Bolsa de Nova York volta a surpreender e açúcar supera 11 cents/lb com El Niño

04/09/2015 Açúcar POR: Agência Estado
Os futuros de açúcar demerara voltaram a surpreender e fecharam em forte alta ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), mesmo com o dólar batendo em R$ 3,80. De acordo com analistas, fundos saíram recomprando posições vendidas com força em meio aos temores de que o El Niño prejudique a safra global de cana.
Conforme João Paulo Botelho, da INTL FCStone, o fenômeno climático, que já se instalou e tende a se intensificar até o final do ano, deve afetar principalmente Brasil e Índia. "A meteorologia fala que podemos ter chuvas persistentes no Centro-Sul do Brasil. Já neste fim de semana devemos ter algumas", comentou.
Para a Índia, ao contrário, a perspectiva é de estiagem. "A seca está forte por lá, em especial nos Estados de Maharashtra e Karnataka. Já se discute impedir que algumas usinas processem a próxima safra para economizar água. Ainda é um plano", disse Botelho.
Caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico, o El Niño provoca alterações no clima do mundo todo. No Sul do Brasil, há ocorrência de mais chuvas, prejudiciais à colheita. No Índia e no Sudeste Asiático, as precipitações são reduzidas, impactando do desenvolvimento das plantas. A expectativa é de que o El Niño de 2015 seja o mais forte em 20 anos e que seu pico se dê em novembro.
Outubro subiu 61 pontos (5,68%) e fechou em 11,34 cents/lb, com máxima no dia de 11,39 cents/lb (mais 66 pontos) e mínima de 10,73 cents/lb (estável). Março avançou 50 pontos (4,26%) e terminou em 12,25 cents/lb. O spread outubro/março variou de 102 para 91 pontos de prêmio para o segundo contrato da tela. O dólar ficou em R$ 3,7540 (+0,03%).
Com a movimentação, a resistência inicial passou para os 11,50 cents/lb, ao passo que o primeiro suporte foi para os 11,30 cents/lb.
Participantes, ponderam, contudo, que não há espaço neste momento para um rali dos futuros. Os ganhos de ontem foram exacerbados justamente por conta da movimentação dos fundos, mas agora a disparada do dólar ante o real e o clima ainda favorável no Centro-Sul do Brasil tendem a frear os ganhos. Desse modo, a perspectiva é de que os preços continuem no terreno de 11 cents/lb no curto prazo.
O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a quinta-feira em R$ 48,10/saca, alta de 0,75% ante a véspera. Em dólar, o índice ficou em US$ 12,81/saca (+0,71%). 
Os futuros de açúcar demerara voltaram a surpreender e fecharam em forte alta ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), mesmo com o dólar batendo em R$ 3,80. De acordo com analistas, fundos saíram recomprando posições vendidas com força em meio aos temores de que o El Niño prejudique a safra global de cana.
Conforme João Paulo Botelho, da INTL FCStone, o fenômeno climático, que já se instalou e tende a se intensificar até o final do ano, deve afetar principalmente Brasil e Índia. "A meteorologia fala que podemos ter chuvas persistentes no Centro-Sul do Brasil. Já neste fim de semana devemos ter algumas", comentou.
Para a Índia, ao contrário, a perspectiva é de estiagem. "A seca está forte por lá, em especial nos Estados de Maharashtra e Karnataka. Já se discute impedir que algumas usinas processem a próxima safra para economizar água. Ainda é um plano", disse Botelho.
Caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico, o El Niño provoca alterações no clima do mundo todo. No Sul do Brasil, há ocorrência de mais chuvas, prejudiciais à colheita. No Índia e no Sudeste Asiático, as precipitações são reduzidas, impactando do desenvolvimento das plantas. A expectativa é de que o El Niño de 2015 seja o mais forte em 20 anos e que seu pico se dê em novembro.
Outubro subiu 61 pontos (5,68%) e fechou em 11,34 cents/lb, com máxima no dia de 11,39 cents/lb (mais 66 pontos) e mínima de 10,73 cents/lb (estável). Março avançou 50 pontos (4,26%) e terminou em 12,25 cents/lb. O spread outubro/março variou de 102 para 91 pontos de prêmio para o segundo contrato da tela. O dólar ficou em R$ 3,7540 (+0,03%).

 
Com a movimentação, a resistência inicial passou para os 11,50 cents/lb, ao passo que o primeiro suporte foi para os 11,30 cents/lb.
Participantes, ponderam, contudo, que não há espaço neste momento para um rali dos futuros. Os ganhos de ontem foram exacerbados justamente por conta da movimentação dos fundos, mas agora a disparada do dólar ante o real e o clima ainda favorável no Centro-Sul do Brasil tendem a frear os ganhos. Desse modo, a perspectiva é de que os preços continuem no terreno de 11 cents/lb no curto prazo.
O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a quinta-feira em R$ 48,10/saca, alta de 0,75% ante a véspera. Em dólar, o índice ficou em US$ 12,81/saca (+0,71%).