Abimaq defende 'choque de oferta' no campo como remédio contra inflação

25/04/2017 Geral POR: Agrishow
Uma das entidades organizadoras da Agrishow, em Ribeirão Preto, vê momento favorável para vendas de máquinas agrícolas, apesar de queda em outros setores.
 Com fatores favoráveis como a supersafra de grãos e uma alta nas vendas de máquinas agrícolas em relação a 2016, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan (Foto), defende como um dos motes da Agrishow 2017 o choque de oferta de alimentos como um dos caminhos para reequilibrar a economia brasileira.
"O Brasil tem que ter choque de oferta e a agricultura mostrou que com choque de oferta, com a oferta de alimentos mais baratos, mais abundantes, estamos conseguindo baixar a inflação. É esse que é o grande mérito do agronegócio hoje", afirma Marchesan.
Uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina, o evento que acontece até 5 de maio em Ribeirão Preto tem a expectativa de pelo menos bater a casa de R$ 1,95 bilhão em negócios firmados, em um cenário esperado como de recuperação.
Mais de 150 mil visitantes de diferentes regiões do Brasil e de mais de 70 países são esperados para conferir estandes de 800 marcas nacionais e internacionais.
Máquinas agrícolas
Dados da Abimaq apontam que houve queda de 17% no faturamento das indústrias de todo o setor de bens de produção entre fevereiro deste ano e o mesmo período do ano passado. Assim como o nível do emprego, com redução de 5,9%.
Mas quando analisado isoladamente, o setor de máquinas agrícolas vive uma realidade distinta, segundo Marchesan, que projeta uma elevação de 15% nas vendas nesta edição da Agrishow.
"Máquinas agrícolas é um ponto fora da curva, porque atende basicamente o agronegócio, setor que está pujante. O agronegócio cresceu 4,5% no ano passado. Espera-se que ele cresça nessa mesma faixa este ano", diz.
A projeção é reforçada por retrospectos positivos como das exportações, que subiram 40% em fevereiro, o que deixou esse sub-segmento com o melhor desempenho entre os outros de máquinas em geral. Máquinas para petróleo e energia renovável também tiveram alta, com aumento de 37,9%.
"Este ano, em função da queda das vendas do mercado interno, as exportações passaram a representar 44% do faturamento da Abimaq, independente da situação cambial que tira a competitividade do Brasil hoje. Nosso câmbio, para ser competitivo para a indústria de máquinas, precisaria ser de R$ 3,60. Hoje está a R$ 3."
'Choque de oferta'
A elevação nas vendas de máquinas é associada ao retrospecto da lavoura, com produção recorde de grãos como soja, com 117 milhões de toneladas, e milho, com 95 milhões de toneladas, que também ajudou a reduzir os preços no mercado interno em um momento de recessão econômica e falta de confiança.
Conjuntura que poderia ser mais favorável, segundo ele, não fossem fatores como a alta carga de impostos brasileira, os déficits públicos e um elevado Custo Brasil. As reformas trabalhista e tributária, para ele, são essenciais para que a economia como um todo, e não só um único segmento, se restabeleça.
"O tecido social brasileiro não suporta mais essa situação que estamos vivendo hoje. O Brasil precisa voltar a crescer."
Serviço
• Agrishow 2017
• Data: 1º a 5 de maio
• Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, km 321 - Ribeirão Preto (SP)
• Horário: 8h às 18h (G1, 24/4/27)
Uma das entidades organizadoras da Agrishow, em Ribeirão Preto, vê momento favorável para vendas de máquinas agrícolas, apesar de queda em outros setores.
 Com fatores favoráveis como a supersafra de grãos e uma alta nas vendas de máquinas agrícolas em relação a 2016, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan (Foto), defende como um dos motes da Agrishow 2017 o choque de oferta de alimentos como um dos caminhos para reequilibrar a economia brasileira.
"O Brasil tem que ter choque de oferta e a agricultura mostrou que com choque de oferta, com a oferta de alimentos mais baratos, mais abundantes, estamos conseguindo baixar a inflação. É esse que é o grande mérito do agronegócio hoje", afirma Marchesan.
Uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina, o evento que acontece até 5 de maio em Ribeirão Preto tem a expectativa de pelo menos bater a casa de R$ 1,95 bilhão em negócios firmados, em um cenário esperado como de recuperação.
Mais de 150 mil visitantes de diferentes regiões do Brasil e de mais de 70 países são esperados para conferir estandes de 800 marcas nacionais e internacionais.
Máquinas agrícolas
Dados da Abimaq apontam que houve queda de 17% no faturamento das indústrias de todo o setor de bens de produção entre fevereiro deste ano e o mesmo período do ano passado. Assim como o nível do emprego, com redução de 5,9%.
Mas quando analisado isoladamente, o setor de máquinas agrícolas vive uma realidade distinta, segundo Marchesan, que projeta uma elevação de 15% nas vendas nesta edição da Agrishow.
"Máquinas agrícolas é um ponto fora da curva, porque atende basicamente o agronegócio, setor que está pujante. O agronegócio cresceu 4,5% no ano passado. Espera-se que ele cresça nessa mesma faixa este ano", diz.
A projeção é reforçada por retrospectos positivos como das exportações, que subiram 40% em fevereiro, o que deixou esse sub-segmento com o melhor desempenho entre os outros de máquinas em geral. Máquinas para petróleo e energia renovável também tiveram alta, com aumento de 37,9%.
"Este ano, em função da queda das vendas do mercado interno, as exportações passaram a representar 44% do faturamento da Abimaq, independente da situação cambial que tira a competitividade do Brasil hoje. Nosso câmbio, para ser competitivo para a indústria de máquinas, precisaria ser de R$ 3,60. Hoje está a R$ 3."
'Choque de oferta'
A elevação nas vendas de máquinas é associada ao retrospecto da lavoura, com produção recorde de grãos como soja, com 117 milhões de toneladas, e milho, com 95 milhões de toneladas, que também ajudou a reduzir os preços no mercado interno em um momento de recessão econômica e falta de confiança.
Conjuntura que poderia ser mais favorável, segundo ele, não fossem fatores como a alta carga de impostos brasileira, os déficits públicos e um elevado Custo Brasil. As reformas trabalhista e tributária, para ele, são essenciais para que a economia como um todo, e não só um único segmento, se restabeleça.
"O tecido social brasileiro não suporta mais essa situação que estamos vivendo hoje. O Brasil precisa voltar a crescer."
Serviço
• Agrishow 2017
• Data: 1º a 5 de maio
• Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, km 321 - Ribeirão Preto (SP)
• Horário: 8h às 18h (G1, 24/4/27)