Antropologia no mundo corporativo

15/02/2016 Geral POR: Fernanda Clariano, Revista Canavieiros – edição 115
Consultor de empresas no Brasil e exterior, empresário de sucesso no ramo do agronegócio, educação e marketing, com 29 livros e mais de 400 vídeos e DVDs publicados, Luiz Almeida Marins Filho é um dos mais requisitados palestrantes do país. Em novembro, o professor se apresentou no IV Encontro de Gerentes, realizado pelo sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho-SP, onde discorreu o tema “Os desafios da motivação pela razão e não pela emoção num mercado competitivo”. Em um bate-papo agradável, Marins falou com a Revista Canavieiros. Siga!
Revista Canavieiros: Como é aplicar a antropologia no mundo corporativo?
Marins: A antropologia estuda o ser humano, “anthropos” é ser humano e “logos” é estudo e a metodologia principal da antropologia chama-se observação participante. Ou seja, você convive numa sociedade, num grupo e estuda quais são os comportamentos que aquelas pessoas emitem e a partir daí você descobre o que é que aquela empresa quer, aonde ela quer chegar.
É feito o estudo do comportamento e a partir daí, o que é que faz com que empurre a empresa para onde ela quer ir e o que é que puxa a empresa para onde ela não quer ir. E fazemos uma série de trabalho para conduzi-la na direção certa. A empresa é tecnologia, é recursos e principalmente gente. Você pode ter os melhores recursos, toda a tecnologia etc., mas gente é que faz a diferença. 
Às vezes, a maneira como as pessoas interagem, como elas entendem o processo de comunicação, a incoerência entre o discurso e a prática, por exemplo, faz com que elas não deem tudo o que elas podem dar para que a empresa cresça. Por meio da antropologia a gente estuda a empresa e o mercado dela, as pessoas e onde é que ela está inserida, para ver se ela não está, por exemplo, trabalhando no mercado de maneira contrária às tendências.
Se o mercado está indo para um lado e ela querendo ir para o outro e assim por diante.
Revista Canavieiros: Ao pararmos para pensar na atual situação do país em que vivemos não corremos o risco de nos desmotivar? Como se motivar diante dessa situação toda?
Marins: A gente não pode confundir motivação com autoajuda e nem motivação com emoção. Têm pessoas que dizem que assistiram a uma palestra de motivação e permaneceram uma semana motivadas e depois ficaram piores do que estavam antes. Elas não ficaram motivadas, ficaram emocionadas. 
Motivação são os motivos, as razões de ordem lógica, racional, cartesiana, motivos pelos quais eu faço as opções na vida. Se eu não tiver os meus motivos, eu sou desmotivado. O prefixo des na língua portuguesa é um prefixo de negação, descascar – tirar casca, desatualizado - não atualizado, sem motivo, se você não tiver motivos você não consegue andar. Motivação é você poder discutir porque está trabalhando, aonde quer chegar, por que quer chegar, de que maneira quer chegar, qual é o seu papel na sociedade.
As pessoas precisam de um sentimento de missão e proposta naquilo que fazem senão não vão para frente.
Revista Canavieiros: As suas palestras estão entre as mais requisitadas, quais os fatores que explicam essa demanda?
Marins: Eu acho que é porque sou professor, só por isso. Eu procuro mostrar o que está acontecendo com o mundo e porque a gente tem uma visão de que só o Brasil é ruim. Por exemplo, a carência de mídia acontece no mundo inteiro, é um problema mundial e as pessoas começam a entender melhor e você vai ver quais são as vantagens comparativas que nós estamos vivendo. Não se pode só olhar a parte vazia do cálice chamado Brasil, tem que olhar a parte cheia também. Nós temos vantagens comparativas que o mundo inteiro não tem, por exemplo, nós não temos fundamentalismos – fundamentalismo islâmico, ninguém está com medo que estoure uma bomba por aqui, então isso é uma das vantagens que a gente tem que ver a longo prazo e que tem que estudar melhor.
Revista Canavieiros: Em suas apresentações, o que as pessoas mais estão querendo ouvir?
Marins: Elas estão querendo ouvir alguma coisa que desembace a visão porque está muito embaçado. O grande problema não é que está ruim, está embaçado.
As pessoas estão querendo que alguém lhes apresente um caminho, porque a análise do quadro negativo elas já têm todos os dias na televisão. Então, o que elas querem é saber qual é a luz no fim do túnel e no que podem acreditar, é isso que elas querem: saber e ouvir.
Revista Canavieiros: Gostaria de deixar uma mensagem?
Marins: Pensar é fundamental, o único animal que pensa, planeja e que pensa o futuro é o ser humano, por isso que é importante pensar e ele se motiva pela razão, não é pela emoção. Se você não ouvir as coisas, não pensar, você não pode se motivar. Se você não for roteirista da sua vida, alguém vai ser e é bom que você seja. É bom que você encontre os seus motivos para lutar ou não lutar, para acordar cedo, para fazer a diferença onde for.
Consultor de empresas no Brasil e exterior, empresário de sucesso no ramo do agronegócio, educação e marketing, com 29 livros e mais de 400 vídeos e DVDs publicados, Luiz Almeida Marins Filho é um dos mais requisitados palestrantes do país. Em novembro, o professor se apresentou no IV Encontro de Gerentes, realizado pelo sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho-SP, onde discorreu o tema “Os desafios da motivação pela razão e não pela emoção num mercado competitivo”. Em um bate-papo agradável, Marins falou com a Revista Canavieiros. Siga!

