Em 2012, a energia elétrica gerada a partir do bagaço e da palha de cana de açúcar totalizou aproximadamente 1.400 MW médios fornecidos para o Sistema Interligado Nacional (SIN), representando um crescimento de mais de 20% em relação a 2011, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. Essa geração fornecida à rede seria equivalente a poupar 6% da água nos reservatórios da Região Sudeste e Centro-Oeste no período seco e crítico para o sistema.
O gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, esclarece que a contribuição da bioeletricidade da cana, em termos de preservar a água nos reservatórios, na verdade é ainda maior. “A indústria sucroenergética é autossuficiente em energia elétrica durante a safra, portanto ela não precisa adquirir energia elétrica nesse período. Se somarmos a geração para o consumo próprio e contabilizarmos como uma compra evitada junto ao SIN, a bioeletricidade sucroenergética no ano passado seria equivalente à economia total de 12% da água nos reservatórios da Região Sudeste e Centro-Oeste durante o período seco,” explica Souza.
Em 2012, o consumo de energia elétrica total no Sistema Interligado do Brasil foi de 51.175 MW médios, fazendo com que a bioeletricidade da cana exportada para a rede elétrica tenha representado 3% desse consumo. O total equivale a atender 10% do consumo residencial ou 7% do consumo industrial brasileiros em 2012.
Mais externalidades positivas
Considerando-se as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) evitadas pela bioeletricidade da cana, o benefício desta fonte energética é ainda maior para os consumidores brasileiros. O total de bioeletricidade fornecida à rede em 2012 significou evitar a emissão de 3,6 milhões de toneladas de CO2. Para atingir a mesma economia de CO2 por meio do plantio de árvores nativas, seriam necessárias 25 milhões de árvores nativas extraindo CO2 do ar ao longo de 20 anos.
“Considerando-se o inventário de emissões de GEE do município de São Paulo, de 2005, por exemplo, as emissões evitadas pela bioeletricidade seriam equivalentes a 23% das emissões totais de GEE da maior cidade da América Latina,” estima Souza. Ele destaca que no momento em que se discute o papel das termelétricas convencionais e o retorno do carvão mineral aos leilões regulados promovidos pelo Governo Federal, é fundamental que se discuta a valorização da bioeletricidade em virtude das externalidades positivas que essa fonte agrega ao Sistema Interligado.
“A bioeletricidade, além dos impactos positivos já citados, também tem um papel importante por evitar investimentos em transporte e perdas no sistema, por ser uma geração que origina no coração do principal centro de consumo, a Região Centro-Sul do País. O modelo institucional estruturado para o setor elétrico completa 10 anos em 2013 e precisa ser aprimorado, para valorizar as externalidades positivas e negativas de cada fonte, sobretudo nos leilões regulados,” conclui Souza.
Em 2012, a energia elétrica gerada a partir do bagaço e da palha de cana de açúcar totalizou aproximadamente 1.400 MW médios fornecidos para o Sistema Interligado Nacional (SIN), representando um crescimento de mais de 20% em relação a 2011, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. Essa geração fornecida à rede seria equivalente a poupar 6% da água nos reservatórios da Região Sudeste e Centro-Oeste no período seco e crítico para o sistema.
O gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, esclarece que a contribuição da bioeletricidade da cana, em termos de preservar a água nos reservatórios, na verdade é ainda maior. “A indústria sucroenergética é autossuficiente em energia elétrica durante a safra, portanto ela não precisa adquirir energia elétrica nesse período. Se somarmos a geração para o consumo próprio e contabilizarmos como uma compra evitada junto ao SIN, a bioeletricidade sucroenergética no ano passado seria equivalente à economia total de 12% da água nos reservatórios da Região Sudeste e Centro-Oeste durante o período seco,” explica Souza.
Em 2012, o consumo de energia elétrica total no Sistema Interligado do Brasil foi de 51.175 MW médios, fazendo com que a bioeletricidade da cana exportada para a rede elétrica tenha representado 3% desse consumo. O total equivale a atender 10% do consumo residencial ou 7% do consumo industrial brasileiros em 2012.
Mais externalidades positivas
Considerando-se as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) evitadas pela bioeletricidade da cana, o benefício desta fonte energética é ainda maior para os consumidores brasileiros. O total de bioeletricidade fornecida à rede em 2012 significou evitar a emissão de 3,6 milhões de toneladas de CO2. Para atingir a mesma economia de CO2 por meio do plantio de árvores nativas, seriam necessárias 25 milhões de árvores nativas extraindo CO2 do ar ao longo de 20 anos.
“Considerando-se o inventário de emissões de GEE do município de São Paulo, de 2005, por exemplo, as emissões evitadas pela bioeletricidade seriam equivalentes a 23% das emissões totais de GEE da maior cidade da América Latina,” estima Souza. Ele destaca que no momento em que se discute o papel das termelétricas convencionais e o retorno do carvão mineral aos leilões regulados promovidos pelo Governo Federal, é fundamental que se discuta a valorização da bioeletricidade em virtude das externalidades positivas que essa fonte agrega ao Sistema Interligado.
“A bioeletricidade, além dos impactos positivos já citados, também tem um papel importante por evitar investimentos em transporte e perdas no sistema, por ser uma geração que origina no coração do principal centro de consumo, a Região Centro-Sul do País. O modelo institucional estruturado para o setor elétrico completa 10 anos em 2013 e precisa ser aprimorado, para valorizar as externalidades positivas e negativas de cada fonte, sobretudo nos leilões regulados,” conclui Souza.