AÇÚCAR: UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO

21/06/2019 Açúcar POR: Revista Canavieiros
Para Arnaldo Jardim, legislação sobre uso do açúcar tem pouca base científica
Por: Marino Guerra
 
Vilão dos propagadores da boa saúde da vez, o açúcar mereceu um painel exclusivo durante o Ethanol Summit, o qual diante da participação de diversos especialistas (representantes da indústria alimentícia, médico cardiologista e político) fez uma verdadeira limpeza de preconceitos que cercam o tema.
 
A primeira constatação é a de que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cada pessoa deve ingerir no máximo 50 gramas de açúcar por dia. Considerando que a maioria dos países da África e Ásia estão abaixo dessa média, é certo manter a perspectiva de que ainda o mundo crescerá sua demanda.
 
Por outro lado, há países que exageram no consumo, como os Estados Unidos (com 120 gramas/dia) que deverão reduzir o consumo.
 
Considerando esse cenário o Dr. Daniel Magnoni, Coordenador Transdisciplinar e de Nutrologia do Instituto Dante Pazzenese de Cardiologia, mostrou uma pesquisa realizada com mais de 3 mil pacientes a qual mostrou que a maioria dos entrevistados que consomem açúcar e pratica atividade física não tem sobrepeso nem obesidade.
 
Resumindo: O açúcar é um alimento necessário para a dieta humana, contudo a falta de educação alimentar e física acabam dando a ele a falsa fama de ser causador direto de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade.
 
No mesmo painel o deputado federal Arnaldo Jardim mostrou a avalanche de projetos de lei que estão em tramitação no congresso visando ou mexer nos rótulos dos alimentos açucarados ou até mesmo criar taxas sobre eles.
 
Segundo o líder da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético a grande maioria desses textos são de autoria de grupo localizados, os quais são pouco embasados em argumentos científicos, principalmente os que criam tributos, onde em todos os lugares do mundo que foi tomada essa decisão, não foi registrado nenhum efeito prático sob a óptica da saúde pública.