Revista Canavieiros: Como é aplicar a antropologia no mundo corporativo?

 
Marins: A antropologia estuda o ser humano, “anthropos” é ser humano e “logos” é estudo e a metodologia principal da antropologia chama-se observação participante. Ou seja, você convive numa sociedade, num grupo e estuda quais são os comportamentos que aquelas pessoas emitem e a partir daí você descobre o que é que aquela empresa quer, aonde ela quer chegar.
É feito o estudo do comportamento e a partir daí, o que é que faz com que empurre a empresa para onde ela quer ir e o que é que puxa a empresa para onde ela não quer ir. E fazemos uma série de trabalho para conduzi-la na direção certa. A empresa é tecnologia, é recursos e principalmente gente. Você pode ter os melhores recursos, toda a tecnologia etc., mas gente é que faz a diferença. 

Às vezes, a maneira como as pessoas interagem, como elas entendem o processo de comunicação, a incoerência entre o discurso e a prática, por exemplo, faz com que elas não deem tudo o que elas podem dar para que a empresa cresça. Por meio da antropologia a gente estuda a empresa e o mercado dela, as pessoas e onde é que ela está inserida, para ver se ela não está, por exemplo, trabalhando no mercado de maneira contrária às tendências.
Se o mercado está indo para um lado e ela querendo ir para o outro e assim por diante.

 
Revista Canavieiros: Ao pararmos para pensar na atual situação do país em que vivemos não corremos o risco de nos desmotivar? Como se motivar diante dessa situação toda?
 
Marins: A gente não pode confundir motivação com autoajuda e nem motivação com emoção. Têm pessoas que dizem que assistiram a uma palestra de motivação e permaneceram uma semana motivadas e depois ficaram piores do que estavam antes. Elas não ficaram motivadas, ficaram emocionadas. 
Motivação são os motivos, as razões de ordem lógica, racional, cartesiana, motivos pelos quais eu faço as opções na vida. Se eu não tiver os meus motivos, eu sou desmotivado. O prefixo des na língua portuguesa é um prefixo de negação, descascar – tirar casca, desatualizado - não atualizado, sem motivo, se você não tiver motivos você não consegue andar. Motivação é você poder discutir porque está trabalhando, aonde quer chegar, por que quer chegar, de que maneira quer chegar, qual é o seu papel na sociedade.
As pessoas precisam de um sentimento de missão e proposta naquilo que fazem senão não vão para frente.

 
Revista Canavieiros: As suas palestras estão entre as mais requisitadas, quais os fatores que explicam essa demanda?
 
Marins: Eu acho que é porque sou professor, só por isso. Eu procuro mostrar o que está acontecendo com o mundo e porque a gente tem uma visão de que só o Brasil é ruim. Por exemplo, a carência de mídia acontece no mundo inteiro, é um problema mundial e as pessoas começam a entender melhor e você vai ver quais são as vantagens comparativas que nós estamos vivendo. Não se pode só olhar a parte vazia do cálice chamado Brasil, tem que olhar a parte cheia também. Nós temos vantagens comparativas que o mundo inteiro não tem, por exemplo, nós não temos fundamentalismos – fundamentalismo islâmico, ninguém está com medo que estoure uma bomba por aqui, então isso é uma das vantagens que a gente tem que ver a longo prazo e que tem que estudar melhor.

 
Revista Canavieiros: Em suas apresentações, o que as pessoas mais estão querendo ouvir?
 
Marins: Elas estão querendo ouvir alguma coisa que desembace a visão porque está muito embaçado. O grande problema não é que está ruim, está embaçado.
As pessoas estão querendo que alguém lhes apresente um caminho, porque a análise do quadro negativo elas já têm todos os dias na televisão. Então, o que elas querem é saber qual é a luz no fim do túnel e no que podem acreditar, é isso que elas querem: saber e ouvir.

 

Revista Canavieiros: Gostaria de deixar uma mensagem?
 
Marins: Pensar é fundamental, o único animal que pensa, planeja e que pensa o futuro é o ser humano, por isso que é importante pensar e ele se motiva pela razão, não é pela emoção. Se você não ouvir as coisas, não pensar, você não pode se motivar. Se você não for roteirista da sua vida, alguém vai ser e é bom que você seja. É bom que você encontre os seus motivos para lutar ou não lutar, para acordar cedo, para fazer a diferença onde for.