A companhia espanhola de infraestrutura Abengoa e o fundo de private equity americano EIG Global Energy Partners assinaram um acordo não-vinculante para investimento conjunto em uma nova companhia que desenvolverá o portfólio já contratado dos projetos de energia da Abengoa atualmente em construção.
A carteira inclui ativos no Brasil, onde a concessionária tem destaque na área de transmissão. Conforme demonstrações financeiras de junho de 2014, possui 945 quilômetros de linhas em operação, devendo acrescentar mais 8.161 quilômetros até 2018. No ano passado, arrematou uma linha de transmissão no Amazonas em leilão realizado em maio e chegou a apresentar oferta para o linhão de Belo Monte, sem sucesso.
Além dos ativos brasileiros, o acordo com o fundo americano envolve projetos nos Estados Unidos, México e Chile, e pode chegar ao total de US$ 9,5 bilhões em investimentos, incluindo participações acionárias e dívida. Como parte do acordo, a EIG vai deter participação majoritária na nova companhia, cabendo à Abengoa parcela minoritária - ambas não divulgadas pelas empresas, que esperam chegar a acordo vinculante ao fim de janeiro.
A parceria deve dar fôlego financeiro à espanhola, que está com endividamento elevado. Em outubro, a agência de classificação de risco Fitch colocou a nota de crédito da companhia em perspectiva negativa, sob a percepção de que o endividamento bruto, que, ao fim de 2013, era de € 5,5 bilhões pudesse chegar a € 6,4 bilhões ao fim do ano passado. O acordo de capitalização agradou os investidores e as ações da Abengoa fecharam o pregão de ontem em alta de 11% na bolsa de Madri.
A operação marca ainda a entrada do EIG no setor de energia elétrica no Brasil. Com um escritório no Rio de Janeiro, o fundo controla desde o fim de 2013 a Prumo Logística, antiga LLX de Eike Batista, dona do porto do Açu, em São João da Barra (RJ). A americana também é cotista na Sete Brasil, fabricante de sondas de perfuração em águas profundas, que tem enfrentado dificuldades contratuais com a Petrobras, sua única cliente. Detém ainda 11,5% das ações da Manabi, mineradora em fase pré-operacional, e 8% da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil.
A companhia espanhola de infraestrutura Abengoa e o fundo de private equity americano EIG Global Energy Partners assinaram um acordo não-vinculante para investimento conjunto em uma nova companhia que desenvolverá o portfólio já contratado dos projetos de energia da Abengoa atualmente em construção.
A carteira inclui ativos no Brasil, onde a concessionária tem destaque na área de transmissão. Conforme demonstrações financeiras de junho de 2014, possui 945 quilômetros de linhas em operação, devendo acrescentar mais 8.161 quilômetros até 2018. No ano passado, arrematou uma linha de transmissão no Amazonas em leilão realizado em maio e chegou a apresentar oferta para o linhão de Belo Monte, sem sucesso.
Além dos ativos brasileiros, o acordo com o fundo americano envolve projetos nos Estados Unidos, México e Chile, e pode chegar ao total de US$ 9,5 bilhões em investimentos, incluindo participações acionárias e dívida. Como parte do acordo, a EIG vai deter participação majoritária na nova companhia, cabendo à Abengoa parcela minoritária - ambas não divulgadas pelas empresas, que esperam chegar a acordo vinculante ao fim de janeiro.
A parceria deve dar fôlego financeiro à espanhola, que está com endividamento elevado. Em outubro, a agência de classificação de risco Fitch colocou a nota de crédito da companhia em perspectiva negativa, sob a percepção de que o endividamento bruto, que, ao fim de 2013, era de € 5,5 bilhões pudesse chegar a € 6,4 bilhões ao fim do ano passado. O acordo de capitalização agradou os investidores e as ações da Abengoa fecharam o pregão de ontem em alta de 11% na bolsa de Madri.
A operação marca ainda a entrada do EIG no setor de energia elétrica no Brasil. Com um escritório no Rio de Janeiro, o fundo controla desde o fim de 2013 a Prumo Logística, antiga LLX de Eike Batista, dona do porto do Açu, em São João da Barra (RJ). A americana também é cotista na Sete Brasil, fabricante de sondas de perfuração em águas profundas, que tem enfrentado dificuldades contratuais com a Petrobras, sua única cliente. Detém ainda 11,5% das ações da Manabi, mineradora em fase pré-operacional, e 8% da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil.