Bioeletricidade, E2G e química verde na pauta do CEISE Br

28/01/2013 Geral POR: Jornal Agora
Com o iminente anúncio, nos próximos dias, do aumento do preço da gasolina, na ordem de 5%, e da mistura do etanol anidro à gasolina, dos atuais 20% para 25%, o presidente do CEISE Br – Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis acredita que os produtores de cana, açúcar e etanol estarão mais seguros em relação ao futuro, já que 2012 foi considerado o pior dos últimos 20 anos.
Mas persistem grandes desafios que precisam ser vencidos e que estão na pauta da entidade que representa a indústria de máquinas, equipamentos, bens de capital, insumos, serviços e tecnologia da cadeia produtiva canavieira.
Dentre eles se destacam a bioeletricidade, a produção de etanol de segunda geração (E2G) e a química verde. A falta de chuvas mantém baixos os níveis de água das hidrelétricas e a energia eólica se mantém ‘parada’ por falta de linhas de transmissão. O que têm sustentado a produção de energia são as usinas termelétricas, que produzem eletricidade cara e suja.
“É desnecessário repetir todas as vantagens da bioeletricidade. Há capacidade rápida de integrar as usinas do Centro Sul na cogeração desde que houvesse um preço justo e remunerador. Ou seja, precisamos convencer as autoridades federais para a relação de custo e benefício desta energia limpa e renovável”, explica Tonho Tonielo.
Outra questão que ele aponta como um ‘gargalo’ é a que envolve a produção de etanol de 2ª geração e a química verde. Segundo informação colhida junto a um dos centros que desenvolvem pesquisas com esta nova e atrativa alternativa para derivados da cana-de-açúcar, os investidores das plantas que começam a ser construídas tendem a buscar no exterior suas máquinas e equipamentos.
“Não há razão para isto pois nossa indústria de base, representada pelos associados do CEISE Br, já têm larga e reconhecida expertise para a produção de equipamentos não apenas para o setor sucroenergético, mas também para a indústria de petróleo e gás, papel e celulose e indústria alimentícia, dentre outros”, afirma Tonho.
Ele adiantou que está encaminhando documento ao presidente Luciano Coutinho, do BNDES, solicitando a inclusão de ‘conteúdo nacional’ nos financiamentos que o banco estatal está concedendo aos novos projetos já anunciados e aos que ainda o serão daqui para a frente.
No documento, segundo ele, o CEISE Br reivindica que as compras de máquinas e equipamentos sejam priorizadas para o parque industrial nacional. “E, no caso das novas tecnologias desenvolvidas no exterior, queremos incentivos para a importação de pacotes tecnológicos cuja industrialização possa ser feita através das nossas empresas associadas”, acrescentou