Associadas da UNICA formam parcerias para desenvolver novos produtos da cana

08/03/2013 Cana-de-Açúcar POR: UNICA
O canavial brasileiro continua despertando o interesse de gigantes do agronegócio mundial, em busca da matéria-prima para ir além do açúcar e do etanol. Um exemplo dessa busca aconteceu em janeiro, quando o primeiro carregamento de farmaceno, um hidrocarboneto produzido a partir do caldo da cana, foi entregue. O projeto é resultado de uma parceria entre a americana Amyris e a Paraiso Bioenergia, associada da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
Usado na fabricação de combustíveis, cosméticos, polímeros e lubrificantes, o farneceno renovável, que também é conhecido como Biofene, é a substância base de quase três mil produtos. A fábrica, localizada na região de Brotas (SP), contou com investimento de quase US$ 60 milhões por parte da Amyris e é a primeira instalação industrial própria da companhia no mundo a usar a cana para a obtenção da substância química.
A carga inicial de biofene atenderá a demanda por diesel de cana nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, abastecidas em parceria com a Petrobras Distribuidora. Nas duas principais metrópoles brasileiras, já existem ônibus urbanos que utilizam o diesel de cana misturado ao diesel convencional, de origem fóssil. No decorrer de 2013, parte da produção atenderá outros mercados, como o de emoliente para a indústria cosmética.
“A cana-de-açúcar é uma ótima escolha devido a seu alto rendimento por área plantada e a excelente contribuição para reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa (GEEs). Demonstra ainda o dinamismo do setor sucroenergético na produção de uma gama maior de produtos sustentáveis,” explica o vice-presidente da Amyris, Joel Velasco.
Já para o diretor presidente da Paraíso Bioenergia, Dario Costa Gaeta, a empresa conseguiu atrair essa sociedade porque mostrou a mentalidade de entender o outro lado. “A fábrica precisa funcionar 12 meses por ano e não apenas oito como uma unidade comum de processamento de cana. Por isso, estamos montando uma estrutura para que qualquer parceria que venha para cá, consiga se adaptar.” disse.
Gaeta acrescenta que apostar em produtos diversificados e com valor agregado é o futuro. “Quem fizer commodities, obrigatoriamente precisa ser grande e, principalmente, investir. Ou você tem produtos de valor agregado ou fará parte de uma gigante,” finaliza.
Tanto Amyris quanto Paraiso prevêem que quando atingir sua capacidade plena, a tecnologia empregada na fábrica, que modifica microrganismos (leveduras) e dá a eles a propriedade de transformar açúcares em produtos químicos e combustíveis renováveis alternativos, permitirá alcançar uma produção de cerca de 1 milhão de toneladas de farneceno de cana-de-açúcar por ano.
Além da relação comercial com a Paraíso, a Amyris estuda sociedades com outras empresas do setor sucroenergético. Segundo Velasco, um dos próximos projetos a entrar em funcionamento é a fábrica de Pradópolis (SP), desenvolvida em parceria com a São Martinho, também associada da UNICA.
“40% da construção deste complexo industrial já foi concluída, porém decidimos focar nossos esforços na unidade de Brotas por ser em menor escala, o que nos permitirá aperfeiçoar alguns processos,” destaca.
Óleo de cana
Em abril de 2012, a americana Solazyme e o Grupo Bunge anunciaram um investimento de US$ 100 milhões na formação de joint-venture para a construção e operação de uma fábrica de óleos renováveis, em área adjacente à usina Moema, em Orindiuva (SP), também associada à UNICA. O início das atividades está previsto para o segundo semestre de 2013.
A parceria vai operar com o nome Solazyme Bunge Produtos Renováveis Ltda. e utilizará a tecnologia de produção de óleos customizados da Solazyme aliada à capacidade de produção e processamento de cana da Bunge. O objetivo é a produção de óleos triglicérides customizados, usados em aplicações industriais não alimentícias no mercado doméstico brasileiro.
“Com o anúncio deste investimento, a Bunge, presente no Brasil há 107 anos, reforça seu compromisso com o desenvolvimento do País, participando não só do crescimento sustentável do agronegócio brasileiro, como também do desenvolvimento de novas tecnologias que alavanquem a produtividade e a excelência industrial, gerando empregos e riqueza,” afirma o presidente e CEO da Bunge Brasil e presidente do Conselho Deliberativo da UNICA, Pedro Parente.
Para o consultor de Emissões e Tecnologia da UNICA, Alfred Szwarc, essas parcerias, além de comprovar a versatilidade da cana-de-açúcar, demonstram que o mercado de novos produtos segue em plena expansão. “A cana tem um potencial enorme para a economia do País. Não bastasse a fabricação do açúcar e do etanol, ela pode, através de novas tecnologias, servir de matéria-prima para inúmeros produtos, ampliando oportunidades e contribuindo cada vez mais para o crescimento do mercado de produtos derivados da quimica verde,” destaca.
