Após reajuste da gasolina, álcool também deve ficar mais caro

O motorista já sente no bolso a alta da gasolina anunciada na semana passada. E agora o álcool também deve ficar mais caro.
 
No Rio de Janeiro, preço de assustar. "Supercaro mesmo", diz um motorista.
 
O litro da gasolina que custava, em média, R$ 2,96 já chega a R$ 3,19. O aumento é de mais de 7,5% - quase o dobro do reajuste nas refinarias.
 
"O percurso que eu fazia com R$ 30 já não faço mais", atesta outro motorista.
 
Os motoristas de Salvador já pagam mais de R$ 3 pela gasolina. O preço do litro subiu 23 centavos em relação à semana passada.
 
Aumento acima do esperado também na capital e no interior de São Paulo. O reajuste foi de 3,5%, em média, no estado. O preço subiu de R$ 2,79 para R$ 2,89. Parece pouco, mas para encher o tanque com 50 litros, o motorista gasta R$ 5 a mais.
 
E não é só o reajuste dos preços da gasolina e do diesel que deve pesar no bolso dos consumidores. Representantes das usinas que fabricam etanol já adiantaram que haverá aumento de custos para produção do combustível feito com a cana de açúcar.
 
"Diante do nível de mecanização que temos hoje no setor, quando há um custo maior na fabricação, é evidente que é necessário que haja um repasse", justifica Sérgio Prado, representante da Unica.
 
A safra da cana termina este mês e a oferta do produto no mercado vai diminuir, o que deve pressionar ainda mais o preço nas bombas.
 
O jeito então é fazer as contas antes de escolher o combustível, porque o rendimento do etanol é 30% menor que o da gasolina.
 
Um economista explica que o motorista deve dividir o preço do álcool pelo preço da gasolina. Se o resultado for menor que 0,7, compensa colocar álcool.
 
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