Há dois anos, uma “menina da cidade” criou um produto inovador para o agronegócio: uma bandeja biodegradável, criado a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O que ela não esperava é que a invenção valeria tanto reconhecimento Brasil afora.
“A quantidade de bandejas de isopor sempre me incomodou. Pesquisando os impactos ambientais, vi que demorava 150 anos para decompor e que impedia a ação de decomposição de outros resíduos orgânicos, sendo muito difícil também de ser reciclado, já que as indústrias não tem interesse”, resume a inventora de Curitiba, Sayuri Miyamoto Magnabosco.
Um dia veio a “luz”. Em uma aula de Geografia, no 2º ano do ensino médio, ela teve que estudar as plantações de cana e a quantidade de resíduos gerados. Ela teve a ideia, então, de ir além da produção do combustível etanol, tradicional uso do bagaço. “Como esse material é natural e 100% biodegradável, pensei que seria uma solução para embalagens”, comenta.
Bandeja de bagaço de cana premiada
Com bagaços coletados com vendedores de caldo de cana em Curitiba, ela começou os testes. Deu certo. “Participei de feiras de ciências internacionais, uma em Nova York e outra em Foz do Iguaçu. Também ganhei mais de 15 prêmios, e representei o Brasil no Youth Science Meeting, uma conferência científica em Portugal”, conta.
Ela também já foi destaque na Gazeta do Povo, venceu o prêmio “Jovens Inventores” do Caldeirão do Huck e foi uma das cinco selecionadas de um projeto internacional para passar uma semana na Universidade de Harvard (EUA), onde apresentou seu trabalho para mais de 600 pessoas. “Foi quando tive a certeza que queria estudar fora e trazer a tecnologia de lá para o Brasil”, diz.
Ao final do ensino médio, Sayuri buscou o apoio da Fundação Estudar para se candidatar a universidades norte-americanas. Da primeira vez, não deu certo. Agora em 2017, com notas melhores nos testes de inglês e o processo de mentoria com a fundação, ela chegou ao objetivo e foi selecionada em 12 cursos.
“As notas e currículo contam bastante, mas assim como eu era primeiro lugar da sala, outros candidatos de todo o mundo também eram. Então tive que correr atrás, e tenho a certeza que foi a apresentação do meu projeto de bandeja a partir do bagaço de cana que fez a diferença”, certifica-se.
Resultado: além de estar na lista de espera das gigantes Stanford, Duke e Columbia e na Amherst College, ela foi aprovada com 100% de bolsa na Darmouth College, onde irá estudar Engenharia Biomédica. “Se possível vou encaixar no currículo Economia para entender a dinâmica do mercado e colocar a invenção em escala industrial”, complementa. A garota também foi aprovada nas universidades: Pensilvania, Barnard College, Notre Dame, Carleton College, Washington and Lee University, Connecticut College e Haverford College.
Quando terminar, a faculdade, ela garante: “Pretendo retornar ao Brasil para aplicar meu conhecimento no Ministério da Ciência e Tecnologia e lutar para tornar nosso país uma referência mundial em desenvolvimento científico”. Um sonho perfeitamente factível.
Por: Giorgio Dal Molin
Há dois anos, uma “menina da cidade” criou um produto inovador para o agronegócio: uma bandeja biodegradável, criado a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O que ela não esperava é que a invenção valeria tanto reconhecimento Brasil afora.
“A quantidade de bandejas de isopor sempre me incomodou. Pesquisando os impactos ambientais, vi que demorava 150 anos para decompor e que impedia a ação de decomposição de outros resíduos orgânicos, sendo muito difícil também de ser reciclado, já que as indústrias não tem interesse”, resume a inventora de Curitiba, Sayuri Miyamoto Magnabosco.
Um dia veio a “luz”. Em uma aula de Geografia, no 2º ano do ensino médio, ela teve que estudar as plantações de cana e a quantidade de resíduos gerados. Ela teve a ideia, então, de ir além da produção do combustível etanol, tradicional uso do bagaço. “Como esse material é natural e 100% biodegradável, pensei que seria uma solução para embalagens”, comenta.
Bandeja de bagaço de cana premiada
Com bagaços coletados com vendedores de caldo de cana em Curitiba, ela começou os testes. Deu certo. “Participei de feiras de ciências internacionais, uma em Nova York e outra em Foz do Iguaçu. Também ganhei mais de 15 prêmios, e representei o Brasil no Youth Science Meeting, uma conferência científica em Portugal”, conta.
Ela também já foi destaque na Gazeta do Povo, venceu o prêmio “Jovens Inventores” do Caldeirão do Huck e foi uma das cinco selecionadas de um projeto internacional para passar uma semana na Universidade de Harvard (EUA), onde apresentou seu trabalho para mais de 600 pessoas. “Foi quando tive a certeza que queria estudar fora e trazer a tecnologia de lá para o Brasil”, diz.
Ao final do ensino médio, Sayuri buscou o apoio da Fundação Estudar para se candidatar a universidades norte-americanas. Da primeira vez, não deu certo. Agora em 2017, com notas melhores nos testes de inglês e o processo de mentoria com a fundação, ela chegou ao objetivo e foi selecionada em 12 cursos.
“As notas e currículo contam bastante, mas assim como eu era primeiro lugar da sala, outros candidatos de todo o mundo também eram. Então tive que correr atrás, e tenho a certeza que foi a apresentação do meu projeto de bandeja a partir do bagaço de cana que fez a diferença”, certifica-se.
Resultado: além de estar na lista de espera das gigantes Stanford, Duke e Columbia e na Amherst College, ela foi aprovada com 100% de bolsa na Darmouth College, onde irá estudar Engenharia Biomédica. “Se possível vou encaixar no currículo Economia para entender a dinâmica do mercado e colocar a invenção em escala industrial”, complementa. A garota também foi aprovada nas universidades: Pensilvania, Barnard College, Notre Dame, Carleton College, Washington and Lee University, Connecticut College e Haverford College.
Quando terminar, a faculdade, ela garante: “Pretendo retornar ao Brasil para aplicar meu conhecimento no Ministério da Ciência e Tecnologia e lutar para tornar nosso país uma referência mundial em desenvolvimento científico”. Um sonho perfeitamente factível.
Por: Giorgio Dal Molin