O canavial brasileiro continua despertando o interesse de gigantes do agronegócio mundial, em busca da matéria-prima para ir além do açúcar e do etanol. Um exemplo dessa busca aconteceu em janeiro, quando o primeiro carregamento de farmaceno, um hidrocarboneto produzido a partir do caldo da cana, foi entregue. O projeto é resultado de uma parceria entre a americana Amyris e a Paraiso Bioenergia, associada da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
Usado na fabricação de combustíveis, cosméticos, polímeros e lubrificantes, o farneceno renovável, que também é conhecido como Biofene, é a substância base de quase três mil produtos. A fábrica, localizada na região de Brotas (SP), contou com investimento de quase US$ 60 milhões por parte da Amyris e é a primeira instalação industrial própria da companhia no mundo a usar a cana para a obtenção da substância química.
A carga inicial de biofene atenderá a demanda por diesel de cana nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, abastecidas em parceria com a Petrobras Distribuidora. Nas duas principais metrópoles brasileiras, já existem ônibus urbanos que utilizam o diesel de cana misturado ao diesel convencional, de origem fóssil. No decorrer de 2013, parte da produção atenderá outros mercados, como o de emoliente para a indústria cosmética.
“A cana-de-açúcar é uma ótima escolha devido a seu alto rendimento por área plantada e a excelente contribuição para reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa (GEEs). Demonstra ainda o dinamismo do setor sucroenergético na produção de uma gama maior de produtos sustentáveis,” explica o vice-presidente da Amyris, Joel Velasco.
Já para o diretor presidente da Paraíso Bioenergia, Dario Costa Gaeta, a empresa conseguiu atrair essa sociedade porque mostrou a mentalidade de entender o outro lado. “A fábrica precisa funcionar 12 meses por ano e não apenas oito como uma unidade comum de processamento de cana. Por isso, estamos montando uma estrutura para que qualquer parceria que venha para cá, consiga se adaptar.” disse.
Gaeta acrescenta que apostar em produtos diversificados e com valor agregado é o futuro. “Quem fizer commodities, obrigatoriamente precisa ser grande e, principalmente, investir. Ou você tem produtos de valor agregado ou fará parte de uma gigante,” finaliza.
Tanto Amyris quanto Paraiso prevêem que quando atingir sua capacidade plena, a tecnologia empregada na fábrica, que modifica microrganismos (leveduras) e dá a eles a propriedade de transformar açúcares em produtos químicos e combustíveis renováveis alternativos, permitirá alcançar uma produção de cerca de 1 milhão de toneladas de farneceno de cana-de-açúcar por ano.
Além da relação comercial com a Paraíso, a Amyris estuda sociedades com outras empresas do setor sucroenergético. Segundo Velasco, um dos próximos projetos a entrar em funcionamento é a fábrica de Pradópolis (SP), desenvolvida em parceria com a São Martinho, também associada da UNICA.
“40% da construção deste complexo industrial já foi concluída, porém decidimos focar nossos esforços na unidade de Brotas por ser em menor escala, o que nos permitirá aperfeiçoar alguns processos,” destaca.
Óleo de cana
Em abril de 2012, a americana Solazyme e o Grupo Bunge anunciaram um investimento de US$ 100 milhões na formação de joint-venture para a construção e operação de uma fábrica de óleos renováveis, em área adjacente à usina Moema, em Orindiuva (SP), também associada à UNICA. O início das atividades está previsto para o segundo semestre de 2013.
A parceria vai operar com o nome Solazyme Bunge Produtos Renováveis Ltda. e utilizará a tecnologia de produção de óleos customizados da Solazyme aliada à capacidade de produção e processamento de cana da Bunge. O objetivo é a produção de óleos triglicérides customizados, usados em aplicações industriais não alimentícias no mercado doméstico brasileiro.
“Com o anúncio deste investimento, a Bunge, presente no Brasil há 107 anos, reforça seu compromisso com o desenvolvimento do País, participando não só do crescimento sustentável do agronegócio brasileiro, como também do desenvolvimento de novas tecnologias que alavanquem a produtividade e a excelência industrial, gerando empregos e riqueza,” afirma o presidente e CEO da Bunge Brasil e presidente do Conselho Deliberativo da UNICA, Pedro Parente.
Para o consultor de Emissões e Tecnologia da UNICA, Alfred Szwarc, essas parcerias, além de comprovar a versatilidade da cana-de-açúcar, demonstram que o mercado de novos produtos segue em plena expansão. “A cana tem um potencial enorme para a economia do País. Não bastasse a fabricação do açúcar e do etanol, ela pode, através de novas tecnologias, servir de matéria-prima para inúmeros produtos, ampliando oportunidades e contribuindo cada vez mais para o crescimento do mercado de produtos derivados da quimica verde,” destaca.