Apesar da crise, indústria da cana não parou de investir, diz presidente da UNICA em Londres

10/07/2013 Cana-de-Açúcar POR: UNICA
A conjuntura financeira mundial e os problemas operacionais e econômicos observados após 2008 provocaram perdas significativas para o setor sucroenergético, mas não interromperam investimentos em logística, novas tecnologias e no aumento da produção. A informação foi dada pela presidente Executiva da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, durante participação no “2º Sugar & Ethanol Summit – Brazil,” evento realizado no dia 05 de julho em Londres.
Farina explicou que a conjuntura negativa resultou em importantes mudanças estruturais da atividade canavieira, com o redirecionamento de investimentos antes voltados para a construção de novas usinas. “Os recursos antes alocados em greenfields passaram a ser direcionados para a otimização produtiva, buscando ganhos de eficiência e produtividade. Esses movimentos deverão ampliar a competitividade do setor nos próximos anos, fazendo frente à crescente demanda por etanol e açúcar no Brasil e no mundo,” explicou a presidente da UNICA.
Farina detalhou em sua apresentação os avanços logísticos, tecnológicos e de lavoura obtidos ao longo dos últimos anos. Mesmo considerando o fechamento de quase 40 unidades industriais nas últimas cinco safras, o saldo da produção ainda é altamente positivo, considerando as mais de 100 usinas inauguradas na última década, gerando um salto na capacidade produtiva em mais de 120 milhões de toneladas.
O primeiro importante redirecionamento dos investimentos envolveu a consolidação do setor, com a entrada de grandes grupos e novos atores internacionais, como as tradings e petroleiras. Estima-se que, com esse processo, cerca de um terço dos ativos mudou de mãos desde o início da crise, tendo como consequência o aumento dos ganhos de escala no setor.
Outro significativo movimento lembrado por Farina envolveu a logística, com a construção de ferrovias e terminais portuários. Segundo a executiva, os investimentos nessa área superaram US$1,5 bilhão, o que por si só deve ajudar a reduzir os custos logísticos de exportação do açúcar em 15% até 2015.
“Empreendimentos como o Terminal Intermodal da Copersucar e o sistema logístico multimodal da Rumo devem garantir um melhor transporte e armazenamento dos produtos da cana,” afirmou. Já os dutos de escoamento do etanol sendo construídos pela Logum, quando em funcionamento, devem diminuir em 30% os valores gastos com logística. “Serão mais US$3,5 bilhões em investimentos,” completou.
Finalmente, Farina ressaltou os investimentos para a otimização da produção. No canavial, o aumento da mecanização entre 2006 e 2012 atingiu 4 milhões de hectares, com um aporte de US$4,5 bilhões do setor. Somente em 2012, a região Centro-Sul investiu US$ 4 bilhões em renovação dos canaviais. Além disso, as pesquisas para a melhoria genética da cana e o etanol de segunda geração são outros itens que devem render um futuro promissor para o setor. A executiva citou as estimativas do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), para o qual, com as novas ferramentas, a produção atual de 7.100 litros por hectare pode mais do que triplicar até 2025.
A presidente da UNICA concluiu sua apresentação destacando, que mesmo em um cenário de restrição de crédito, aumento nos custos de produção e falta de políticas públicas de longo prazo, a indústria da cana brasileira segue trabalhando para garantir um prospecto positivo. “A lida diária do setor não é fácil, mas ao invés de lamentarmos, optamos por fazer acontecer. Optamos por acreditar neste setor, tão importante para a economia do País e de projeção mundial,” afirmou.
O evento, organizado pela Datagro e o Ministério das Relações Exteriores, reuniu mais de 150 líderes empresariais de diversos países para examinar os mercados globais de açúcar e etanol em uma série de painéis. O foco principal foi o papel nesses mercados no Brasil, maior produtor e exportador mundial de açúcar e de biocombustível de cana.
A conjuntura financeira mundial e os problemas operacionais e econômicos observados após 2008 provocaram perdas significativas para o setor sucroenergético, mas não interromperam investimentos em logística, novas tecnologias e no aumento da produção. A informação foi dada pela presidente Executiva da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, durante participação no “2º Sugar & Ethanol Summit – Brazil,” evento realizado no dia 05 de julho em Londres.
Farina explicou que a conjuntura negativa resultou em importantes mudanças estruturais da atividade canavieira, com o redirecionamento de investimentos antes voltados para a construção de novas usinas. “Os recursos antes alocados em greenfields passaram a ser direcionados para a otimização produtiva, buscando ganhos de eficiência e produtividade. Esses movimentos deverão ampliar a competitividade do setor nos próximos anos, fazendo frente à crescente demanda por etanol e açúcar no Brasil e no mundo,” explicou a presidente da UNICA.
Farina detalhou em sua apresentação os avanços logísticos, tecnológicos e de lavoura obtidos ao longo dos últimos anos. Mesmo considerando o fechamento de quase 40 unidades industriais nas últimas cinco safras, o saldo da produção ainda é altamente positivo, considerando as mais de 100 usinas inauguradas na última década, gerando um salto na capacidade produtiva em mais de 120 milhões de toneladas.
O primeiro importante redirecionamento dos investimentos envolveu a consolidação do setor, com a entrada de grandes grupos e novos atores internacionais, como as tradings e petroleiras. Estima-se que, com esse processo, cerca de um terço dos ativos mudou de mãos desde o início da crise, tendo como consequência o aumento dos ganhos de escala no setor.
Outro significativo movimento lembrado por Farina envolveu a logística, com a construção de ferrovias e terminais portuários. Segundo a executiva, os investimentos nessa área superaram US$1,5 bilhão, o que por si só deve ajudar a reduzir os custos logísticos de exportação do açúcar em 15% até 2015.
“Empreendimentos como o Terminal Intermodal da Copersucar e o sistema logístico multimodal da Rumo devem garantir um melhor transporte e armazenamento dos produtos da cana,” afirmou. Já os dutos de escoamento do etanol sendo construídos pela Logum, quando em funcionamento, devem diminuir em 30% os valores gastos com logística. “Serão mais US$3,5 bilhões em investimentos,” completou.
Finalmente, Farina ressaltou os investimentos para a otimização da produção. No canavial, o aumento da mecanização entre 2006 e 2012 atingiu 4 milhões de hectares, com um aporte de US$4,5 bilhões do setor. Somente em 2012, a região Centro-Sul investiu US$ 4 bilhões em renovação dos canaviais. Além disso, as pesquisas para a melhoria genética da cana e o etanol de segunda geração são outros itens que devem render um futuro promissor para o setor. A executiva citou as estimativas do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), para o qual, com as novas ferramentas, a produção atual de 7.100 litros por hectare pode mais do que triplicar até 2025.
A presidente da UNICA concluiu sua apresentação destacando, que mesmo em um cenário de restrição de crédito, aumento nos custos de produção e falta de políticas públicas de longo prazo, a indústria da cana brasileira segue trabalhando para garantir um prospecto positivo. “A lida diária do setor não é fácil, mas ao invés de lamentarmos, optamos por fazer acontecer. Optamos por acreditar neste setor, tão importante para a economia do País e de projeção mundial,” afirmou.
O evento, organizado pela Datagro e o Ministério das Relações Exteriores, reuniu mais de 150 líderes empresariais de diversos países para examinar os mercados globais de açúcar e etanol em uma série de painéis. O foco principal foi o papel nesses mercados no Brasil, maior produtor e exportador mundial de açúcar e de biocombustível de cana.