O Mercosul retomou seu protagonismo no fornecimento de trigo ao Brasil, após dois anos de perda de um mercado até então praticamente cativo. No atual anocomercial 2015/16, iniciado em agosto, o bloco foi a origem de 90% das importações brasileiras do cereal. A redução das restrições às exportações na Argentina e uma oferta mais abundante no Paraguai explicam a recuperação.
De agosto até fevereiro deste ano, o Brasil importou 2,9 milhões de toneladas de trigo. Da Argentina, vieram 1,7 milhão de toneladas, ou 58% do total, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Safras & Mercado. Do Paraguai vieram 633 mil toneladas (22% do total) e do Uruguai, 303 mil toneladas (10%).
Juntos, os três países venderam 2,6 milhões de toneladas ao mercado brasileiro no intervalo. Cerca de 300 mil toneladas vieram dos Estados Unidos.
O anocomercial 2015/16 está correndo sob a administração do novo presidente da Argentina Maurício Macri, que assumiu em dezembro.
E o apetite dos produtores do país vizinho para exportar voltou a crescer justamente com a vitória de Macri, que prometeu durante a campanha e cumpriu relaxar as travas às exportações argentinas de grãos.
No mercado, a expectativa é que a Argentina exporte ao Brasil mais de 3 milhões de toneladas de trigo no anocomercial 2015/16, o que não ocorre desde 2012/13. A colheita argentina, finalizada em dezembro, rendeu 10,4 milhões de toneladas, conforme a Safras & Mercado, ante 11,5 milhões em 2014/15.
"O diferencial aqui não é o volume [da safra], que é menor. Mas sim o fato de que os exportadores não precisam mais das licenças concedidas pelo governo para exportar. Estão de volta às leis de oferta e demanda", afirmou Marcelo Vosnica, presidente do conselho administrativo da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), que representa os moinhos brasileiros.
Tradicional fornecedora de trigo ao país, a Argentina vinha perdendo espaço no mercado brasileiro em consequência da política da expresidente Cristina Kirchner de taxar e reter exportações para manter o abastecimento interno e controlar a inflação. Essa política já vinha provocando a queda da produção no país.
No anocomercial 2013/14, as exportações argentinas de trigo ao Brasil atingiram um dos níveis mais baixos da década 1,3 milhão de toneladas. Na mesma temporada, o volume importado pelo Brasil desde o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) somou 2,4 milhões de toneladas.
O Mercosul retomou seu protagonismo no fornecimento de trigo ao Brasil, após dois anos de perda de um mercado até então praticamente cativo. No atual anocomercial 2015/16, iniciado em agosto, o bloco foi a origem de 90% das importações brasileiras do cereal. A redução das restrições às exportações na Argentina e uma oferta mais abundante no Paraguai explicam a recuperação.
De agosto até fevereiro deste ano, o Brasil importou 2,9 milhões de toneladas de trigo. Da Argentina, vieram 1,7 milhão de toneladas, ou 58% do total, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Safras & Mercado. Do Paraguai vieram 633 mil toneladas (22% do total) e do Uruguai, 303 mil toneladas (10%).
Juntos, os três países venderam 2,6 milhões de toneladas ao mercado brasileiro no intervalo. Cerca de 300 mil toneladas vieram dos Estados Unidos.
O anocomercial 2015/16 está correndo sob a administração do novo presidente da Argentina Maurício Macri, que assumiu em dezembro.
E o apetite dos produtores do país vizinho para exportar voltou a crescer justamente com a vitória de Macri, que prometeu durante a campanha e cumpriu relaxar as travas às exportações argentinas de grãos.
No mercado, a expectativa é que a Argentina exporte ao Brasil mais de 3 milhões de toneladas de trigo no anocomercial 2015/16, o que não ocorre desde 2012/13. A colheita argentina, finalizada em dezembro, rendeu 10,4 milhões de toneladas, conforme a Safras & Mercado, ante 11,5 milhões em 2014/15.
"O diferencial aqui não é o volume [da safra], que é menor. Mas sim o fato de que os exportadores não precisam mais das licenças concedidas pelo governo para exportar. Estão de volta às leis de oferta e demanda", afirmou Marcelo Vosnica, presidente do conselho administrativo da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), que representa os moinhos brasileiros.
Tradicional fornecedora de trigo ao país, a Argentina vinha perdendo espaço no mercado brasileiro em consequência da política da expresidente Cristina Kirchner de taxar e reter exportações para manter o abastecimento interno e controlar a inflação. Essa política já vinha provocando a queda da produção no país.
No anocomercial 2013/14, as exportações argentinas de trigo ao Brasil atingiram um dos níveis mais baixos da década 1,3 milhão de toneladas. Na mesma temporada, o volume importado pelo Brasil desde o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) somou 2,4 milhões de toneladas.