A educação é a esfera mais importante da sociedade. Ela estabelece consciência, caráter e aponta os caminhos, ela quem destrói barreiras, constrói pontes e ela que da a cada um as ferramentas para que entendam o universo ao eu redor e faz as pessoas serem seres capazes de se responsabilizarem pelas próprias escolhas.
Está crescendo o movimento de mães e pais, de diferentes profissões, que querem a verdade nas apostilas e que estão questionando o conteúdo do material didático oferecido aos seus filhos. Só no Instagram, por exemplo, um grupo batizado de “De Olho no Material Escolar” conta atualmente com mais de 3 mil pais e mães apoiadores de todo o país ligados ou não ao agro. O objetivo é que as editoras revisem esse material didático que está carente de dados e fatos científicos, longe da realidade atual do agro e assim enriquecer os livros e auxiliar os professores e alunos com essas informações mais reais sobre o setor.
Para debater a dinâmica de levar informações sobre o agronegócio nas escolas, melhorar a percepção do setor para professores, gestores de escolas, pais e alunos, o 17º Agronegócios Copercana promoveu na quinta-feira, 24 de junho, a Live “Verdades sobre o agro nas escolas”, o evento contou com a mediação da produtora rural e uma das fundadoras do projeto, “De Olho no Material Escolar”, Letícia Zamperlini Jacintho, e teve a participação do engenheiro-agrônomo e professor de MBA da FGV, Xico Graziano e do pesquisador da Embrapa, Décio Luiz Gazzoni, que abordaram os mitos do agro, e fatos baseados em ciência que tornaram o Brasil um dos líderes mundiais do agronegócio.
“Analisamos várias editoras e esses materiais estão desatualizados, fora de contexto, incompletos e principalmente sem embasamento científico, não vemos a Embrapa e os centros de pesquisas brasileiros sendo citados e isso é triste porque retratam o agro como um setor que fomenta a injustiça, a opressão e a destruição. O que pretendemos não é romantizar o agro, acho que contar a historia e o que aconteceu serve até para as crianças criarem a consciência crítica, mas mostrar os bons exemplos que são imensamente maiores no nosso setor e sabemos que isso será a semente que vai trazer essa esperança, essa vontade de trabalhar com isso e também fazer parte da segurança alimentar do mundo que esse setor é o propulsor do nosso futuro”, pontou Letícia.
Xico Graziano na sua explanação contextualizou a questão da segurança alimentar e preservação do meio ambiente que como exemplo citou a cana-de-açúcar no estado de São Paulo, na ocasião lembrou o protocolo Agroambiental lançado em sua gestão como Secretário do Meio Ambiente, que tinha como foco acabar com a queimada num prazo de dez anos e fazer a recuperação da matas ciliares em meio aos canaviais e obteve grande êxodo. “Hoje se pegar as regiões canavieiras do estado de São Paulo, dentro delas estão a maior parcela da recuperação florestal que está acontecendo na mata Atlântica no Brasil e isso precisa ser divulgado”, disse Graziano.
Já Gazzoni chamou a atenção pelo fato da sustentabilidade do agronegócio ser aborda de forma errada ou inadequada nos livros escolares e citou como exemplo a preservação de 25% da área do Brasil em propriedades privadas – à custa dos produtores rurais. “Nenhum outro país do mundo age assim e é fundamental que as futuras gerações não sejam educadas com mitos e sim com fatos”, afirmou Décio Luiz Gazzoni.
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