Abengoa não paga fornecedores de cana há 5 meses

08/12/2015 Cana-de-Açúcar POR: Agência Estado, 7/12/15
Fornecedores de cana-de-açúcar na região de São João da Boa Vista (SP) estão sem receber da Abengoa Bioenergia, que tem uma usina no município, há pelo menos cinco meses. Sob condição de anonimato, os produtores relataram que já se movimentam, inclusive na Justiça, para que o pagamento ocorra até o término oficial da safra 2015/2016, em março do ano que vem.
Em alguns casos, o valor mensal devido pela companhia supera mil reais. O episódio engrossa a lista de problemas enfrentados pela Abengoa que, na semana retrasada, pediu pré-recuperação judicial na Espanha - última tentativa, por um prazo de 90 dias, de renegociar as dívidas.
Até o momento, a empresa não comentou como serão tocadas as operações sucroenergéticas no Brasil, mas em outras áreas já há reflexos, como a suspensão das obras no linhão de alta tensão entre a Usina de Belo Monte e a Região Nordeste, com a demissão de 1,5 mil funcionários.
Com sede na cidade espanhola de Sevilha, a Abengoa Bioenergia opera, além da planta de São João da Boa Vista, outras duas usinas no Estado de São Paulo: uma em Pirassununga e mais uma em Santo Antônio de Posse. Por temporada, a capacidade total de moagem supera 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
A Abengoa Bioenergia chegou ao País em 2007 ao adquirir o controle da Dedini Agro por R$ 1,3 bilhão e assumir R$ 730 milhões em dívidas. Um ano depois, houve a crise mundial de liquidez e o início da crise do setor de etanol, com o governo segurando o preço da gasolina.
Em 2014, o braço sucroenergético da companhia espanhola registrou prejuízo líquido de R$ 140,9 milhões no Brasil, ante outra perda líquida de R$ 151,7 milhões em 2013. Procurada pela reportagem, a Abengoa Bioenergia não quis comentar o assunto. Por meio de porta-vozes na Espanha, a emrpesa informou na semana retrasada "que há reestruturação para preservar o negócio" na América Latina e que "não é certo"" que está fechando filiais no continente.
Fornecedores de cana-de-açúcar na região de São João da Boa Vista (SP) estão sem receber da Abengoa Bioenergia, que tem uma usina no município, há pelo menos cinco meses. Sob condição de anonimato, os produtores relataram que já se movimentam, inclusive na Justiça, para que o pagamento ocorra até o término oficial da safra 2015/2016, em março do ano que vem.
Em alguns casos, o valor mensal devido pela companhia supera mil reais. O episódio engrossa a lista de problemas enfrentados pela Abengoa que, na semana retrasada, pediu pré-recuperação judicial na Espanha - última tentativa, por um prazo de 90 dias, de renegociar as dívidas.
Até o momento, a empresa não comentou como serão tocadas as operações sucroenergéticas no Brasil, mas em outras áreas já há reflexos, como a suspensão das obras no linhão de alta tensão entre a Usina de Belo Monte e a Região Nordeste, com a demissão de 1,5 mil funcionários.
Com sede na cidade espanhola de Sevilha, a Abengoa Bioenergia opera, além da planta de São João da Boa Vista, outras duas usinas no Estado de São Paulo: uma em Pirassununga e mais uma em Santo Antônio de Posse. Por temporada, a capacidade total de moagem supera 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
A Abengoa Bioenergia chegou ao País em 2007 ao adquirir o controle da Dedini Agro por R$ 1,3 bilhão e assumir R$ 730 milhões em dívidas. Um ano depois, houve a crise mundial de liquidez e o início da crise do setor de etanol, com o governo segurando o preço da gasolina.
Em 2014, o braço sucroenergético da companhia espanhola registrou prejuízo líquido de R$ 140,9 milhões no Brasil, ante outra perda líquida de R$ 151,7 milhões em 2013. Procurada pela reportagem, a Abengoa Bioenergia não quis comentar o assunto. Por meio de porta-vozes na Espanha, a emrpesa informou na semana retrasada "que há reestruturação para preservar o negócio" na América Latina e que "não é certo"" que está fechando filiais no continente.