Açúcar recua no mercado externo; no Brasil está praticamente estável
10/07/2018
Açúcar
POR: UDOP
As cotações do açúcar iniciaram a semana em baixa no mercado internacional. Em Nova York, nesta segunda-feira (9), os contratos futuros para outubro/18 fecharam a 11.40 centavos de dólar por libra-peso, queda de 11 pontos e, os papéis para março/19 fecharam em 12.12 cts/lb, recuo de 7 pontos.
Em Londres, na tela agosto/18, os contratos encerraram o dia em US$ 339,30 a tonelada, baixa de 1,60 dólar. Já os contratos firmados para outubro/18 foram negociados a US$ 330,90 a tonelada, queda de 40 cents de dólar. Os demais contratos, em ambas as bolsas, fecharam em baixa.
Na última semana, de 2 a 6 de julho, o açúcar também desvalorizou. "Uma série de pontos contribuiu para a deterioração dos preços do açúcar ao longo da semana: a substancial queda nos preços negociados do hidratado acendeu a luz amarela para aqueles que viram os valores do biocombustível chegar praticamente ao nível do açúcar em NY, comparativamente a 250-300 pontos de prêmio sobre açúcar equivalente em NY. Estima-se que 400 milhões de litros de etanol deixaram de ser consumidos durante a greve dos caminhoneiros, aumentando o estoque do produto e pressionando o já apertado caixa das usinas. Como é sabido, necessidade premente de caixa e excesso de produto disponível são ingredientes indigestos que normalmente machucam os mercados", analisou Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting.
Mercado brasileiro
De acordo com informações do Cepea, após o volume de açúcar negociado no mercado spot do estado de São Paulo ter recuado em junho, a movimentação seguiu praticamente estável na primeira semana deste mês.
A média da semana passada do Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 57,92/saca de 50 kg, queda de 1,07% em relação ao período anterior (R$ 58,54/saca de 50 kg).
Quanto às exportações de açúcar, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), de janeiro a junho deste ano, totalizaram 9,811 milhões de toneladas, quantidade 23,25% inferior à do mesmo período de 2017 (12,783 milhões de toneladas). A receita, no acumulado de janeiro a junho de 2018, somou US$ 3,209 bilhões, 41,8% abaixo da de igual período de 2017 (de US$ 5,514 bilhões).