A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) convocou entidades patronais e dos trabalhadores para pedir ao governo federal medidas de estímulo ao setor. Nesta segunda, dia 6, será lançada, em ato político, a Coalizão Indústria - Trabalho para Competitividade e o Desenvolvimento, em São Paulo.
O movimento agrega 42 entidades de
classe e quatro centrais sindicatis. A
produção industrial acumula seguidas
quedas. No caso do agronegócio, o
aumento de juros de 2% do Programa de
Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) pode afastar
compradores neste ano. Uma das possibilidades para as vendas não diminuírem é os
bancos de montadoras compensarem o acréscimo de juros para máquinas agrícolas.
Segundo a Abimaq, a participação da indústria de transformação no PIB que, na década
de 80, era de 35%, despencou para 12% em 2014. A produção da indústria brasileira
recuou 0,9% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, a
atividade fabril avançou 0,3%, dado revisado, depois de interromper duas altas seguidas.
Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria caiu 9,1%, a 12ª baixa
negativa seguida e a mais forte desde julho de 2009 (-10%). A retração foi influenciada
pela queda de cerca de 30% na produção de veículos. Moderfrota
O Moderfrota aumentou os juros de 4,5% para 7,5% ao ano na taxa de financiamento
para empresas com receita operacional ou renda de grupo econômico superior a R$ 90
milhões anuais. Já para renda acima de R$ 90 milhões, o financiamento de
equipamentos agrícolas subiu de 6% para 9% ao ano. A mudança já está valendo. A
decisão ainda inclui, também, o aumento na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6%
ao ano.
A justificativa foi apresentada pelo secretário-adjunto de Política Econômica da Fazenda,
João Rabelo:
– É um ano importante de ajuste para que possamos ter os próximos anos de
crescimento adequado ao Brasil e, para isso, é necessário fazer ajustes nas linhas
subvencionadas pelo governo. Essas linhas geram equalização, subvencionadas pelo
governo, e impacto no resultado primário.
Rabelo destacou que "há uma necessidade forte" de reforçar o ajuste "num ano de
transição". Isso implica, segundo ele, a necessidade de cortar subsídios.
– Há necessidade forte, estamos num ano de transição, de fazer um ajuste fiscal para
que a gente possa continuar sendo um país bem percebido por todos os nossos
credores – afirmou.
A última vez que o governo mexeu nas taxas do Moderfrota foi em julho do ano
passado, no âmbito do Plano Safra 2014/2015, que destinou R$ 3,6 bilhões para o
programa. A elevação das taxas ocorre, portanto, faltando apenas quatro meses para o
final do Plano Safra 2014/2015.
Rabelo disse que existe R$ 1,8 bilhão em estoque no Moderfrota para a tomada de
crédito até julho:
– A tendência é de que novas taxas permaneçam as mesmas no próximo Plano Safra. O
impacto fiscal do aumento da TJLP e do Moderfrota não foi informado pelo CMN,
apenas as respectivas elevações das taxa.
O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação
Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, disse que o aumento
na taxa de juros do Moderfrota é aceitável, diante da situação econômica brasileira e
que todos os setores devem se adaptar a essas mudanças.
Já o presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, afirmou qque o estoque de recursos
de R$ 1,8 bilhão garantido para o Moderfrota até o final da atual safra, no começo de
julho, pode ser insuficiente.
– A conta da Abimaq e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores) é que R$ 1,8 bilhão garantem o financiamento até a Agrishow – disse.
Veloso, se referindo à principal feira do agronegócio da América Latina, que acontece
entre 27 de abril e 1º de maio. Segundo ele, o setor de máquinas e equipamentos
agrícolas acredita que para encerrar a safra 2014/2015 seriam necessários entre R$ 2,2
bilhões e 2,3 bilhões. Ele avalia que o aumento anunciado hoje pelo CMN "é aceitável",
por conta da inflação estimada em torno de 8% para 2015. Ele lembrou que Abimaq e
Anfavea enviaram documento ao governo federal no qual pedem, além da manutenção
dos juros – que não foi atendida –, a antecipação do anúncio do Plano Agrícola e
Pecuário 2015/2016, normalmente feito em junho.
