BNDES vê mais R$ 36 bi em investimento

23/04/2014 Agronegócio POR: O Estado de São Paulo
A projeção de investimentos na indústria mapeados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o período de 2014 a 2017 aumentou em R$ 14,5 bilhões, numa recente re­visão parcial do levantamen­to, inicialmente divulgado em outubro passado. A revi­são definitiva do estudo dos economistas do banco de fo­mento deverá acrescentar mais R$ 36 bilhões, elevando o total para R$ 733 bilhões.
A atualização do mês passa­do, apresentada pelo presiden­te do BNDES, Luciano Coutinho, no Senado, projeta R$ 697 bilhões em investimentos na indústria. A revisão definitiva se­rá publicada em cerca de 30 dias, segundo o superintenden­te da Área de pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) do BNDES, Fernando Pu­ga- Na revisão parcial, o setor de papel e celulose puxou o cresci­mento, seguido pelas indús­trias aeronáutica e extrativa mineral, e pelo setor químico - ape­sar das dificuldades do último. Na revisão definitiva, os desta­ques serão o setor de Petróleo e gás e a siderurgia.
A projeção de investimentos na indústria de Petróleo e gás deverá subir em R$ 30 bilhões. "Do total projetado para o se­tor, 60% dos investimentos vão para exploração e produção, com destaque para o pré-sal", diz Puga, sem dar detalhes.
A revisão definitiva dos núme­ros divulgados em outubro in­cluirá parte dos investimentos na exploração do prospecto de Libra, leiloado ano passado. Es­tudo da consultoria IHS, uma das maiores do setor de petró­leo e gás, preparado antes do leilão, estimou os investimentos em Libra em US$ 400 bilhões, ao longo dos 35 anos de licença. A Petrobrás,líder do consórcio, teria que arcar com 40% do to­tal ou US$ 160 bilhões.
Na revisão do mês passado, o grande destaque é o setor de ce­lulose. A projeção saltou de R$ 18,6 bilhões para R$ 26 bilhões. Vários projetos de investimen­to foram confirmados. A indús­tria de celulose é competitiva internacionalmente, por ter uma combinação terras disponíveis para plantar eucalipto e tecnolo­gia Agrícola avançada.
Celulose avança
Segundo Car­los Farinha, vice-presidente pa­ra o Brasil da consultoria Poyry, especializada no setor, os projetos de investimento - entre recém-inaugurados, em imple­mentação e já anunciados - do Brasil deverão adicionar 9 mi­lhões de toneladas em capacida­de de produção de celulose de fibra curta. E um terço do mer­cado global. "E difícil concorrer com o Brasil", disse. Entre projetos concluídos, a Suzano inau­gurou oficialmente ano passa­do a fábrica de Imperatriz (MA), projeto de R$ 6 bilhões. Já a Klabin lançou, também mês passado, a pedra fundamental da fábrica em Ortigueira (PR), aporte de R$ 5,8 bilhões.
Na indústria aeronáutica, a projeção do BNDES passou de R$ 9,4bilhões, na primeira ver- são do levantamento 2014-2017, para R$ 14 bilhões, na atual versão. O plano de in­vestimentos da Embraer é o des­taque nessa área.
Em fevereiro, o BNDES apro­vou empréstimo de R$ 1,411 bi­lhão para o desenvolvimento da nova geração dos jatos comer­ciais E-Jets (E2) e do jato execu­tivo Legacy500, projeto de US$ 1,7bilhão, em oito anos.
Já a projeção para a indústria química passou para R$ 26 bi­lhões, em comparação aos R$ 24,8 bilhões previstos anterior­mente. Segundo Puga, alguns projetos no setor de fertilizan­tes foram confirmados.
Por outro lado, Fernando Fi­gueiredo, presidente executivo da Abiquim, entidade represen­tante do setor, destaca que es­ses investimentos estão a cargo da Petrobrás e são feitos mais por seu caráter estratégico do que pela rentabilidade.
No médio prazo, o setor priva­do tem investido pouco, US$ 4 bilhões por ano, apenas para tentar manter sua participação de mercado - um terço do mer­cado nacional é suprido por im­portações. Segundo um estudo da Abiquim, o mercado brasilei­ro tem potencial para receber US$ i67bilhões em investimen­tos em dez anos.
Gás de xisto
A indústria nacio­nal sofre com mudanças no ce­nário internacional do setor, provocados pela revolução energética nos EUA - a exploração do gás de xisto (shale gas) barateou o principal insumo dessa indústria, dando competi­tividade aos norte-americanos. Apesar disso, Figueiredo é oti­mista. "Se resolvermos os garga­los, a indústria química será o segmento mais brilhante nos próximos dez anos", diz. Os gar­galos são o custo-Brasil para in­vestir (incluindo impostos), a falta de uma política pública de preços para a principal matéria- prima (o gás natural), o custo da eletricidade e a Infraestrutura precária.
