A cautela dos produtores rurais diante do atual cenário econômico deverá levar a uma queda de pelo menos 20% nas vendas de máquinas e equipamentos agrícolas no país este ano, prevê a Abimaq, associação que representa as indústrias do segmento. Em 2014, essas indústrias faturaram R$ 9,6 bilhões, 27% menos que de 2013.
"O setor veio crescendo de 2010 a 2013. No ano passado, houve essa queda, mas também porque a base de 2013 era muito elevada", diz Pedro Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq. Segundo ele, além do pé no freio dos investimentos por conta das incertezas
econômicas, os produtores em geral estão bem abastecidos de máquinas. Por conta disso, há inclusive um "estoque" grande de dívidas derivadas de aquisições recentes.
Levantamento da Anfavea, entidade que representa as grandes multinacionais de tratores e colheitadeiras que atuam no país, indicou que de janeiro a abril as vendas do segmento caíram 22,9%, para 16.154 unidades. Para a Abimaq, que concentra as indústrias brasileiras, o desempenho do segmento dependerá, em larga medida, das
condições do Plano Safra 2015/16, que deverá ser anunciado no início de junho.
"Mas a expectativa é que haja, além do aumento de juros, queda do volume de recursos", afirma Oliveira. O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e o Moderfrota vinham sendo operados neste ciclo com juros de 7,5% ao ano. O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a 5,5%. A indústria de
máquinas agrícolas pediu ao governo federal uma oferta de R$ 13 bilhões para financiamentos no novo plano montante semelhante ao de 2014/15 , mas já dá como certo que o valor será mais baixo.
Mesmo o volume de recursos do atual Plano Safra 2014/15 não foi suficiente para cobrir todo o seu período de sua vigência julho de 2014 a junho próximo. Conforme o representante da Abimaq, no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) já não há mais dinheiro disponível e a percepção é que o do Moderfrota "está
acabando".
Oliveira lembrou que já há notícias de demissões no segmento, e que esse movimento poderá se aprofundar a depender das condições do pacote do governo. A preocupação, acrescentou ele, é também com os juros dos recursos para o custeio da safra. "Esse custo de capital maior tende a sugar o dinheiro que iria para os investimentos", acredita ele.
Em meio ao pessimismo, chama a atenção o aumento da demanda de máquinas para a pecuária, que envolvem alimentação do gado bovino e preparo e manutenção da pastagem. A reabertura do mercado chinês para a carne bovina do Brasil, anunciada esta semana, foi um impulso adicional. "Mas não é um mercado que conseguirá puxar o setor, já que ainda responde por uma parcela pequena das vendas [12% no ano passado]", diz.
A cautela dos produtores rurais diante do atual cenário econômico deverá levar a uma queda de pelo menos 20% nas vendas de máquinas e equipamentos agrícolas no país este ano, prevê a Abimaq, associação que representa as indústrias do segmento. Em 2014, essas indústrias faturaram R$ 9,6 bilhões, 27% menos que de 2013.
"O setor veio crescendo de 2010 a 2013. No ano passado, houve essa queda, mas também porque a base de 2013 era muito elevada", diz Pedro Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq. Segundo ele, além do pé no freio dos investimentos por conta das incertezas
econômicas, os produtores em geral estão bem abastecidos de máquinas. Por conta disso, há inclusive um "estoque" grande de dívidas derivadas de aquisições recentes.
Levantamento da Anfavea, entidade que representa as grandes multinacionais de tratores e colheitadeiras que atuam no país, indicou que de janeiro a abril as vendas do segmento caíram 22,9%, para 16.154 unidades. Para a Abimaq, que concentra as indústrias brasileiras, o desempenho do segmento dependerá, em larga medida, das
condições do Plano Safra 2015/16, que deverá ser anunciado no início de junho.
"Mas a expectativa é que haja, além do aumento de juros, queda do volume de recursos", afirma Oliveira. O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e o Moderfrota vinham sendo operados neste ciclo com juros de 7,5% ao ano. O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a 5,5%. A indústria de
máquinas agrícolas pediu ao governo federal uma oferta de R$ 13 bilhões para financiamentos no novo plano montante semelhante ao de 2014/15 , mas já dá como certo que o valor será mais baixo.
Mesmo o volume de recursos do atual Plano Safra 2014/15 não foi suficiente para cobrir todo o seu período de sua vigência julho de 2014 a junho próximo. Conforme o representante da Abimaq, no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) já não há mais dinheiro disponível e a percepção é que o do Moderfrota "está
acabando".
Oliveira lembrou que já há notícias de demissões no segmento, e que esse movimento poderá se aprofundar a depender das condições do pacote do governo. A preocupação, acrescentou ele, é também com os juros dos recursos para o custeio da safra. "Esse custo de capital maior tende a sugar o dinheiro que iria para os investimentos", acredita ele.
Em meio ao pessimismo, chama a atenção o aumento da demanda de máquinas para a pecuária, que envolvem alimentação do gado bovino e preparo e manutenção da pastagem. A reabertura do mercado chinês para a carne bovina do Brasil, anunciada esta semana, foi um impulso adicional. "Mas não é um mercado que conseguirá puxar o setor, já que ainda responde por uma parcela pequena das vendas [12% no ano passado]", diz.