Basf aposta em startups agrícolas na América Latina

30/08/2016 Geral POR: Fonte: Valor
Por Bettina Barros
A onda de investimentos em startups do agronegócio por parte de grandes indústrias do setor começa a tomar forma no Brasil. A alemã Basf é a mais recente a anunciar um programa de aceleração de inovação para o campo, focado em empreendedores, menos de dois meses depois de a Monsanto lançar programa similar por aqui. Ambas já investem em startups no exterior, sobretudo nos EUA e na Europa. 
Com o AgroStart, a Basf pretende aprofundar no Brasil uma das tendências mais apostadas nos últimos anos pela indústria agroquímica, na tentativa de ganhar agilidade na descoberta de soluções e diminuir custos através da co¬criação de ferramentas digitais voltadas ao produtor. O país é um dos seus mais importantes mercados de venda. 
De acordo com a companhia, o apoio a startups contemplará todo o processo necessário para que a empresa possa validar e escalar o seu negócio no mercado agrícola em um prazo de até seis meses. 
Nesta primeira rodada, três empresas serão escolhidas, levando¬s e em consideração o potencial da solução apresentada para uma das cinco grandes áreas em que a Basf pretende intensificar esforços — agricultura de precisão, automação, gestão de estoques, gestão de lavoura e rastreabilidade. 
A chamada de mercado a interessados foi aberta hoje e se estende até 18 de setembro. 
“Enxergamos na inovação aberta a solução para encontrarmos respostas aos desafios presentes no campo e entendemos que o processo de co¬criação é uma das mais ricas fontes de diferenciação para as empresas”, disse ao Valor Fábio Del Cistia, vice¬presidente de Marketing da Basf para Proteção de Cultivos na América Latina. 
Conforme o executivo, os selecionados serão acelerados — ou seja, receberão suporte metodológico, treinamento de gestão, expertise e relacionamento com stakeholders — pela ACE, que já trabalhou com mais de 70 startups desde 2012. Apesar de o treinamento ocorrer em São Paulo, a oportunidade contemplará empreendedores de toda a América Latina. 
As empresas escolhidas receberão aporte mínimo de R$ 150 mil, não havendo um teto declarado — cada solução demandará um investimento próprio, segundo a Basf.
Ao final do programa AgroStart, a Basf avaliará oportunidades de investimento nos projetos mais bem¬sucedidos, por meio de seu fundo próprio, Basf Venture Capital. O empreendedor também terá a possibilidade de estabelecer parcerias com a múlti em busca de funding, compra ou distribuição de seus produtos ou serviços, além de poder expandir seu negócio para até 20 países. 
No mesmo caminho, a Monsanto anunciou no início de julho que passará a integrar um fundo especializado em startups brasileiras com o intuito de acelerar a inovação na agricultura brasileira e dentro da própria empresa. 
Segundo Mateus Barros, líder comercial da Climate Corp. para a América do Sul, a companhia atuará como um quotista¬ âncora para soluções em agricultura em um fundo criado pela Microsoft Participações em conjunto com outras empresas e instituições públicas. “Estamos olhando para soluções digitais em agricultura para complementar a nossa estratégia na Climate”, disse ele ao Valor. “Essa é uma tendência que acreditamos. Apenas no Vale do Silício há mais de 500 startups focadas apenas em agricultura”. 
Serão investidos de R$ 250 mil a R$ 1,5 milhão por startup selecionada. O recrutamento foi encerrado na quinta¬feira passada, com 25 empreendedores inscritos. As startups escolhidas pela Monsanto também serão aceleradas pela ACE. 
A Monsanto já investiu em 13 startups globalmente através da Monsanto Growth Venture.
Por Bettina Barros
A onda de investimentos em startups do agronegócio por parte de grandes indústrias do setor começa a tomar forma no Brasil. A alemã Basf é a mais recente a anunciar um programa de aceleração de inovação para o campo, focado em empreendedores, menos de dois meses depois de a Monsanto lançar programa similar por aqui. Ambas já investem em startups no exterior, sobretudo nos EUA e na Europa. 
Com o AgroStart, a Basf pretende aprofundar no Brasil uma das tendências mais apostadas nos últimos anos pela indústria agroquímica, na tentativa de ganhar agilidade na descoberta de soluções e diminuir custos através da co¬criação de ferramentas digitais voltadas ao produtor. O país é um dos seus mais importantes mercados de venda. 
De acordo com a companhia, o apoio a startups contemplará todo o processo necessário para que a empresa possa validar e escalar o seu negócio no mercado agrícola em um prazo de até seis meses. 
Nesta primeira rodada, três empresas serão escolhidas, levando¬s e em consideração o potencial da solução apresentada para uma das cinco grandes áreas em que a Basf pretende intensificar esforços — agricultura de precisão, automação, gestão de estoques, gestão de lavoura e rastreabilidade. 
A chamada de mercado a interessados foi aberta hoje e se estende até 18 de setembro. 
“Enxergamos na inovação aberta a solução para encontrarmos respostas aos desafios presentes no campo e entendemos que o processo de co¬criação é uma das mais ricas fontes de diferenciação para as empresas”, disse ao Valor Fábio Del Cistia, vice¬presidente de Marketing da Basf para Proteção de Cultivos na América Latina. 
Conforme o executivo, os selecionados serão acelerados — ou seja, receberão suporte metodológico, treinamento de gestão, expertise e relacionamento com stakeholders — pela ACE, que já trabalhou com mais de 70 startups desde 2012. Apesar de o treinamento ocorrer em São Paulo, a oportunidade contemplará empreendedores de toda a América Latina. 
As empresas escolhidas receberão aporte mínimo de R$ 150 mil, não havendo um teto declarado — cada solução demandará um investimento próprio, segundo a Basf.
Ao final do programa AgroStart, a Basf avaliará oportunidades de investimento nos projetos mais bem¬sucedidos, por meio de seu fundo próprio, Basf Venture Capital. O empreendedor também terá a possibilidade de estabelecer parcerias com a múlti em busca de funding, compra ou distribuição de seus produtos ou serviços, além de poder expandir seu negócio para até 20 países. 
No mesmo caminho, a Monsanto anunciou no início de julho que passará a integrar um fundo especializado em startups brasileiras com o intuito de acelerar a inovação na agricultura brasileira e dentro da própria empresa. 
Segundo Mateus Barros, líder comercial da Climate Corp. para a América do Sul, a companhia atuará como um quotista¬ âncora para soluções em agricultura em um fundo criado pela Microsoft Participações em conjunto com outras empresas e instituições públicas. “Estamos olhando para soluções digitais em agricultura para complementar a nossa estratégia na Climate”, disse ele ao Valor. “Essa é uma tendência que acreditamos. Apenas no Vale do Silício há mais de 500 startups focadas apenas em agricultura”. 
Serão investidos de R$ 250 mil a R$ 1,5 milhão por startup selecionada. O recrutamento foi encerrado na quinta¬feira passada, com 25 empreendedores inscritos. As startups escolhidas pela Monsanto serão aceleradas pela Acelera Partners.
A Monsanto já investiu em 13 startups globalmente através da Monsanto Growth Venture.