Biblioteca de Sertãozinho restaura HQs raros da década de 1940

24/08/2016 Geral POR: A Cidade ON
USP de Ribeirão Preto cedeu duas alunas de Biblioteconomia para o trabalho
Se até hoje a palavra “gibi” é sinônimo de revistas de histórias em quadrinhos no Brasil, isso foi graças a uma publicação que chegou às bancas em 1939 no País. Lançada pelo Globo Juvenil, suplemento do grupo Globo de Roberto Marinho, a “Gibi” durou até 1957 e conquistou uma legião de fãs. Atualmente, muitos desses exemplares são disputados a tapa por colecionadores em todo o Brasil.
Na região, para quem quiser conhecer essas raridades de perto, basta visitar a Biblioteca General Álvaro Tavares Carmo, que pertence à Canaoeste, associação de produtores rurais que fica em Sertãozinho.
Com uma Gibiteca que funciona desde 2013, o local recebeu as revistas de um colecionador de Ribeirão Preto. São 20 exemplares da década de 1940 que incluem quadrinhos de personagens clássicos dos EUA como o Príncipe Namor, Brucutu, Ferdinando e muito mais.
“As revistas traziam uma espécie de coletânea de várias histórias porque não era comum esses personagens terem uma publicação própria no País”, explica Haroldo Beraldo, gerente da biblioteca da Canaoeste.
Parceria
Porém, Haroldo conta que boa parte dos “gibis” que vai estar à disposição do público para consulta chegou danificada e precisou passar por restauração. Para tanto, a biblioteca de Sertãozinho fechou uma parceria com a USP de Ribeirão, que cedeu duas alunas para o trabalho. Uma delas é Ananda Santos Cruz, aluna de Biblioteconomia que, desde o ano passado, vai semanalmente à Gibiteca para o que chama de “trabalho minucioso”.
“O que fazemos é conservação preventiva e pequenos reparos. Já cheguei a ficar oito horas para tirar um durex da capa de uma das revistas. Mas é um trabalho sensacional porque curto HQs e adoro o trabalho de restauração”, explica a estudante.
Professor diz que HQs o levaram a literatura
A Gibiteca de Sertãozinho surgiu graças a um prêmio que a biblioteca da Canaoeste recebeu do Ministério da Cultura.
“Foram R$ 20 mil que investimos em várias frentes – entre elas, a Gibiteca, que conta com um acervo de 60 HQs de vários estilos e autores”, informa Haroldo, que diz ainda que os quadrinhos são uma forma de atrair um público mais jovem para os livros.
Um dos frequentadores assíduos da Gibiteca é o professor Claudinei de Souza, que se diz um leitor eclético, já que também é um fã de romances de ficção e de filosofia.
“Herdei o hábito de ler HQs de meu pai. Os quadrinhos me incentivaram a expandir meu interesse pela questão literária. Pra mim, as HQs servem como exercício intelectual e poderiam ser usadas como proposta pedagógica”, afirma o professor.
Serviço
Biblioteca Canaoeste
Rua Frederico Ozanan, 842 - Sertãozinho
Aberta de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30
Inf.: (16) 3524-2453
Regis Martins
Se até hoje a palavra “gibi” é sinônimo de revistas de histórias em quadrinhos no Brasil, isso foi graças a uma publicação que chegou às bancas em 1939 no País. Lançada pelo Globo Juvenil, suplemento do grupo Globo de Roberto Marinho, a “Gibi” durou até 1957 e conquistou uma legião de fãs. Atualmente, muitos desses exemplares são disputados a tapa por colecionadores em todo o Brasil.
Na região, para quem quiser conhecer essas raridades de perto, basta visitar a Biblioteca General Álvaro Tavares Carmo, que pertence à Canaoeste, associação de produtores rurais que fica em Sertãozinho.
Com uma Gibiteca que funciona desde 2013, o local recebeu as revistas de um colecionador de Ribeirão Preto. São 20 exemplares da década de 1940 que incluem quadrinhos de personagens clássicos dos EUA como o Príncipe Namor, Brucutu, Ferdinando e muito mais.
“As revistas traziam uma espécie de coletânea de várias histórias porque não era comum esses personagens terem uma publicação própria no País”, explica Haroldo Beraldo, gerente da biblioteca da Canaoeste.
Parceria
Porém, Haroldo conta que boa parte dos “gibis” que vai estar à disposição do público para consulta chegou danificada e precisou passar por restauração. Para tanto, a biblioteca de Sertãozinho fechou uma parceria com a USP de Ribeirão, que cedeu duas alunas para o trabalho. Uma delas é Ananda Santos Cruz, aluna de Biblioteconomia que, desde o ano passado, vai semanalmente à Gibiteca para o que chama de “trabalho minucioso”.
“O que fazemos é conservação preventiva e pequenos reparos. Já cheguei a ficar oito horas para tirar um durex da capa de uma das revistas. Mas é um trabalho sensacional porque curto HQs e adoro o trabalho de restauração”, explica a estudante.
Professor diz que HQs o levaram a literatura
A Gibiteca de Sertãozinho surgiu graças a um prêmio que a biblioteca da Canaoeste recebeu do Ministério da Cultura.
“Foram R$ 20 mil que investimos em várias frentes – entre elas, a Gibiteca, que conta com um acervo de 60 HQs de vários estilos e autores”, informa Haroldo, que diz ainda que os quadrinhos são uma forma de atrair um público mais jovem para os livros.
Um dos frequentadores assíduos da Gibiteca é o professor Claudinei de Souza, que se diz um leitor eclético, já que também é um fã de romances de ficção e de filosofia.
“Herdei o hábito de ler HQs de meu pai. Os quadrinhos me incentivaram a expandir meu interesse pela questão literária. Pra mim, as HQs servem como exercício intelectual e poderiam ser usadas como proposta pedagógica”, afirma o professor.
Serviço
Biblioteca Canaoeste
Rua Frederico Ozanan, 842 - Sertãozinho
Aberta de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30
Inf.: (16) 3524-2453
Regis Martins