Abimaq: desvalorização do real ainda tem impacto modesto no setor de máquinas

26/03/2015 Agronegócio POR: Agência Estado
A desvalorização do real ante o dólar ainda está tendo um impacto "modesto" para a indústria de máquinas e equipamentos do Brasil, avaliou nesta quarta-feira, 25, o diretor de Competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernaddini.
Segundo ele, o efeito ainda não foi sentido porque a cesta de moedas de países com os quais o setor brasileiro comercializa também acompanhou o movimento de desvalorização frente ao dólar. Dessa forma, os fabricantes nacionais ganham competitividade ante o concorrente americano, mas não ante o europeu, por exemplo.
Em entrevista coletiva para comentar os resultados do setor de fevereiro, ele avaliou que, para aumentar a competitividade no mercado internacional, a indústria de máquinas nacional precisa de um dólar a R$ 3,50, desde que as moedas dos outros concorrentes não se desvalorizem ante a divisa norte-americana.
O economista afirmou que, com a desvalorização do real, há um início de substituição das importações por produtos locais. Ele ponderou, no entanto, que a volatilidade da moeda está impedindo que esse movimento de substituição ganhe força.
Faturamento
Apesar da melhora nas vendas para o mercado interno, o crescimento do faturamento do setor de máquinas e equipamentos em janeiro (3%) e fevereiro (7,3%) deste ano se deu em razão da baixa base de comparação de iguais meses do ano passado, avaliou Bernaddini. Segundo ele, essa é a "única explicação" para a melhora.
O chefe de gabinete da presidência da Abimaq, Lourival Júnior, por sua vez, avaliou que, apesar da melhora no faturamento nos últimos dois meses, não há nenhuma sinalização atualmente de que o faturamento da indústria de máquinas será melhor em 2015 ante 2014. Ele citou as previsões de crescimento negativo da economia brasileira e de queda no volume total de investimentos.
O Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV), que leva em conta as expectativas das grandes varejistas associadas ao IDV, projeta crescimento real de 6,36% em relação ao mesmo mês de 2014. Para abril e maio as projeções de crescimento são de 7,57% e 5,98%, respectivamente.
Uma das hipóteses é que os associados mantiveram os seus orçamentos, apesar do cenário macroeconômico deteriorado.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou queda de 3,43% nas vendas em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2014. Para março, a expectativa é de uma recuperação nas vendas, com crescimento de 5,3%. Já para abril, a previsão de aumento é de 11,2%, e em maio, 9,5%.
O setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, cresceu 4,7% em fevereiro. O segmento tem estimativa de crescimento para março de 8,8%, de 8 4% para abril e de 6,13% para maio.
Para o segmento de bens duráveis, os associados do IDV divulgaram resultado real com queda de 5,9% em fevereiro. Para março, a expectativa de crescimento é de 6,3%; em abril, de 5 8%; e em maio, de 4,74%.
O IDV representa 64 empresas varejistas de diferentes setores. Entre os associados estão grandes grupos como Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Raia Drogasil, entre outros.
A desvalorização do real ante o dólar ainda está tendo um impacto "modesto" para a indústria de máquinas e equipamentos do Brasil, avaliou nesta quarta-feira, 25, o diretor de Competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernaddini.
Segundo ele, o efeito ainda não foi sentido porque a cesta de moedas de países com os quais o setor brasileiro comercializa também acompanhou o movimento de desvalorização frente ao dólar. Dessa forma, os fabricantes nacionais ganham competitividade ante o concorrente americano, mas não ante o europeu, por exemplo.
Em entrevista coletiva para comentar os resultados do setor de fevereiro, ele avaliou que, para aumentar a competitividade no mercado internacional, a indústria de máquinas nacional precisa de um dólar a R$ 3,50, desde que as moedas dos outros concorrentes não se desvalorizem ante a divisa norte-americana.
O economista afirmou que, com a desvalorização do real, há um início de substituição das importações por produtos locais. Ele ponderou, no entanto, que a volatilidade da moeda está impedindo que esse movimento de substituição ganhe força.
Faturamento
Apesar da melhora nas vendas para o mercado interno, o crescimento do faturamento do setor de máquinas e equipamentos em janeiro (3%) e fevereiro (7,3%) deste ano se deu em razão da baixa base de comparação de iguais meses do ano passado, avaliou Bernaddini. Segundo ele, essa é a "única explicação" para a melhora.
O chefe de gabinete da presidência da Abimaq, Lourival Júnior, por sua vez, avaliou que, apesar da melhora no faturamento nos últimos dois meses, não há nenhuma sinalização atualmente de que o faturamento da indústria de máquinas será melhor em 2015 ante 2014. Ele citou as previsões de crescimento negativo da economia brasileira e de queda no volume total de investimentos.
O Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV), que leva em conta as expectativas das grandes varejistas associadas ao IDV, projeta crescimento real de 6,36% em relação ao mesmo mês de 2014. Para abril e maio as projeções de crescimento são de 7,57% e 5,98%, respectivamente.
Uma das hipóteses é que os associados mantiveram os seus orçamentos, apesar do cenário macroeconômico deteriorado.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou queda de 3,43% nas vendas em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2014. Para março, a expectativa é de uma recuperação nas vendas, com crescimento de 5,3%. Já para abril, a previsão de aumento é de 11,2%, e em maio, 9,5%.
O setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, cresceu 4,7% em fevereiro. O segmento tem estimativa de crescimento para março de 8,8%, de 8 4% para abril e de 6,13% para maio.
Para o segmento de bens duráveis, os associados do IDV divulgaram resultado real com queda de 5,9% em fevereiro. Para março, a expectativa de crescimento é de 6,3%; em abril, de 5 8%; e em maio, de 4,74%.
O IDV representa 64 empresas varejistas de diferentes setores. Entre os associados estão grandes grupos como Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Raia Drogasil, entre outros.