerente regional da Cetesb, em Ribeirão Preto-SP, Marco Artuzo, esclareceu que, até o momento, não houve aumento de incêndios na região de Ribeirão Preto-SP. “A preocupação é em relação ao período de agosto até meados de setembro, quando normalmente ocorre o pico maior em função da estiagem prolongada, mas, por enquanto, os eventos, tanto em cana, quanto como em vegetação natural, ocorrem em uma média até aceitável no momento”, esclareceu, pontuando que a campanha contribui para disseminar informações e a conscientização sobre o combate aos focos de incêndio. Como presidente da Câmara Setorial Sucroalcooleira do Estado de São Paulo, Artuzo afirmou na oportunidade, que vai propor que o exemplo seja seguido por outras regiões. “A campanha é fundamental, pois age na ação da prevenção, com a integração de todos os segmentos no caso de ocorrência”, disse ele. A regional da Cetesb de Ribeirão Preto abrange 24 municípios da região produtora de cana-de-açúcar.
Para Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, a iniciativa da ABAG-RP em parceria com usinas e produtores rurais, promove a comunicação e integração entre os órgãos públicos, como Cetesb, Ministério Público, Polícia Ambiental, produtores rurais e usinas, que frequentemente se viam como inimigos.
“A iniciativa fez com que nos uníssemos, e, criou um ambiente propício para que o assunto evoluísse no sentido de resolver os problemas e implementar medidas que pudessem minimizar os riscos de incêndios”, ressaltou ele, ao explanar no evento, lembrando que o prazo do acordo que permite queimar canaviais está chegando ao fim e a iniciativa da ABAG-RP ajuda a acabar com a pecha (vício) de que o produtor rural é criminoso, constantemente acusado de atear fogo no campo, principalmente em cana. O presidente da Canaoeste ressaltou ainda que os incêndios também acontecem de forma natural, acidental e criminosa, e que independentemente da causa, não interessam a ninguém. Ortolan estava acompanhado na ocasião, pelo gestor corporativo da Canaoeste, Almir Torcato e pelo advogado da associação, Juliano Bortoloti.
Falando ainda pelos fornecedores, Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da Socicana, reassumiu o compromisso de fazer ainda mais em 2016 e ressaltou, que embora seja um trabalho de formiguinha, é importante a conscientização. “A campanha é uma ferramenta importantíssima, por isso, temos que continuar o trabalho, evoluindo constantemente e que sirva de exemplo para outras iniciativas de segurança no campo”, afirmou.
A adesão das associações de fornecedores à ação foi considerada positiva pelo gestor executivo da ORPLANA, Celso Albano de Carvalho, pois elas levarão a mensagem tanto para os associados quanto para a comunidade onde estão inseridas. De acordo com ele, somente no Estado de São Paulo, existem quase 11 mil fornecedores de cana vinculados à ORPLANA, distribuídos em 25 associações, o que dá a ideia de como o alcance da iniciativa pode ser multiplicado.
Para o assessor de Meio Ambiente do Grupo São Martinho, Vitor Morilha, a campanha deu visibilidade às ações de prevenção e combate aos focos de incêndios já realizadas por produtores e usinas. Além disso, ampliou a rede de comunicação entre as unidades, assim como com os produtores, e o meio urbano, o que tem agilizado a identificação e o combate aos incêndios, através de monitoramento contínuo e planos de auxilio mútuo, reduzindo o tempo para reação no combate aos incêndios e a área atingida, diminuindo assim, prejuízos econômicos e ambientais.
Morilha citou alguns impactos dos incêndios na produção agrícola, como a perda da cobertura vegetal, matéria orgânica e umidade no solo, aumento do risco de erosão, necessidade de adubação química, incidência de plantas daninhas, comprometimento da brotação de soqueira e perdas na industrialização de cana de açúcar com mais de 48 horas pós-queima. O assessor lembrou ainda que foram evitadas emissões de CO2 a partir do compromisso assumido pelo setor através do Protocolo Agroambiental e que a campanha pode ajudar ainda mais neste sentido. “Desde o início do Protocolo Agroambiental, em 2007, deixou-se de emitir mais de 8,65 milhões de toneladas de CO2 equivalente e mais de 52 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos”, afirmou.
