Atividade econômica fraca faz consumo de energia elétrica desacelerar em 2015

02/03/2015 Energia POR: Valor Econômico
A desaceleração da atividade econômica, aliada ao impacto do aumento das tarifas e ao ajuste macroeconômico este ano, deverá provocar um crescimento menor do consumo de energia em 2015, na comparação com o observado no ano passado, preveem especialistas e investidores do setor elétrico. Se,
por um lado, esse fator pode reduzir o faturamento de empresas do mercado, por outro, ele alivia em parte a pressão sobre a garantia de oferta para atender o sistema.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo de energia no país em janeiro totalizou 40.660 gigawatts-hora (GWh), com alta de apenas 1,1% em relação a igual período do ano passado, influenciado negativamente pela redução de 4,7 % do consumo do setor industrial. Em janeiro de 2014, o consumo de energia havia crescido 4,9%, na comparação anual.
"O panorama de janeiro é o mesmo dos últimos meses, com performance negativa do consumo industrial e alta do consumo na baixa tensão, notadamente residência e serviços. Contudo a variação do consumo
residencial acumulada em 12 meses [5,6%] vem caindo progressivamente desde março do ano passado, sugerindo uma tendência de ajuste desse consumo. No consumo comercial, não é tão clara essa tendência,
embora a dinâmica observada nos dois últimos meses (dezembro e janeiro) tenha sido menor: crescimento de 3,8% e 4,1%, respectivamente, ante uma média superior a 7 % nos últimos 12 meses", informou a EPE, em
resenha mensal sobre o consumo de janeiro.
A consultoria Thymos Energia prevê que o consumo de energia em 2015 cresça entre 1,5% e 2%, em relação ao ano passado. Segundo a empresa, porém, essa projeção pode ser revista para baixo, caso o declínio da
atividade econômica se acentue ao longo do ano. "A tendência é que se agrave os efeitos da crise econômica", disse Ricardo Savoia, diretor de regulação e gestão de energia elétrica da Thymos. 
No ano passado, o consumo de energia no país alcançou 47 3,4 mil gigawatts-hora (GWh), com crescimento de 2,2% em relação a 2013. Esse valor, no entanto, foi menor do que o previsto pelo governo no ano passado, de 3,2% A AES Brasil, holding controladora da AES Eletropaulo, distribuidora que atende a região metropolitana de São Paulo, e da AES Tietê, geradora com cerca de 2,7 GWde capacidade instalada, prevê um crescimento de apenas 0,7 % da carga de energia no país este ano, em relação a 2014. Apenas na região de São Paulo, a companhia prevê crescimento zero este ano. 
"Nossa expectativa atual é que não haja crescimento do mercado [em São Paulo]. Obviamente vamos ter que observar um pouco mais a evolução desses aumentos [tarifários] no consumo", afirmou o diretor-presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, em teleconferência com analistas e investidores, na última semana. 
A previsão oficial do governo é de um aumento do consumo de energia de 3,2% em 2015, igual a estimativa para o ano passado. Mas o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, admite que essa projeção pode ser revista. 
"Para o ano, é possível que o crescimento do consumo seja menor do que o verificado no ano passado, como efeito das campanhas de combate ao desperdício, que se intensificarão a partir de março, do sinal de preço
dado pelas bandeiras tarifárias e, claro, do cenário de ajuste macroeconômico", disse ele. "Neste momento, é pouco provável um problema de abastecimento em 2015, contudo, maior certeza teremos apenas ao final do período úmido", completou o presidente da estatal energética.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um regime de chuvas aparentemente normal em março, com volume de chuvas mais baixos em relação ao visto em janeiro e fevereiro, meses mais chuvosos. 
O órgão prevê um valor de energia natural afluente (ENA) - que pode ser produzido a partir das chuvas - de 69% do histórico para março no Sudeste e Centro-Oeste. 
Com isso, os reservatórios hidrelétricos das duas regiões, que concentram 7 0% da capacidade de armazenamento de água para geração de energia do país, devem chegar ao fim do mês com nível de acumulação de 26,5% da capacidade. A estimativa mínima do operador é de 22,5%. Já o teto da previsão é de 29,9%.
Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), rofessor Nivalde de Castro, a política de "realismo tarifário"do governo terá um efeito expressivo no consumo de energia. Segundo ele, esse impacto ocorrerá ao longo do ano e não durante os próximos dois meses, que serão determinantes para que o governo decida, ou não, por um racionamento ou um programa de racionalização do uso de energia. 
O especialista explicou, porém, que qualquer redução no consumo agora contribuirá para a preservação do estoque dos reservatórios. Ele defendeu a realização de campanhas para estimular a diminuição do consumo de energia.
