Bioflex consegue aval da CTNBio para sua nova levedura geneticamente modificada

19/05/2015 Etanol POR: Valor Econômico
A GranBio obteve da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) a aprovação comercial de uma levedura geneticamente modificada para uso na produção de etanol celulósico. A partir do segundo semestre deste ano, a companhia, que detém um dos maiores projetos de etanol e químicos de segunda geração do país, vai começar a usar o novo micro­organismo na sua primeira fábrica de segunda geração ­ a Bioflex, em operação em Alagoas.
A levedura, batizada de Celere­2L, foi desenvolvida no Centro de Biologia Sintética da GranBio, em Campinas (SP), e é capaz de converter, em um mesmo processo fermentativo, todos os açúcares contidos dentro da celulose da biomassa da cana: os de cinco carbonos (C5) e os de seis carbonos (C6). O Brasil, pioneiro na produção de
etanol de primeira geração (a partir do caldo da cana), já dominava o desenvolvimento de leveduras para converter em etanol o C6, presente no caldo. Mas, com o uso da celulose da cana, passou a ser necessária a tecnologia para processar o C5, como explica o cientista­chefe da GranBio, Gonçalo Pereira.
O desenvolvimento da Celere­2L levou cerca de dois anos. Por meio de engenharia genética, os pesquisadores inseriram cerca de dez genes na levedura para que ela passasse a converter também o C5. "As leveduras brasileiras são muito robustas, aguentam alta pressão e têm desempenho elevado. Além de genes de outras leveduras, também inserimos um ou dois genes de outros micro­organismos e ajustamos a organização desses genes", resume. Ele explica que converter o C5 é de extrema importância, pois significa elevar a produtividade do processo. De um total de 100 quilos de palha (lignocelulose), 40 quilos são de açúcares C6 e 25 quilos de C5. 
Outros grupos buscam converter o C5 em açúcares para ampliar a produção de etanol celulósico. No mercado, há outra levedura geneticamente modificada aprovada para essa finalidade na CTNBio ­ a RN1016, da holandesa DSM.
O aproveitamento do C5 também está no radar da usina de etanol celulósico de escala de demonstração do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Com capacidade para produzir 3 milhões de litros anuais, a usina, no entanto, está tendo dificuldades técnicas no pré­tratamento. "Ainda não encontramos o ponto ótimo dessa operação", afirmou o diretor de negócios de etanol celulósico do CTC, Viler Correa Janeiro.
Os desafios, segundo ele, se estendem, ainda, à otimização dos coqueteis enzimáticos, além da fermentação.
"Fizemos progressos em laboratório e em biotecnologia para avançar no desenvolvimento das enzimas. Nessa frente, temos parceria com a Embrapa ", disse Janeiro.
A GranBio obteve da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) a aprovação comercial de uma levedura geneticamente modificada para uso na produção de etanol celulósico. A partir do segundo semestre deste ano, a companhia, que detém um dos maiores projetos de etanol e químicos de segunda geração do país, vai começar a usar o novo micro­organismo na sua primeira fábrica de segunda geração ­ a Bioflex, em operação em Alagoas.
A levedura, batizada de Celere­2L, foi desenvolvida no Centro de Biologia Sintética da GranBio, em Campinas (SP), e é capaz de converter, em um mesmo processo fermentativo, todos os açúcares contidos dentro da celulose da biomassa da cana: os de cinco carbonos (C5) e os de seis carbonos (C6). O Brasil, pioneiro na produção de etanol de primeira geração (a partir do caldo da cana), já dominava o desenvolvimento de leveduras para converter em etanol o C6, presente no caldo. Mas, com o uso da celulose da cana, passou a ser necessária a tecnologia para processar o C5, como explica o cientista­chefe da GranBio, Gonçalo Pereira.
O desenvolvimento da Celere­2L levou cerca de dois anos. Por meio de engenharia genética, os pesquisadores inseriram cerca de dez genes na levedura para que ela passasse a converter também o C5. "As leveduras brasileiras são muito robustas, aguentam alta pressão e têm desempenho elevado. Além de genes de outras leveduras, também inserimos um ou dois genes de outros micro­organismos e ajustamos a organização desses genes", resume. Ele explica que converter o C5 é de extrema importância, pois significa elevar a produtividade do processo. De um total de 100 quilos de palha (lignocelulose), 40 quilos são de açúcares C6 e 25 quilos de C5. 
Outros grupos buscam converter o C5 em açúcares para ampliar a produção de etanol celulósico. No mercado, há outra levedura geneticamente modificada aprovada para essa finalidade na CTNBio ­ a RN1016, da holandesa DSM.
O aproveitamento do C5 também está no radar da usina de etanol celulósico de escala de demonstração do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Com capacidade para produzir 3 milhões de litros anuais, a usina, no entanto, está tendo dificuldades técnicas no pré­tratamento. "Ainda não encontramos o ponto ótimo dessa operação", afirmou o diretor de negócios de etanol celulósico do CTC, Viler Correa Janeiro.
Os desafios, segundo ele, se estendem, ainda, à otimização dos coqueteis enzimáticos, além da fermentação.
"Fizemos progressos em laboratório e em biotecnologia para avançar no desenvolvimento das enzimas. Nessa frente, temos parceria com a Embrapa ", disse Janeiro.