– Seria ideal que o anúncio dos recursos para a próxima safra ocorresse em maio e
seria uma excelente ideia que fosse na Agrishow deste ano – concluiu.
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) convocou entidades patronais e dos trabalhadores para pedir ao governo federal medidas de estímulo ao setor. Nesta segunda, dia 6, será lançada, em ato político, a Coalizão Indústria - Trabalho para Competitividade e o Desenvolvimento, em São Paulo.
O movimento agrega 42 entidades de classe e quatro centrais sindicatis. A
produção industrial acumula seguidas quedas. No caso do agronegócio, o
aumento de juros de 2% do Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) pode afastar
compradores neste ano. Uma das possibilidades para as vendas não diminuírem é os bancos de montadoras compensarem o acréscimo de juros para máquinas agrícolas.
Segundo a Abimaq, a participação da indústria de transformação no PIB que, na década de 80, era de 35%, despencou para 12% em 2014. A produção da indústria brasileira recuou 0,9% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, a atividade fabril avançou 0,3%, dado revisado, depois de interromper duas altas seguidas.
Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria caiu 9,1%, a 12ª baixa
negativa seguida e a mais forte desde julho de 2009 (-10%). A retração foi influenciada pela queda de cerca de 30% na produção de veículos.
Moderfrota
O Moderfrota aumentou os juros de 4,5% para 7,5% ao ano na taxa de financiamento para empresas com receita operacional ou renda de grupo econômico superior a R$ 90 milhões anuais. Já para renda acima de R$ 90 milhões, o financiamento de equipamentos agrícolas subiu de 6% para 9% ao ano. A mudança já está valendo. A decisão ainda inclui, também, o aumento na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6% ao ano.
A justificativa foi apresentada pelo secretário-adjunto de Política Econômica da Fazenda, João Rabelo: – É um ano importante de ajuste para que possamos ter os próximos anos de crescimento adequado ao Brasil e, para isso, é necessário fazer ajustes nas linhas subvencionadas pelo governo. Essas linhas geram equalização, subvencionadas pelo governo, e impacto no resultado primário.
Rabelo destacou que "há uma necessidade forte" de reforçar o ajuste "num ano de
transição". Isso implica, segundo ele, a necessidade de cortar subsídios.
– Há necessidade forte, estamos num ano de transição, de fazer um ajuste fiscal para que a gente possa continuar sendo um país bem percebido por todos os nossos credores – afirmou.
A última vez que o governo mexeu nas taxas do Moderfrota foi em julho do ano
passado, no âmbito do Plano Safra 2014/2015, que destinou R$ 3,6 bilhões para o
programa. A elevação das taxas ocorre, portanto, faltando apenas quatro meses para o final do Plano Safra 2014/2015.
Rabelo disse que existe R$ 1,8 bilhão em estoque no Moderfrota para a tomada de
crédito até julho: – A tendência é de que novas taxas permaneçam as mesmas no próximo Plano Safra. O impacto fiscal do aumento da TJLP e do Moderfrota não foi informado pelo CMN, apenas as respectivas elevações das taxa.
O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, disse que o aumento na taxa de juros do Moderfrota é aceitável, diante da situação econômica brasileira e que todos os setores devem se adaptar a essas mudanças.
Já o presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, afirmou qque o estoque de recursos de R$ 1,8 bilhão garantido para o Moderfrota até o final da atual safra, no começo de julho, pode ser insuficiente.
– A conta da Abimaq e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é que R$ 1,8 bilhão garantem o financiamento até a Agrishow – disse. Veloso, se referindo à principal feira do agronegócio da América Latina, que acontece entre 27 de abril e 1º de maio. Segundo ele, o setor de máquinas e equipamentos agrícolas acredita que para encerrar a safra 2014/2015 seriam necessários entre R$ 2,2 bilhões e 2,3 bilhões. Ele avalia que o aumento anunciado hoje pelo CMN "é aceitável", por conta da inflação estimada em torno de 8% para 2015. Ele lembrou que Abimaq e Anfavea enviaram documento ao governo federal no qual pedem, além da manutenção dos juros – que não foi atendida –, a antecipação do anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, normalmente feito em junho.
– Seria ideal que o anúncio dos recursos para a próxima safra ocorresse em maio e seria uma excelente ideia que fosse na Agrishow deste ano – concluiu.