As Terras Africanas

05/07/2012 Colunista POR: Revista Canavieiros - Ed72 - junho de 2012
O mês: o Brasil na tela do mundo pela conferência Rio + 20. Fico na torcida para que tudo vá bem e que possamos receber bem estes visitantes internacionais. Também que os debates possam ser interessantes e calcados em realidade. Vale lembrar que muitos países estão em estágios bem distintos de desenvolvimento e que precisam  utilizar seus recursos para seu desenvolvimento. Outra mensagem de realidade é que é preciso gerar renda para poder distribuir renda. Não existe distribuição de renda sem geração de renda, não existe sustentabilidade em se preservar se não existe renda.
Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Após a queda das exportações do agro no mês de abril, em maio ocorre uma grande recuperação e mantém a tendência de crescimento observado ao longo do ano.  As exportações do agro (US$ 10,23 bilhões), se comparadas com o mesmo período do ano passado (US$ 8,47 bilhões), aumentaram 21,2%. 
O valor exportado acumulado no ano (US$ 36,7 bilhões) aumentou 7,1% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 34,3 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 29,8 bilhões (9,2% maior que o mesmo período em 2011). Este valor acumulado levou as exportações a alcançarem 36,7% da meta dos 100 bilhões para o ano de 2012. 
Economia: interessante ver que o dólar está sustentando a R$ 2,00. Já dará um alento importante para as exportações do agro. Aparentemente a economia chinesa está firme e a americana se recupera. O problema mais sério é na Europa, mas já foi pior.
Pessoas Canavieiras (homenagem): por estar na China, lamentavelmente não pude ir à inauguração da fábrica da Syngenta em Itápolis, onde é produzido o Plene. Neste mês fica aqui meu registro e a homenagem aos cientistas e profissionais desta empresa pela inovação trazida. A cadeia da cana precisa cada vez mais de inovações que aumentem a produtividade e reduzam os custos de produção. Parabéns.
Aprendizado de Viagem: este mês compartilho com o leitor da coluna duas alegrias. Primeiro passei uma semana na África do Sul, onde lancei o segundo livro e fiz a abertura da conferência de agronegócios deles. Um país muito interessante e receptivo. Debates com empresários africanos mostraram que para a expansão agrícola, pode ser de maior benefício à África empreendimentos com modelos organizacionais que envolvam empresas agrícolas ou cooperativas brasileiras detentoras de tecnologia e capacidade de gestão, empreendedores africanos, junto com a EMBRAPA e os órgãos públicos e privados de financiamento brasileiros e africanos, em detrimento ao modelo onde terras africanas são compradas ou alugadas por países grandes consumidores como China, Índia, Coréia, entre outros que vêm recebendo sérias críticas da sociedade africana. 
São grandes as oportunidades existentes ao agro brasileiro na África consumidora e produtora. Existe proximidade cultural, de idioma e de interesses e o momento de participar na onda do crescimento africano é agora.
A segunda viagem é esta na China, onde também lancei um livro (em chinês) e vim para palestras. É um mundo a parte, estou assustado com o que ví. Relato na próxima coluna, aliás, precisa de uma revista inteira para contar. Mas a boa notícia eu já adianto: me confirmaram que vão precisar de muito açúcar. Espero que seja nosso.
Mercado de Cana: estamos em 1º de junho com um processamento 30% menor que no mesmo período do ano passado. Estamos perdendo mercado no açúcar e deixando de fazer importantes vendas de etanol, que poderiam inclusive alterar positivamente os preços do açúcar. Convido-os a lerem o outro texto que tenho nesta edição (coluna Ponto de Vista - página 10).
Haja limão: nestas duas viagens pude mais uma vez passar por diversos aeroportos. Sem falar em China, queria destacar dois: o de Johanessburg e o de Bangkok, na Tailândia, onde fiquei por cinco horas. Dois países muito menores e muito mais pobres que o Brasil. São obras maravilhosas, estruturadas pensando no longo prazo e nos usuários. Neste quesito de logística e preparação da infra-estrutura do Brasil, nossos dois últimos presidentes podem dar as mãos, pois se nivelaram no pior nível possível. Uma vergonha.
Até a próxima!
O mês: o Brasil na tela do mundo pela conferência Rio + 20. Fico na torcida para que tudo vá bem e que possamos receber bem estes visitantes internacionais. Também que os debates possam ser interessantes e calcados em realidade. Vale lembrar que muitos países estão em estágios bem distintos de desenvolvimento e que precisam  utilizar seus recursos para seu desenvolvimento. Outra mensagem de realidade é que é preciso gerar renda para poder distribuir renda. Não existe distribuição de renda sem geração de renda, não existe sustentabilidade em se preservar se não existe renda.

Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Após a queda das exportações do agro no mês de abril, em maio ocorre uma grande recuperação e mantém a tendência de crescimento observado ao longo do ano.  As exportações do agro (US$ 10,23 bilhões), se comparadas com o mesmo período do ano passado (US$ 8,47 bilhões), aumentaram 21,2%. 
O valor exportado acumulado no ano (US$ 36,7 bilhões) aumentou 7,1% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 34,3 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 29,8 bilhões (9,2% maior que o mesmo período em 2011). Este valor acumulado levou as exportações a alcançarem 36,7% da meta dos 100 bilhões para o ano de 2012. 

Economia: interessante ver que o dólar está sustentando a R$ 2,00. Já dará um alento importante para as exportações do agro. Aparentemente a economia chinesa está firme e a americana se recupera. O problema mais sério é na Europa, mas já foi pior.

Pessoas Canavieiras (homenagem): por estar na China, lamentavelmente não pude ir à inauguração da fábrica da Syngenta em Itápolis, onde é produzido o Plene. Neste mês fica aqui meu registro e a homenagem aos cientistas e profissionais desta empresa pela inovação trazida. A cadeia da cana precisa cada vez mais de inovações que aumentem a produtividade e reduzam os custos de produção. Parabéns.

Aprendizado de Viagem: este mês compartilho com o leitor da coluna duas alegrias. Primeiro passei uma semana na África do Sul, onde lancei o segundo livro e fiz a abertura da conferência de agronegócios deles. Um país muito interessante e receptivo. Debates com empresários africanos mostraram que para a expansão agrícola, pode ser de maior benefício à África empreendimentos com modelos organizacionais que envolvam empresas agrícolas ou cooperativas brasileiras detentoras de tecnologia e capacidade de gestão, empreendedores africanos, junto com a EMBRAPA e os órgãos públicos e privados de financiamento brasileiros e africanos, em detrimento ao modelo onde terras africanas são compradas ou alugadas por países grandes consumidores como China, Índia, Coréia, entre outros que vêm recebendo sérias críticas da sociedade africana. 
São grandes as oportunidades existentes ao agro brasileiro na África consumidora e produtora. Existe proximidade cultural, de idioma e de interesses e o momento de participar na onda do crescimento africano é agora.
A segunda viagem é esta na China, onde também lancei um livro (em chinês) e vim para palestras. É um mundo a parte, estou assustado com o que ví. Relato na próxima coluna, aliás, precisa de uma revista inteira para contar. Mas a boa notícia eu já adianto: me confirmaram que vão precisar de muito açúcar. Espero que seja nosso.

Mercado de Cana: estamos em 1º de junho com um processamento 30% menor que no mesmo período do ano passado. Estamos perdendo mercado no açúcar e deixando de fazer importantes vendas de etanol, que poderiam inclusive alterar positivamente os preços do açúcar. Convido-os a lerem o outro texto que tenho nesta edição (coluna Ponto de Vista - página 10).

Haja limão: nestas duas viagens pude mais uma vez passar por diversos aeroportos. Sem falar em China, queria destacar dois: o de Johanessburg e o de Bangkok, na Tailândia, onde fiquei por cinco horas. Dois países muito menores e muito mais pobres que o Brasil. São obras maravilhosas, estruturadas pensando no longo prazo e nos usuários. Neste quesito de logística e preparação da infra-estrutura do Brasil, nossos dois últimos presidentes podem dar as mãos, pois se nivelaram no pior nível possível. Uma vergonha.
Até a próxima!