O resultado positivo do período úmido, a redução do consumo e a entrada em operação de novos empreendimentos de geração determinaram a manutenção da bandeira tarifária verde em julho, pelo quarto mês consecutivo. A sinalização para o mês foi publicada nesta sexta-feira, 24 de junho, pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
A bandeira verde significa que as condições de geração de energia estão favoráveis e não haverá custo extra para o consumidor no mês. O mecanismo que avisa com antecedência ao consumidor residencial qual será o custo mensal de produção de energia começou a ser aplicado em janeiro de 2015.
Em razão das condições hidrológicas e da situação dos reservatórios, somente em março deste ano a sinalização mudou de vermelha (custo extra de R$3,00 e de R$ 5,00 para os patamares 1 e 2, a cada 100 kWh consumidos) para amarela (custo adicional de R$ 1,50 pelo mesmo critério). Naquele mês, foi autorizado o desligamento de um conjunto significativo de usinas termelétricas. Em abril, entrou finalmente a bandeira verde, que se mantém até agora.
A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de energia elétrica em julho será a verde, ou seja, não haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o quarto mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde.
Segundo a Aneel, entre os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde estão o resultado positivo do período úmido, que fez com que os reservatórios das hidrelétricas voltasse a encher, além do aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.
O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo daenergia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.
Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016 a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril, maio e junho, a bandeira foi verde.
Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras. A agência considera que a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.
Sabrina Craide com edição de Fernando Fraga