Alckmin critica política do governo federal para o etanol

Durante discurso de inauguração das novas instalações do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto - Supera, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin lembrou que a cidade paulista é polo de produção de etanol e que ´o setor sucroalcooleiro passa por dificuldades´ por conta da Petrobras, numa referência à perda de competitividade do álcool de cana causada pelo controle no preço da gasolina. ´O Brasil construiu um case mundial de carro a álcool e bicombustível´, lembrou, reiterando que o controle no preço da gasolina afetou o setor sucroalcooleiro.
 
O governador lembrou que São Paulo reduziu a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o etanol hidratado comercializado nos postos de 25% para 12%, o menor do Brasil, e disse que terá uma reunião com o setor sucroalcooleiro na próxima semana para avaliar a proposta de uma nova redução. Como revelou há um mês o Broadcast, serviçod e notícias em tempo real da Agência Estado, os empresários pediram ao governo paulista a redução da alíquota do etanol de 12% para 7%.
 
Segundo estudo feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e encaminhado ao governo pelo setor produtivo, a queda na alíquota não traria perda de receitas ao Estado. A arrecadação menor com o etanol seria compensada com o aquecimento da economia, a geração de empregos e ainda pelo aumento da alíquota do ICMS da gasolina de 25% para 28%.
 
Já o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) afirmou que a Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético, que defende na Câmara a pauta de reivindicações dos produtores de etanol, organiza manifestações em cidades dependentes da produção do combustível no dia 26 de abril e, no dia 13 de maio, um protesto em Brasília.
 
Alckmin evitou novamente comentar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades na Petrobrás (CPI da Petrobras) é um assunto que cabe ao Congresso Nacional comentar´, disse o governador.