Albioma compra outra unidade de cogeração no Brasil

20/04/2015 Energia POR: Valor Econômico
Em mais um passo em sua estratégia de avançar na produção de bioeletricidade no Brasil, a companhia francesa Albioma, que em 2014 adquiriu 100% da termelétrica da usina Rio Pardo (SP), informou ontem que assinou um contrato de compra de 65% da Codora Energia, ativo de cogeração pertencente ao grupo goiano Jalles Machado,
que ficou com 35% do negócio. O valor da operação ainda é confidencial, segundo o presidente da Albioma no Brasil, Frédéric Moyne. Mas ele afirma que 50% foram pagos com recursos próprios da companhia e o restante por meio da assunção de dívidas, entre as quais R$ 39 milhões com o BNDES.
Localizada no município de Goianésia (GO), a Codora Energia tem potência de 60 megawatts (MW) e exportou no ano passado 98 gigawatts­hora (GWh). Com a entrada da Albioma no capital da unidade, que é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), um terceiro turbo­gerador de 20 MW será implantado de forma a elevar a mais de 170 GWh o volume de eletricidade exportada a partir de 2018. Esse incremento ocorrerá em paralelo à ampliação da destilaria, à qual a planta de cogeração está interligada. A usina Otávio Lage, que na safra 2014/15 processou 1,6 milhão de toneladas de cana, será expandida para processar quase 2,2 milhões a partir de 2018.
Do lado do grupo Jalles Machado, que processou em suas duas usinas 4,3 milhões de toneladas de cana no ciclo 2013/14 ­ a parceria com a Albioma reforça o caixa, em um momento desafiador ao setor sucroalcooleiro. A operação não será consolidada na safra finda em 31 de março passado. Mas se tivesse sido, teria reduzido a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 2,7 vezes para 2,3 vezes, explica o presidente do grupo, Otávio Lage.
A Jalles, que nesta operação foi assessorada pela Czarnikow, estará em 2018 exportando pela Codora Energia 80% do volume que vendeu em 2014/15, apesar da participação agora de 35%, explica Lage.
Entre os atrativos da Codora, se destacam os preços de venda da energia, avalia Moyne. Do total de 96 mil GWh exportados em 2014/15, 87 GWh foram para o mercado regulado a R$ 205 o MWh. Corrigido anualmente pela inflação, esse contrato tem duração até 2026. "A estratégia é ter 70% das vendas em acordos de longa duração ",
diz Moyne.
Essa é a segunda aquisição de ativos de cogeração feita pela Albioma no Brasil, que anunciou a intenção de investir € 400 milhões nesse segmento no país até 2023, o equivalente a 40% dos aportes globais da empresa no período. A francesa ­ que produz energia de biomassa nas Ilhas Maurício, no oceano Índico, e na Ilha de Guadalupe, no Caribe ­ comprou no ano passado 100% da termelétrica do grupo Rio Pardo (SP) por R$ 137 milhões.
O modelo de negócio da Albioma é o de assumir o gerenciamento da planta, imprimindo na operação os padrões de eficiência adotados nas outras plantas ­ nas Ilhas Maurício, no oceano Índico e na Ilha de Guadalupe, no Caribe. "No primeiro ciclo em que ficou à frente da operação da termelétrica Rio Pardo, a cogeração cresceu 30% com menor volume de bagaço", diz Moyne.
Em mais um passo em sua estratégia de avançar na produção de bioeletricidade no Brasil, a companhia francesa Albioma, que em 2014 adquiriu 100% da termelétrica da usina Rio Pardo (SP), informou ontem que assinou um contrato de compra de 65% da Codora Energia, ativo de cogeração pertencente ao grupo goiano Jalles Machado,
que ficou com 35% do negócio. O valor da operação ainda é confidencial, segundo o presidente da Albioma no Brasil, Frédéric Moyne. Mas ele afirma que 50% foram pagos com recursos próprios da companhia e o restante por meio da assunção de dívidas, entre as quais R$ 39 milhões com o BNDES.
Localizada no município de Goianésia (GO), a Codora Energia tem potência de 60 megawatts (MW) e exportou no ano passado 98 gigawatts­hora (GWh). Com a entrada da Albioma no capital da unidade, que é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), um terceiro turbo­gerador de 20 MW será implantado de forma a elevar a mais de 170 GWh o volume de eletricidade exportada a partir de 2018. Esse incremento ocorrerá em paralelo à ampliação da destilaria, à qual a planta de cogeração está interligada. A usina Otávio Lage, que na safra 2014/15 processou 1,6 milhão de toneladas de cana, será expandida para processar quase 2,2 milhões a partir de 2018.
Do lado do grupo Jalles Machado, que processou em suas duas usinas 4,3 milhões de toneladas de cana no ciclo 2013/14 ­ a parceria com a Albioma reforça o caixa, em um momento desafiador ao setor sucroalcooleiro. A operação não será consolidada na safra finda em 31 de março passado. Mas se tivesse sido, teria reduzido a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 2,7 vezes para 2,3 vezes, explica o presidente do grupo, Otávio Lage.
A Jalles, que nesta operação foi assessorada pela Czarnikow, estará em 2018 exportando pela Codora Energia 80% do volume que vendeu em 2014/15, apesar da participação agora de 35%, explica Lage.
Entre os atrativos da Codora, se destacam os preços de venda da energia, avalia Moyne. Do total de 96 mil GWh exportados em 2014/15, 87 GWh foram para o mercado regulado a R$ 205 o MWh. Corrigido anualmente pela inflação, esse contrato tem duração até 2026. "A estratégia é ter 70% das vendas em acordos de longa duração ",
diz Moyne.
Essa é a segunda aquisição de ativos de cogeração feita pela Albioma no Brasil, que anunciou a intenção de investir € 400 milhões nesse segmento no país até 2023, o equivalente a 40% dos aportes globais da empresa no período. A francesa ­ que produz energia de biomassa nas Ilhas Maurício, no oceano Índico, e na Ilha de Guadalupe, no Caribe ­ comprou no ano passado 100% da termelétrica do grupo Rio Pardo (SP) por R$ 137 milhões.
O modelo de negócio da Albioma é o de assumir o gerenciamento da planta, imprimindo na operação os padrões de eficiência adotados nas outras plantas ­ nas Ilhas Maurício, no oceano Índico e na Ilha de Guadalupe, no Caribe. "No primeiro ciclo em que ficou à frente da operação da termelétrica Rio Pardo, a cogeração cresceu 30% com menor volume de bagaço", diz Moyne.