“A importância que eu vejo nesta campanha é o bom exemplo de coordenação de cadeia produtiva e que mostra que pode-se unir diversos segmentos em torno de um causa que seja prejudicial para todos e combater essas questões, que demandam diálogo, conversa aberta, sentar em uma mesa sem grande pirotécnica para resolver com resultados interessantes. Esse exemplo pode ser usado para resolver diversos outros problemas que afetam não só o setor sucroenergético, mas o agronegócio de uma maneira geral”, afirmou Mônika Bergamaschi, presidente do IBISA (Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio), e ex-secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No final do evento, o diretor da ABAG-RP comemorou a união de todos em prol da campanha. “O lançamento foi um sucesso, tivemos a participação de nove grupos industriais, da ORPLANA e de diversas associações de produtores, como a Canaoeste, isto demonstra todo o engajamento para assumir novamente a missão, trabalhar de forma regional, a conscientização, prevenção e combate aos incêndios”, concluiu. 
A segunda edição da Campanha Institucional de Conscientização, Prevenção e Combate aos Incêndios foi lançada no dia 21 de julho, em Ribeirão Preto-SP. A ação, promovida pela ABAG-RP (Associação Brasileira de Agronegócio), conta com parceria com usinas, entidades e produtores rurais e foi concebida em 2014, ano marcado por forte estiagem e aumento dos focos de incêndios, quando quase cinco mil ocorrências de fogo trouxeram grandes prejuízos para o meio ambiente e para o setor produtivo. 
Colocada em prática em 2015, através da comunicação e da educação para conscientizar e incentivar a adoção de atitudes que evitassem os incêndios, e ao mesmo tempo mostrassem para a sociedade que eles são tão prejudiciais para o campo quanto para a cidade. 
Nesta segunda edição, a campanha continua focada na prevenção e conscientização de todos, inclusive dos produtores rurais. “Mas não é uma ação exclusivamente voltada à cana-de-açúcar. É uma iniciativa que previne incêndios em florestas, áreas de preservação permanente e até nas cidades, cada vez mais próximas do campo. É uma campanha que pode ser replicada por produtores de todas as culturas”, explicou Marcos Matos, diretor da ABAG-RP, ao dar às boas-vindas aos participantes do lançamento.
Matos informou que foram registrados em 2015, 1.984 focos de incêndio, número 60% menor em relação à 2014, isso devido ao clima mais ameno e chuvoso durante o inverno e a intensificação das ações de conscientização, prevenção e combate aos incêndios.
Na ocasião, o executivo anunciou a adesão das 33 associações ligadas à ORPLANA à campanha, fato que, aliado às replicações promovidas em outras unidades das usinas, cooperativas e associações parceiras, contribui para multiplicar o alcance da iniciativa, que abrange em  2016, uma área de cana de dois milhões de hectares, um milhão cultivado por produtores e um milhão pelos grupos empresariais do setor sucroenergético.
A exemplo de 2015, a estratégia é fazer uso da educação e da comunicação para incentivar a adoção de atitudes que evitem os incêndios. No primeiro ano da campanha foram realizadas palestras em escolas, clubes de serviço, indústrias e agroindústrias e distribuídas 85 mil cartilhas. Além disso, foram instalados 118 outdoors, 121 placas de estrada, além de 53 busdoors. Nas emissoras de rádio e televisão foram veiculados, durante três meses, comerciais institucionais, atingindo mais de 3,5 milhões de pessoas.
Aumento dos focos de incêndios A SMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) constatou que o ano de 2016 está mais seco em relação a 2015 e os dados quanto à ocorrência de incêndios já são preocupantes, pois de 1º de janeiro até 30 de junho, foram registrados 998 focos de incêndio, representando um aumento de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. O número é considerado recorde e está acima dos contabilizados na mesma época, em 2010 e 2014, anos marcados por severas secas. Os dados mostram ainda que o mês de abril foi o mais seco nos últimos 10 anos, com registro de 307 focos, quatro vezes mais que 2015. 
Já em relação ao Brasil os focos chegaram a 34 mil este ano, entre os dias 1º janeiro a 20 de julho, contra 24 mil registrados no ano passado, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), sendo que na região Centro--Oeste foram constatados 10,5 mil focos em 2016, e deste total, 8 mil, em Mato Grosso.
Ao participar do lançamento da campanha, o gerente regional da Cetesb, em Ribeirão Preto-SP, Marco Artuzo, esclareceu que, até o momento, não houve aumento de incêndios na região de Ribeirão Preto-SP. “A preocupação é em relação ao período de agosto até meados de setembro, quando normalmente ocorre o pico maior em função da estiagem prolongada, mas, por enquanto, os eventos, tanto em cana, quanto como em vegetação natural, ocorrem em uma média até aceitável no momento”, esclareceu, pontuando que a campanha contribui para disseminar informações e a conscientização sobre o combate aos focos de incêndio. Como presidente da Câmara Setorial Sucroalcooleira do Estado de São Paulo, Artuzo afirmou na oportunidade, que vai propor que o exemplo seja seguido por outras regiões. “A campanha é fundamental, pois age na ação da prevenção, com a integração de todos os segmentos no caso de ocorrência”, disse ele. A regional da Cetesb de Ribeirão Preto abrange 24 municípios da região produtora de cana-de-açúcar.
