BNDES terá crédito de até R$ 20 milhões com TJLP no ProRenova

25/09/2015 Cana-de-Açúcar POR: DCI
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já tem a estrutura do Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (ProRenova) para a safra 2015/2016, cuja liberação para as instituições financeiras está prevista para os próximos dias.
Diante das dificuldades de concessão de crédito, serão até R$ 20 milhões financiados com taxas de juros de longo prazo (TJLP) e o restante estará atrelado à taxa básica de juros (Selic).
As declarações foram dadas ontem (22) pelo chefe do departamento de biocombustíveis do BNDES, Carlos Eduardo Cavalcanti, durante a 15ª Conferência Internacional Datagro. "O programa deste ano terá moldes similares aos aplicados no ano passado", disse o executivo a jornalistas. Para esta temporada, o Plano Safra destinou R$ 1,5 bilhão ao Prorenova, valor 50% inferior quando comparado aos R$ 3 bilhões disponibilizados pelo Ministério da Agricultura no ciclo de 2014/ 2015.
Em um momento econômico adverso, Cavalcanti reconheceu que as condições de financiamento não são favoráveis. Portanto, houve uma negociação entre o banco e o governo federal para que parte das tarifas fosse mantida em TJLP.
No final de agosto foi feita a liberação dos R$ 2 bilhões referentes à estocagem de etanol, semelhante à safra anterior. O secretário de Política Agrícola do Ministério, André Nassar, disse que faltavam apenas detalhes para que o Prorenova estivesse disponível ao mercado. Enquanto as definições sobre a recomposição total da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) não vêm, o setor não pode ficar de braços cruzados.
Sobrevivência
Atualmente, em um contexto de crise, os principais grupos do setor sucroenergético têm recorrido a financiamentos para investir. "Se não houver eficiência de produção na usina, não haverá aumento de produtividade. Temos que fazer a lição de casa com aplicação de tecnologia", afirma o vice-presidente da Raízen, Pedro Mizutani.
No ano passado, a companhia inaugurou sua primeira planta comercial de etanol de segunda geração (2G) no município de Piracicaba, no interior paulista. Segundo Mizutani, a Raízen está confiante de que nos próximos dois e três anos será possível produzir 50% a mais de etanol na mesma área do biocombustível tradicional, por conta do incremento vindo do 2G.
A curto prazo, o vice-presidente acredita que o etanol tem potencial para aumentar cerca de R$ 0,20 no preço. Entretanto, o movimento do câmbio tem feito com que a remuneração pelo açúcar exportado seja superior à comercialização do biocombustível em cerca de 5%. "O dólar alto aumenta os custos, mas é positivo", comenta.
Com relação à renovação dos canaviais, a Raízen deve diminuir neste ano, mas porque os níveis de produtividade têm se mostrado muito positivos. Tanto, que a estimativa é estender a moagem até quando as condições climáticas permitirem. O mesmo deve ser visto no grupo São Martinho.
A jornalistas, o presidente da São Martinho, Fabio Venturelli, afirmou que a safra da companhia também terminará tarde e, para ele, talvez outros grupos nem parem com a moagem durante a entressafra, mesmo suscetíveis a uma "explosão" nos custos de produção que geralmente acontece naquele período.  
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já tem a estrutura do Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (ProRenova) para a safra 2015/2016, cuja liberação para as instituições financeiras está prevista para os próximos dias.

 
Diante das dificuldades de concessão de crédito, serão até R$ 20 milhões financiados com taxas de juros de longo prazo (TJLP) e o restante estará atrelado à taxa básica de juros (Selic).
As declarações foram dadas ontem (22) pelo chefe do departamento de biocombustíveis do BNDES, Carlos Eduardo Cavalcanti, durante a 15ª Conferência Internacional Datagro. "O programa deste ano terá moldes similares aos aplicados no ano passado", disse o executivo a jornalistas. Para esta temporada, o Plano Safra destinou R$ 1,5 bilhão ao Prorenova, valor 50% inferior quando comparado aos R$ 3 bilhões disponibilizados pelo Ministério da Agricultura no ciclo de 2014/ 2015.
Em um momento econômico adverso, Cavalcanti reconheceu que as condições de financiamento não são favoráveis. Portanto, houve uma negociação entre o banco e o governo federal para que parte das tarifas fosse mantida em TJLP.

 
No final de agosto foi feita a liberação dos R$ 2 bilhões referentes à estocagem de etanol, semelhante à safra anterior. O secretário de Política Agrícola do Ministério, André Nassar, disse que faltavam apenas detalhes para que o Prorenova estivesse disponível ao mercado. Enquanto as definições sobre a recomposição total da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) não vêm, o setor não pode ficar de braços cruzados.
Sobrevivência
Atualmente, em um contexto de crise, os principais grupos do setor sucroenergético têm recorrido a financiamentos para investir. "Se não houver eficiência de produção na usina, não haverá aumento de produtividade. Temos que fazer a lição de casa com aplicação de tecnologia", afirma o vice-presidente da Raízen, Pedro Mizutani.

No ano passado, a companhia inaugurou sua primeira planta comercial de etanol de segunda geração (2G) no município de Piracicaba, no interior paulista. Segundo Mizutani, a Raízen está confiante de que nos próximos dois e três anos será possível produzir 50% a mais de etanol na mesma área do biocombustível tradicional, por conta do incremento vindo do 2G.
A curto prazo, o vice-presidente acredita que o etanol tem potencial para aumentar cerca de R$ 0,20 no preço. Entretanto, o movimento do câmbio tem feito com que a remuneração pelo açúcar exportado seja superior à comercialização do biocombustível em cerca de 5%. "O dólar alto aumenta os custos, mas é positivo", comenta.
Com relação à renovação dos canaviais, a Raízen deve diminuir neste ano, mas porque os níveis de produtividade têm se mostrado muito positivos. Tanto, que a estimativa é estender a moagem até quando as condições climáticas permitirem. O mesmo deve ser visto no grupo São Martinho.
A jornalistas, o presidente da São Martinho, Fabio Venturelli, afirmou que a safra da companhia também terminará tarde e, para ele, talvez outros grupos nem parem com a moagem durante a entressafra, mesmo suscetíveis a uma "explosão" nos custos de produção que geralmente acontece naquele período.