Produtor deverá se manter atento quanto as regras dos principais mercados
No final de agosto os exportadores de amendoim para a Europa receberam um comunicado do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), informando a inclusão do produto num sistema de monitoramento reforçado, o qual 20% dos carregamentos passarão a ser testados para verificação de possível contaminação por defensivos. Para se ter ideia da magnitude, é o dobro do que é analisado no teste de aflatoxina.
Segundo o documento, a razão do aumento da fiscalização se deu devido ao número progressivo de lotes contendo moléculas proibidas a partir do semestre corrente, com cerca de 10 contêineres identificados.
Como o continente corresponde por mais da metade das exportações do Projeto Amendoim da Copercana, em setembro, o diretor comercial agrícola, Augusto César Strini Paixão, organizou uma reunião com os participantes do projeto para informar que a cooperativa passará a analisar a produção adotando uma tecnologia que possibilita a identificação de resíduos de até 750 tipos de princípios ativos diferentes.
Medida que visa evitar que a Copercana tenha contêineres barrados, o que causa diversos prejuízos, inclusive a suspensão do registro de exportação para o continente se acumular cinco ocorrências (que se acumulam tanto no caso dos agroquímicos, como de aflatoxina).
Quem for pego com o uso de produtos fora da recomendação poderá ter o montante a ser recebido descontado em decorrência da inviabilização comercial, mas também de problemas de estocagem e logística.
“Alertamos aos produtores do projeto que sigam somente a recomendação de produtos do departamento técnico da Copercana, pedimos para quem quiser utilizar um defensivo fora desse escopo que não entregue o amendoim para nós”, disse Paixão.
“Nossa preocupação é que esse não é um problema da Copercana, que ainda por se tratar de um projeto fechado tem maior controle sobre a produção. A questão é nacional, pois se começarem a pipocar muitos casos, podemos sofrer um bloqueio e todos perderem o principal mercado da cultura, que paga uma média de US$ 200,00 dólares a mais por tonelada”, alertou Paixão.
Com a agrícola fazendo a parte dela, todos os procedimentos industriais continuam em constante evolução tecnológica e de processos em busca de ganho de eficiência e o maior retorno possível na comercialização dos produtos.
Confira mais na reportagem completa clicando aqui.