A Biosev, braço sucroalcooleiro da francesa Louis Dreyfus Commodities, vai vender suas fazendas de cana-de-açúcar da região de Sertãozinho, tradicional área canavieira de São Paulo. De acordo com informações apuradas pela reportagem, a companhia quer buscar um investidor que compre a terra, mas concorde em firmar um contrato de longo prazo de arrendamento para que a Biosev mantenha a oferta de cana nessas áreas.
As propriedades estão atualmente em fase de avaliação. São de 20 a 25 fazendas de pequeno e médio portes - de três a 1 mil hectares cada - que totalizam área de 3 mil hectares. Segundo cálculos do mercado, o hectare com cana em Sertãozinho é avaliado entre R$ 30 mil e R$ 35 mil, de modo que a venda das fazendas renderia à Biosev um valor próximo de R$ 100 milhões.
A venda de terras atrelada a um contrato de arrendamento tornou-se uma tendência entre usinas de açúcar e etanol, que buscam mobilizar ativos não estratégicos com o objetivo de direcionar o capital para a atividade principal da companhia. A Biosev, segundo fontes, já vem há algum tempo vendendo fazendas de cana.
A operação faz parte de um conjunto de medidas por meio das quais a empresa busca ganhar sinergias após a fusão com a Santelisa Vale, ocorrida em outubro de 2009. Um ano depois da operação, a multinacional francesa havia alcançado sinergia da ordem de R$ 190 milhões por ano, mas o número não agradou o mercado, que calculava um potencial de otimização maior.
No fim de dezembro, a Biosev anunciou o fechamento da usina São Carlos, de Jaboticabal (SP), e a venda ao grupo São Martinho de canaviais que somam uma oferta de 1,85 milhão de toneladas, por R$ 199,6 milhões. Nesta safra 2013/14, em torno de 1 milhão de toneladas de cana dessa área ainda serão entregues para a Biosev que processará o volume em suas unidades.
A partir do ciclo 2014/15, o volume segue em sua totalidade para a usina São Martinho, de Pradópolis (SP). O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta semana a operação com a São Martinho.
A Biosev - antes denominada LDC Bioenergia - é o segundo maior grupo sucroalcooleiro do país com 14 usinas, tem capacidade industrial para processar cerca de 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, mas por conta de uma série de fatores, entre eles, de problemas climáticos e dificuldades no relacionamento com fornecedores de cana, vem moendo bem menos. Na safra 2011/12, processou apenas 28 milhões de toneladas e, segundo fontes do mercado, nesta temporada 2012/13, conseguiu avançar para 32 milhões de toneladas.
A empresa vem aprimorando sua relação com fornecedores de cana e, no ano passado, investiu R$ 4 milhões na construção de uma fábrica de rações na unidade de Lagoa da Prata (MG) para atrair pecuaristas da região para seu quadro de fornecedores de cana.
A Biosev, braço sucroalcooleiro da francesa Louis Dreyfus Commodities, vai vender suas fazendas de cana-de-açúcar da região de Sertãozinho, tradicional área canavieira de São Paulo. De acordo com informações apuradas pela reportagem, a companhia quer buscar um investidor que compre a terra, mas concorde em firmar um contrato de longo prazo de arrendamento para que a Biosev mantenha a oferta de cana nessas áreas.
As propriedades estão atualmente em fase de avaliação. São de 20 a 25 fazendas de pequeno e médio portes - de três a 1 mil hectares cada - que totalizam área de 3 mil hectares. Segundo cálculos do mercado, o hectare com cana em Sertãozinho é avaliado entre R$ 30 mil e R$ 35 mil, de modo que a venda das fazendas renderia à Biosev um valor próximo de R$ 100 milhões.
A venda de terras atrelada a um contrato de arrendamento tornou-se uma tendência entre usinas de açúcar e etanol, que buscam mobilizar ativos não estratégicos com o objetivo de direcionar o capital para a atividade principal da companhia. A Biosev, segundo fontes, já vem há algum tempo vendendo fazendas de cana.
A operação faz parte de um conjunto de medidas por meio das quais a empresa busca ganhar sinergias após a fusão com a Santelisa Vale, ocorrida em outubro de 2009. Um ano depois da operação, a multinacional francesa havia alcançado sinergia da ordem de R$ 190 milhões por ano, mas o número não agradou o mercado, que calculava um potencial de otimização maior.
No fim de dezembro, a Biosev anunciou o fechamento da usina São Carlos, de Jaboticabal (SP), e a venda ao grupo São Martinho de canaviais que somam uma oferta de 1,85 milhão de toneladas, por R$ 199,6 milhões. Nesta safra 2013/14, em torno de 1 milhão de toneladas de cana dessa área ainda serão entregues para a Biosev que processará o volume em suas unidades.
A partir do ciclo 2014/15, o volume segue em sua totalidade para a usina São Martinho, de Pradópolis (SP). O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta semana a operação com a São Martinho.
A Biosev - antes denominada LDC Bioenergia - é o segundo maior grupo sucroalcooleiro do país com 14 usinas, tem capacidade industrial para processar cerca de 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, mas por conta de uma série de fatores, entre eles, de problemas climáticos e dificuldades no relacionamento com fornecedores de cana, vem moendo bem menos. Na safra 2011/12, processou apenas 28 milhões de toneladas e, segundo fontes do mercado, nesta temporada 2012/13, conseguiu avançar para 32 milhões de toneladas.
A empresa vem aprimorando sua relação com fornecedores de cana e, no ano passado, investiu R$ 4 milhões na construção de uma fábrica de rações na unidade de Lagoa da Prata (MG) para atrair pecuaristas da região para seu quadro de fornecedores de cana.