Bancos privados avançam no financiamento ao agronegócio

28/01/2016 Agronegócio POR: Folha de São Paulo
Um dos poucos setores em crescimento, o agronegócio tem despertado o interesse de bancos privados, advogados, securitizadoras (empresas que emitem títulos) e de investidores do mercado de capitais antes avessos a trabalhar com o risco do campo, como seca ou pragas.
O crédito na cadeia agropecuária, que estava nas mãos do BB e dependia quase que exclusivamente de crédito subsidiado, agora cresce nas linhas comerciais com juros de mercado crédito subsidiado, agora cresce nas linhas comerciais com juros de mercado, busca recursos no exterior e capta dinheiro com a emissão de dívida no mercado local. 
A aposta é reflexo do desempenho do setor, que cresceu 2,1% de janeiro a setembro de 2015, ante queda de 3,2% do PIB brasileiro no mesmo período. A agricultura foi o único segmento que apresentou saldo positivo de vagas no ano passado, com 9.821 postos criados.
A agropecuária, que já teve fama de caloteira, hoje tem um índice de inadimplência menor do que a média. O objetivo é buscar parte do financiamento que hoje está nas mãos das tradings (grandes compradoras de commodities, como Bunge e Cargill) e também dos fornecedores de insumos, como fertilizantes, agroquímicos e sementes.
Eles bancaram, por exemplo, 34% do custeio da última safra de soja em Mato Grosso, maior produtor do país, segundo o Imea (Instituto Matogrossense de Economia Aplicada).
A trading financia o produtor ao antecipar o pagamento pela compra do produto que será entregue meses depois, no final da safra. Já o vendedor de insumos faz o caminho inverso: vende "fiado" o insumo para receber só após a colheita.
Em ambos os casos, os juros da operação estão embutidos nos preços negociados. 
Tomar o mercado das tradings, que captam em dólares com juros baixos no exterior, é desafio ainda distante. Já as revendas de insumos, a maioria empresas regionais também com dificuldade de financiamento, vêm reduzindo sua contribuição. Na última safra, responderam por 17% do custeio da safra em Mato Grosso, ante 31% na temporada anterior –a fatia do juro subsidiado também caiu (ver quadro acima)."Os bancos têm a oportunidade de competir com as tradings por um espaço maior no financiamento do setor", disse Frederico Azevedo, gerente da Aprosoja­MT (que reúne produtores do Estado). 
Segundo Azevedo, Bradesco, Itaú e Santander têm procurado estreitar o relacionamento com os produtores. 
O Santander elegeu o campo como uma das prioridades no crédito. O banco está contratando agrônomos para ir até a fazenda entender as necessidades do produtor.
Eles querem bancar o capital de giro, cuidar da folha de pagamento, emitir cartões para os trabalhadores rurais e financiar a exportação.
As instituições visam também outros elos da cadeia do agronegócio, como indústria, comércio, transporte e distribuição. 
Um dos poucos setores em crescimento, o agronegócio tem despertado o interesse de bancos privados, advogados, securitizadoras (empresas que emitem títulos) e de investidores do mercado de capitais antes avessos a trabalhar com o risco do campo, como seca ou pragas.
O crédito na cadeia agropecuária, que estava nas mãos do BB e dependia quase que exclusivamente de crédito subsidiado, agora cresce nas linhas comerciais com juros de mercado crédito subsidiado, agora cresce nas linhas comerciais com juros de mercado, busca recursos no exterior e capta dinheiro com a emissão de dívida no mercado local. 

 
A aposta é reflexo do desempenho do setor, que cresceu 2,1% de janeiro a setembro de 2015, ante queda de 3,2% do PIB brasileiro no mesmo período. A agricultura foi o único segmento que apresentou saldo positivo de vagas no ano passado, com 9.821 postos criados.
A agropecuária, que já teve fama de caloteira, hoje tem um índice de inadimplência menor do que a média. O objetivo é buscar parte do financiamento que hoje está nas mãos das tradings (grandes compradoras de commodities, como Bunge e Cargill) e também dos fornecedores de insumos, como fertilizantes, agroquímicos e sementes.
Eles bancaram, por exemplo, 34% do custeio da última safra de soja em Mato Grosso, maior produtor do país, segundo o Imea (Instituto Matogrossense de Economia Aplicada).
A trading financia o produtor ao antecipar o pagamento pela compra do produto que será entregue meses depois, no final da safra. Já o vendedor de insumos faz o caminho inverso: vende "fiado" o insumo para receber só após a colheita.

 
Em ambos os casos, os juros da operação estão embutidos nos preços negociados. 

 
Tomar o mercado das tradings, que captam em dólares com juros baixos no exterior, é desafio ainda distante. Já as revendas de insumos, a maioria empresas regionais também com dificuldade de financiamento, vêm reduzindo sua contribuição. Na última safra, responderam por 17% do custeio da safra em Mato Grosso, ante 31% na temporada anterior –a fatia do juro subsidiado também caiu (ver quadro acima)."Os bancos têm a oportunidade de competir com as tradings por um espaço maior no financiamento do setor", disse Frederico Azevedo, gerente da Aprosoja­MT (que reúne produtores do Estado). 

 
Segundo Azevedo, Bradesco, Itaú e Santander têm procurado estreitar o relacionamento com os produtores. 

O Santander elegeu o campo como uma das prioridades no crédito. O banco está contratando agrônomos para ir até a fazenda entender as necessidades do produtor.

Eles querem bancar o capital de giro, cuidar da folha de pagamento, emitir cartões para os trabalhadores rurais e financiar a exportação.
As instituições visam também outros elos da cadeia do agronegócio, como indústria, comércio, transporte e distribuição.