Albaugh começa a operar no país

11/08/2016 Agricultura POR: Valor Econômico
A Albaugh, Empresa de agroquímicos genéricos de origem americana, está estreando no Brasil com planos nada modestos. Embalada por uma previsão de investimentos de R$ 300 milhões, a companhia pretende encorpar e diversificar seu portfólio para levar o faturamento no país para US$ 500 milhões em 2021, abocanhando 4% do mercado local. A estratégia, segundo Renato Seraphim, presidente da empresa no Brasil, é focar na oferta de produtos com custo mais acessível aos agricultores.
"Um defensivo pós­patente [genérico] costuma ser de 5% a 10% mais barato que o produto líder. Mas queremos ser mais agressivos", afirmou o executivo, que acumula passagens por gigantes do setor, como Syngenta e Bayer. "Temos que fazer o agricultor brasileiro alimentar o mundo, mas temos que ajudá­lo a ganhar dinheiro também", disse.
O mercado brasileiro não é exatamente um desconhecido para a Albaugh. A empresa já atuava no país por meio de sua controlada Atanor, que tem raízes na Argentina e há pouco mais de uma década adquiriu uma fábrica em Resende (RJ). A operação local ganhou corpo no ano passado com a aquisição da Consagro Agroquímica, que pertencia à rival FMC. No comando da Albaugh há quatro meses, Seraphim está debruçado sobre a redefinição de processos internos, na tarefa de juntar Consagro e Atanor para criar uma só empresa, que deve encerrar 2016 com receita de US$ 180 milhões, o dobro do ano anterior.
De fato, o Brasil foi a principal alavanca na decisão da companhia de adquirir um caráter mais globalizado e unificado, disse o executivo. Antes atuando com diferentes nomes ao redor do mundo, a companhia passará a atender por Albaugh mundialmente, e a perspectiva é de investimentos em nível global de US$ 300 milhões nessa nova fase.
Criada em 1979, em Iowa, a empresa inicialmente comercializava agroquímicos, mas depois enveredou para a produção, com operações que se estenderam para Canadá, México, Argentina, Brasil e países da Europa. A Albaugh é controlada por seu fundador, Dennis Albaugh, que detém 80% do capital; os 20% restantes estão nas mãos da chinesa Nutrichem. O faturamento global está na casa de US$ 1,1 bilhão (sendo 8% vindos do Brasil), o que a coloca na 13ª posição entre as maiores do mundo em agroquímicos, mas a meta é caminhar rumo aos US$ 2 bilhões até 2020, conforme Seraphim.
A postura da Albaugh é um pouco diferente da adotada por outros players do segmento de pós­patente, que nos últimos anos têm reforçado os investimentos em inovação. "Eles passaram a adotar o mesmo discurso das grandes companhias. 
Mas queremos nos posicionar como uma empresa de pós­patente de baixo custo, nosso 'core' não será pesquisa. Nossa postura é bem pragmática, sem poesia", afirmou.
A unidade de Resende, herdada da Atanor, deve receber em torno de R$ 200 milhões para modernização e ampliação. A planta trabalha com cobre (usado em fungicidas de contato) e glifosato, mas deve começar a produzir 2,4­D e dicamba, entre outros ativos.
A Consagro não tem ativos industriais no Brasil: a empresa basicamente adquiria matéria­prima da China e terceirizava a formulação de defensivos. A grande contribuição do negócio foi mesmo o leque de registros, um atalho importante para a Albaugh.
A Consagro agregou uma lista de itens ao portfólio da Albaugh no Brasil, que agora conta com 40 produtos, somando­se aos já registrados pela Atanor. O número de produtos tende a crescer, porque já há outros 20 na fila de espera para registro no país, com foco em soja e milho. Nos EUA, a companhia é forte em tratamento de sementes e o plano é entrar nesse mercado também no Brasil, assim como no segmento de biológicos.
 
A Albaugh, Empresa de agroquímicos genéricos de origem americana, está estreando no Brasil com planos nada modestos. Embalada por uma previsão de investimentos de R$ 300 milhões, a companhia pretende encorpar e diversificar seu portfólio para levar o faturamento no país para US$ 500 milhões em 2021, abocanhando 4% do mercado local. A estratégia, segundo Renato Seraphim, presidente da empresa no Brasil, é focar na oferta de produtos com custo mais acessível aos agricultores.
"Um defensivo pós­patente [genérico] costuma ser de 5% a 10% mais barato que o produto líder. Mas queremos ser mais agressivos", afirmou o executivo, que acumula passagens por gigantes do setor, como Syngenta e Bayer. "Temos que fazer o agricultor brasileiro alimentar o mundo, mas temos que ajudá­lo a ganhar dinheiro também", disse.
O mercado brasileiro não é exatamente um desconhecido para a Albaugh. A empresa já atuava no país por meio de sua controlada Atanor, que tem raízes na Argentina e há pouco mais de uma década adquiriu uma fábrica em Resende (RJ). A operação local ganhou corpo no ano passado com a aquisição da Consagro Agroquímica, que pertencia à rival FMC. No comando da Albaugh há quatro meses, Seraphim está debruçado sobre a redefinição de processos internos, na tarefa de juntar Consagro e Atanor para criar uma só empresa, que deve encerrar 2016 com receita de US$ 180 milhões, o dobro do ano anterior.
De fato, o Brasil foi a principal alavanca na decisão da companhia de adquirir um caráter mais globalizado e unificado, disse o executivo. Antes atuando com diferentes nomes ao redor do mundo, a companhia passará a atender por Albaugh mundialmente, e a perspectiva é de investimentos em nível global de US$ 300 milhões nessa nova fase.
Criada em 1979, em Iowa, a empresa inicialmente comercializava agroquímicos, mas depois enveredou para a produção, com operações que se estenderam para Canadá, México, Argentina, Brasil e países da Europa. A Albaugh é controlada por seu fundador, Dennis Albaugh, que detém 80% do capital; os 20% restantes estão nas mãos da chinesa Nutrichem. O faturamento global está na casa de US$ 1,1 bilhão (sendo 8% vindos do Brasil), o que a coloca na 13ª posição entre as maiores do mundo em agroquímicos, mas a meta é caminhar rumo aos US$ 2 bilhões até 2020, conforme Seraphim.
A postura da Albaugh é um pouco diferente da adotada por outros players do segmento de pós­patente, que nos últimos anos têm reforçado os investimentos em inovação. "Eles passaram a adotar o mesmo discurso das grandes companhias. 
Mas queremos nos posicionar como uma empresa de pós­patente de baixo custo, nosso 'core' não será pesquisa. Nossa postura é bem pragmática, sem poesia", afirmou.
A unidade de Resende, herdada da Atanor, deve receber em torno de R$ 200 milhões para modernização e ampliação. A planta trabalha com cobre (usado em fungicidas de contato) e glifosato, mas deve começar a produzir 2,4­D e dicamba, entre outros ativos.
A Consagro não tem ativos industriais no Brasil: a empresa basicamente adquiria matéria­prima da China e terceirizava a formulação de defensivos. A grande contribuição do negócio foi mesmo o leque de registros, um atalho importante para a Albaugh.
A Consagro agregou uma lista de itens ao portfólio da Albaugh no Brasil, que agora conta com 40 produtos, somando­se aos já registrados pela Atanor. O número de produtos tende a crescer, porque já há outros 20 na fila de espera para registro no país, com foco em soja e milho. Nos EUA, a companhia é forte em tratamento de sementes e o plano é entrar nesse mercado também no Brasil, assim como no segmento de biológicos.