Apesar da crise econômica e diversos fatores que atualmente têm causado incertezas sobre o futuro, “não há dúvidas de que o país tem as condições estruturais e mais determinantes para a retomada do crescimento econômico. E o agronegócio exerce um papel fundamental neste sentido”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, durante o “Café Setorial de Agronegócios” da Câmara Americana de Comércio
(AMCHAM), realizado no dia 16 de março, em Ribeirão Preto-SP. O evento destacou os desafios e oportunidades do agronegócio do município, para um grupo seleto de empresários.
Para Jardim, o Estado de São Paulo tem exercido um importante protagonismo na tomada de decisões e na produção de conhecimentos para o setor agropecuário. “O agronegócio não é produção, mas sim, uma cadeia pensada de forma integrada. Não é negócio para amadores, mas de profissionais, de especialização crescente e desafios de inovação. Nossa missão, como poder público, é criar as condições para que essas circunstâncias possam se desenvolver, seja por meio de parcerias ou programas de financiamento voltados também à complementaridade da pequena propriedade, como é o caso de mais de 80% das propriedades da região”, disse.
O secretário destacou ainda que a economia brasileira reage aos artificialismos impostos, como no caso do preço dos combustíveis em 2015. “A região de Ribeirão Preto também sentiu o impacto da crise no setor da cana-de-açúcar, na qual 70 usinas foram fechadas e outras 70 passam por processo de recuperação judicial, fazendo o setor patinar de forma dramática e gerando uma reação em cadeia. No ano passado, algumas empresas que tinham saúde financeira começaram a operar novamente “no azul”, mas não ainda a ponto de fazer novos investimentos”, afirmou.
Um dos palestrantes do evento, o diretor da Wedekin Consultores, Ivan Wedekin, apresentou dados econômicos e o atual cenário de crise e destacou a grandeza do mercado interno, que consome 70% da produção agropecuária no país. “Há uma crise no agronegócio brasileiro, mas que é suavizada pela característica de essencialidade e de eficiência do setor, ainda que o consumidor esteja menos propenso a assumir gastos”, disse, afirmando que a agricultura paulista deve ser respeitada no Brasil e no mundo devido às suas proporções.
“Os sete mandamentos da agricultura neste horizonte 2016 e 2017 são gerenciamento do caixa, controle de custos, aumento da receita, câmbio, o produtor não é especulador, tem que travar o seu risco de preço, tecnologia e investimento, pois só cresce quem investe”, ressaltou.
O cenário de investimentos no agronegócio foi avaliado por Guilherme Bellotti de Melo, consultor agro do Itaú BBA, na ocasião. O especialista afirmou que, embora o mercado ainda aguarda uma estabilidade para a retomada dos negócios, o setor sucroenergético volta a respirar em 2016. A previsão de déficit de açúcar no mercado mundial depois de cinco anos de superávit é um dos fatores apontados por ele para a retomada do segmento. “A curva futura do açúcar aponta para preços mais elevados nos próximos anos e o preço do açúcar deve sustentar as cotações de etanol”, esclareceu.
Já Bernhard Kiep, vice-presidente de marketing da AGCO, afirmou que o Brasil tem uma frota relativamente pequena para o tamanho de sua área agricultável, em comparação com os EUA e Alemanha. “Hoje, 43% das colheitadeiras têm mais de 20 anos e devido à alta competitividade, o produtor precisa enxergar valor agregado para investir no novo equipamento”, disse o executivo, contando que a empresa representa atualmente, 13% do mercado global e tem boas perspectivas, principalmente no segmento canavieiro.
“É um ano especial para a AMCHAM de Ribeirão Preto, pois completamos uma década aqui, sendo que a Câmara já está no Brasil há quase 100 anos. Portanto, neste ano comemorativo, está programado a realização de 60 atividades a exemplo desse café setorial, com a previsão de atingir mais de três mil executivos de todas as empresas de Ribeirão Preto”, disse Bianca Guazzelli, coordenadora da regional da AMCHAM Ribeirão Preto, ao finalizar o evento.