A projeção de investimentos na indústria mapeados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o período de 2014 a 2017 aumentou em R$ 14,5 bilhões, numa recente re­visão parcial do levantamen­to, inicialmente divulgado em outubro passado. A revi­são definitiva do estudo dos economistas do banco de fo­mento deverá acrescentar mais R$ 36 bilhões, elevando o total para R$ 733 bilhões.
A atualização do mês passa­do, apresentada pelo presiden­te do BNDES, Luciano Coutinho, no Senado, projeta R$ 697 bilhões em investimentos na indústria. A revisão definitiva se­rá publicada em cerca de 30 dias, segundo o superintenden­te da Área de pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) do BNDES, Fernando Pu­ga- Na revisão parcial, o setor de papel e celulose puxou o cresci­mento, seguido pelas indús­trias aeronáutica e extrativa mineral, e pelo setor químico - ape­sar das dificuldades do último. Na revisão definitiva, os desta­ques serão o setor de Petróleo e gás e a siderurgia.
A projeção de investimentos na indústria de Petróleo e gás deverá subir em R$ 30 bilhões. "Do total projetado para o se­tor, 60% dos investimentos vão para exploração e produção, com destaque para o pré-sal", diz Puga, sem dar detalhes.
A revisão definitiva dos núme­ros divulgados em outubro in­cluirá parte dos investimentos na exploração do prospecto de Libra, leiloado ano passado. Es­tudo da consultoria IHS, uma das maiores do setor de petró­leo e gás, preparado antes do leilão, estimou os investimentos em Libra em US$ 400 bilhões, ao longo dos 35 anos de licença. A Petrobrás,líder do consórcio, teria que arcar com 40% do to­tal ou US$ 160 bilhões.
Na revisão do mês passado, o grande destaque é o setor de ce­lulose. A projeção saltou de R$ 18,6 bilhões para R$ 26 bilhões. Vários projetos de investimen­to foram confirmados. A indús­tria de celulose é competitiva internacionalmente, por ter uma combinação terras disponíveis para plantar eucalipto e tecnolo­gia Agrícola avançada.
Celulose avança
Segundo Car­los Farinha, vice-presidente pa­ra o Brasil da consultoria Poyry, especializada no setor, os projetos de investimento - entre recém-inaugurados, em imple­mentação e já anunciados - do Brasil deverão adicionar 9 mi­lhões de toneladas em capacida­de de produção de celulose de fibra curta. E um terço do mer­cado global. "E difícil concorrer com o Brasil", disse. Entre projetos concluídos, a Suzano inau­gurou oficialmente ano passa­do a fábrica de Imperatriz (MA), projeto de R$ 6 bilhões. Já a Klabin lançou, também mês passado, a pedra fundamental da fábrica em Ortigueira (PR), aporte de R$ 5,8 bilhões.
Na indústria aeronáutica, a projeção do BNDES passou de R$ 9,4bilhões, na primeira ver- são do levantamento 2014-2017, para R$ 14 bilhões, na atual versão. O plano de in­vestimentos da Embraer é o des­taque nessa área.
Em fevereiro, o BNDES apro­vou empréstimo de R$ 1,411 bi­lhão para o desenvolvimento da nova geração dos jatos comer­ciais E-Jets (E2) e do jato execu­tivo Legacy500, projeto de US$ 1,7bilhão, em oito anos.
Já a projeção para a indústria química passou para R$ 26 bi­lhões, em comparação aos R$ 24,8 bilhões previstos anterior­mente. Segundo Puga, alguns projetos no setor de fertilizan­tes foram confirmados.
Por outro lado, Fernando Fi­gueiredo, presidente executivo da Abiquim, entidade represen­tante do setor, destaca que es­ses investimentos estão a cargo da Petrobrás e são feitos mais por seu caráter estratégico do que pela rentabilidade.
No médio prazo, o setor priva­do tem investido pouco, US$ 4 bilhões por ano, apenas para tentar manter sua participação de mercado - um terço do mer­cado nacional é suprido por im­portações. Segundo um estudo da Abiquim, o mercado brasilei­ro tem potencial para receber US$ i67bilhões em investimen­tos em dez anos.
Gás de xisto
A indústria nacio­nal sofre com mudanças no ce­nário internacional do setor, provocados pela revolução energética nos EUA - a exploração do gás de xisto (shale gas) barateou o principal insumo dessa indústria, dando competi­tividade aos norte-americanos. Apesar disso, Figueiredo é oti­mista. "Se resolvermos os garga­los, a indústria química será o segmento mais brilhante nos próximos dez anos", diz. Os gar­galos são o custo-Brasil para in­vestir (incluindo impostos), a falta de uma política pública de preços para a principal matéria- prima (o gás natural), o custo da eletricidade e a Infraestrutura precária.