Para Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, a iniciativa da ABAG-RP em parceria com usinas e produtores rurais, promove a comunicação e integração entre os órgãos públicos, como Cetesb, Ministério Público, Polícia Ambiental, produtores rurais e usinas, que frequentemente se viam como inimigos.
“A iniciativa fez com que nos uníssemos, e, criou um ambiente propício para que o assunto evoluísse no sentido de resolver os problemas e implementar medidas que pudessem minimizar os riscos de incêndios”, ressaltou ele, ao explanar no evento, lembrando que o prazo do acordo que permite queimar canaviais está chegando ao fim e a iniciativa da ABAG-RP ajuda a acabar com a pecha (vício) de que o produtor rural é criminoso, constantemente acusado de atear fogo no campo, principalmente em cana. O presidente da Canaoeste ressaltou ainda que os incêndios também acontecem de forma natural, acidental e criminosa, e que independentemente da causa, não interessam a ninguém. Ortolan estava acompanhado na ocasião, pelo gestor corporativo da Canaoeste, Almir Torcato e pelo advogado da associação, Juliano Bortoloti.
Falando ainda pelos fornecedores, Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da Socicana, reassumiu o compromisso de fazer ainda mais em 2016 e ressaltou, que embora seja um trabalho de formiguinha, é importante a conscientização. “A campanha é uma ferramenta importantíssima, por isso, temos que continuar o trabalho, evoluindo constantemente e que sirva de exemplo para outras iniciativas de segurança no campo”, afirmou.
A adesão das associações de fornecedores à ação foi considerada positiva pelo gestor executivo da ORPLANA, Celso Albano de Carvalho, pois elas levarão a mensagem tanto para os associados quanto para a comunidade onde estão inseridas. De acordo com ele, somente no Estado de São Paulo, existem quase 11 mil fornecedores de cana vinculados à ORPLANA, distribuídos em 25 associações, o que dá a ideia de como o alcance da iniciativa pode ser multiplicado.

Para o assessor de Meio Ambiente do Grupo São Martinho, Vitor Morilha, a campanha deu visibilidade às ações de prevenção e combate aos focos de incêndios já realizadas por produtores e usinas. Além disso, ampliou a rede de comunicação entre as unidades, assim como com os produtores, e o meio urbano, o que tem agilizado a identificação e o combate aos incêndios, através de monitoramento contínuo e planos de auxilio mútuo, reduzindo o tempo para reação no combate aos incêndios e a área atingida, diminuindo assim, prejuízos econômicos e ambientais.

Morilha citou alguns impactos dos incêndios na produção agrícola, como a perda da cobertura vegetal, matéria orgânica e umidade no solo, aumento do risco de erosão, necessidade de adubação química, incidência de plantas daninhas, comprometimento da brotação de soqueira e perdas na industrialização de cana de açúcar com mais de 48 horas pós-queima. O assessor lembrou ainda que foram evitadas emissões de CO2 a partir do compromisso assumido pelo setor através do Protocolo Agroambiental e que a campanha pode ajudar ainda mais neste sentido. “Desde o início do Protocolo Agroambiental, em 2007, deixou-se de emitir mais de 8,65 milhões de toneladas de CO2 equivalente e mais de 52 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos”, afirmou.
“A importância que eu vejo nesta campanha é o bom exemplo de coordenação de cadeia produtiva e que mostra que pode-se unir diversos segmentos em torno de um causa que seja prejudicial para todos e combater essas questões, que demandam diálogo, conversa aberta, sentar em uma mesa sem grande pirotécnica para resolver com resultados interessantes. Esse exemplo pode ser usado para resolver diversos outros problemas que afetam não só o setor sucroenergético, mas o agronegócio de uma maneira geral”, afirmou Mônika Bergamaschi, presidente do IBISA (Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio), e ex-secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No final do evento, o diretor da ABAG-RP comemorou a união de todos em prol da campanha. “O lançamento foi um sucesso, tivemos a participação de nove grupos industriais, da ORPLANA e de diversas associações de produtores, como a Canaoeste, isto demonstra todo o engajamento para assumir novamente a missão, trabalhar de forma regional, a conscientização, prevenção e combate aos incêndios”, concluiu.