Apesar da crise econômica e diversos fatores que atualmente têm causado incertezas sobre o futuro, “não há dúvidas de que o país tem as condições estruturais e mais determinantes para a retomada do crescimento econômico. E o agronegócio exerce um papel fundamental neste sentido”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, durante o “Café Setorial de Agronegócios” da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), realizado no dia 16 de março, em Ribeirão Preto-SP. O evento destacou os desafios e oportunidades do agronegócio do município, para um grupo seleto de empresários.
Para Jardim, o Estado de São Paulo tem exercido um importante protagonismo na tomada de decisões e na produção de conhecimentos para o setor agropecuário. “O agronegócio não é produção, mas sim, uma cadeia pensada de forma integrada. Não é negócio para amadores, mas de profissionais, de especialização crescente e desafios de inovação. Nossa missão, como poder público, é criar as condições para que essas circunstâncias possam se desenvolver, seja por meio de parcerias ou programas de financiamento voltados também à complementaridade da pequena propriedade, como é o caso de mais de 80% das propriedades da região”, disse.
O secretário destacou ainda que a economia brasileira reage aos artificialismos impostos, como no caso do preço dos combustíveis em 2015. “A região de Ribeirão Preto também sentiu o impacto da crise no setor da cana-de-açúcar, na qual 70 usinas foram fechadas e outras 70 passam por processo de recuperação judicial, fazendo o setor patinar de forma dramática e gerando uma reação em cadeia. No ano passado, algumas empresas que tinham saúde financeira começaram a operar novamente “no azul”, mas não ainda a ponto de fazer novos investimentos”, afirmou.
Um dos palestrantes do evento, o diretor da Wedekin Consultores, Ivan Wedekin, apresentou dados econômicos e o atual cenário de crise e destacou a grandeza do mercado interno, que consome 70% da produção agropecuária no país. “Há uma crise no agronegócio brasileiro, mas que é suavizada pela característica de essencialidade e de eficiência do setor, ainda que o consumidor esteja menos propenso a assumir gastos”, disse, afirmando que a agricultura paulista deve ser respeitada no Brasil e no mundo devido às suas proporções.
“Os sete mandamentos da agricultura neste horizonte 2016 e 2017 são gerenciamento do caixa, controle de custos, aumento da receita, câmbio, o produtor não é especulador, tem que travar o seu risco de preço, tecnologia e investimento, pois só cresce quem investe”, ressaltou.
O cenário de investimentos no agronegócio foi avaliado por Guilherme Bellotti de Melo, consultor agro do Itaú BBA, na ocasião. O especialista afirmou que, embora o mercado ainda aguarda uma estabilidade para a retomada dos negócios, o setor sucroenergético volta a respirar em 2016. A previsão de déficit de açúcar no mercado mundial depois de cinco anos de superávit é um dos fatores apontados por ele para a retomada do segmento. “A curva futura do açúcar aponta para preços mais elevados nos próximos anos e o preço do açúcar deve sustentar as cotações de etanol”, esclareceu.
Já Bernhard Kiep, vice-presidente de marketing da AGCO, afirmou que o Brasil tem uma frota relativamente pequena para o tamanho de sua área agricultável, em comparação com os EUA e Alemanha. “Hoje, 43% das colheitadeiras têm mais de 20 anos e devido à alta competitividade, o produtor precisa enxergar valor agregado para investir no novo equipamento”, disse o executivo, contando que a empresa representa atualmente, 13% do mercado global e tem boas perspectivas, principalmente no segmento canavieiro.
“É um ano especial para a AMCHAM de Ribeirão Preto, pois completamos uma década aqui, sendo que a Câmara já está no Brasil há quase 100 anos. Portanto, neste ano comemorativo, está programado a realização de 60 atividades a exemplo desse café setorial, com a previsão de atingir mais de três mil executivos de todas as empresas de Ribeirão Preto”, disse Bianca Guazzelli, coordenadora da regional da AMCHAM Ribeirão Preto, ao finalizar o evento.