A desaceleração da atividade econômica, aliada ao impacto do aumento das tarifas e ao ajuste macroeconômico este ano, deverá provocar um crescimento menor do consumo de energia em 2015, na comparação com o observado no ano passado, preveem especialistas e investidores do setor elétrico. Se,
por um lado, esse fator pode reduzir o faturamento de empresas do mercado, por outro, ele alivia em parte a pressão sobre a garantia de oferta para atender o sistema.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo de energia no país em janeiro totalizou 40.660 gigawatts-hora (GWh), com alta de apenas 1,1% em relação a igual período do ano passado, influenciado negativamente pela redução de 4,7 % do consumo do setor industrial. Em janeiro de 2014, o consumo de energia havia crescido 4,9%, na comparação anual.
"O panorama de janeiro é o mesmo dos últimos meses, com performance negativa do consumo industrial e alta do consumo na baixa tensão, notadamente residência e serviços. Contudo a variação do consumo
residencial acumulada em 12 meses [5,6%] vem caindo progressivamente desde março do ano passado, sugerindo uma tendência de ajuste desse consumo. No consumo comercial, não é tão clara essa tendência,
embora a dinâmica observada nos dois últimos meses (dezembro e janeiro) tenha sido menor: crescimento de 3,8% e 4,1%, respectivamente, ante uma média superior a 7 % nos últimos 12 meses", informou a EPE, em
resenha mensal sobre o consumo de janeiro.
A consultoria Thymos Energia prevê que o consumo de energia em 2015 cresça entre 1,5% e 2%, em relação ao ano passado. Segundo a empresa, porém, essa projeção pode ser revista para baixo, caso o declínio da
atividade econômica se acentue ao longo do ano. "A tendência é que se agrave os efeitos da crise econômica", disse Ricardo Savoia, diretor de regulação e gestão de energia elétrica da Thymos. 
No ano passado, o consumo de energia no país alcançou 47 3,4 mil gigawatts-hora (GWh), com crescimento de 2,2% em relação a 2013. Esse valor, no entanto, foi menor do que o previsto pelo governo no ano passado, de 3,2% A AES Brasil, holding controladora da AES Eletropaulo, distribuidora que atende a região metropolitana de São Paulo, e da AES Tietê, geradora com cerca de 2,7 GWde capacidade instalada, prevê um crescimento de apenas 0,7 % da carga de energia no país este ano, em relação a 2014. Apenas na região de São Paulo, a companhia prevê crescimento zero este ano. 
"Nossa expectativa atual é que não haja crescimento do mercado [em São Paulo]. Obviamente vamos ter que observar um pouco mais a evolução desses aumentos [tarifários] no consumo", afirmou o diretor-presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, em teleconferência com analistas e investidores, na última semana. 
A previsão oficial do governo é de um aumento do consumo de energia de 3,2% em 2015, igual a estimativa para o ano passado. Mas o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, admite que essa projeção pode ser revista. 
"Para o ano, é possível que o crescimento do consumo seja menor do que o verificado no ano passado, como efeito das campanhas de combate ao desperdício, que se intensificarão a partir de março, do sinal de preço
dado pelas bandeiras tarifárias e, claro, do cenário de ajuste macroeconômico", disse ele. "Neste momento, é pouco provável um problema de abastecimento em 2015, contudo, maior certeza teremos apenas ao final do período úmido", completou o presidente da estatal energética.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um regime de chuvas aparentemente normal em março, com volume de chuvas mais baixos em relação ao visto em janeiro e fevereiro, meses mais chuvosos. 
O órgão prevê um valor de energia natural afluente (ENA) - que pode ser produzido a partir das chuvas - de 69% do histórico para março no Sudeste e Centro-Oeste. 
Com isso, os reservatórios hidrelétricos das duas regiões, que concentram 7 0% da capacidade de armazenamento de água para geração de energia do país, devem chegar ao fim do mês com nível de acumulação de 26,5% da capacidade. A estimativa mínima do operador é de 22,5%. Já o teto da previsão é de 29,9%.
Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), rofessor Nivalde de Castro, a política de "realismo tarifário"do governo terá um efeito expressivo no consumo de energia. Segundo ele, esse impacto ocorrerá ao longo do ano e não durante os próximos dois meses, que serão determinantes para que o governo decida, ou não, por um racionamento ou um programa de racionalização do uso de energia. 
O especialista explicou, porém, que qualquer redução no consumo agora contribuirá para a preservação do estoque dos reservatórios. Ele defendeu a realização de campanhas para estimular a diminuição do consumo de energia.