A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira o uso comercial da primeira cana-de-açúcar geneticamente modificada (Cana Bt) no mundo, estabelecendo um marco para a indústria de açúcar do país, que responde por cerca de 50 por cento do comércio global da commodity.
O presidente-executivo do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que desenvolveu a tecnologia e fez pedido de aprovação em dezembro de 2015, afirmou que levará alguns anos ainda para que o açúcar produzido com a cana transgênica chegue aos mercados de exportação.
A CTNBio não estava imediatamente disponível para comentário sobre a aprovação.
O CTC, empresa 100 por cento brasileira com foco em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de variedades de cana-de-açúcar, afirmou que a Cana Bt passou por rigorosa avaliação da CTNBio, que a considerou segura sob os aspectos ambiental e de saúde humana e animal.
A nova variedade, CTC 20 Bt, tem como característica a resistência à broca da cana (Diatraea saccharalis), principal praga que ameaça a cultura.
As perdas causadas pela broca chegam a 5 bilhões de reais ao ano, segundo especialistas citados pelo CTC, devido à redução da produtividade agrícola e industrial, da qualidade do açúcar e pelos custos com inseticidas.
A cana transgênica tem o gene Bt (Bacillus thuringiensis), usado amplamente em outras safras geneticamente modificadas como soja e milho.
O Brasil exporta açúcar para cerca de 150 países e cerca de 60 por cento deles não exigem aprovação regulamentar para importar açúcar feito de organismos geneticamente modificados.
"A aprovação da CTNBio é crucial para aqueles que o fazem (exigência da aprovação regulamentar)", disse o CEO do CTC, Gustavo Leite, em entrevista à Reuters.
A CTC fez pedidos para venda de açúcar feito de cana transgênica aos Estados Unidos e no Canadá. Buscará aprovação regulamentar na China, Índia, Japão, Rússia, Coreia do Sul e Indonésia, disse Leite.
O Brasil tem cerca de 10 milhões de hectares de campos de cana-de-açúcar e potencial para plantar cana GM em até 15 por cento dessa área, disse Leite.
Dadas as características da cultura, esse nível pode levar dez anos para ser atingido, disse ele.
No futuro, o CTC, controlado principalmente por empresas que incluem a Copersucar e a Raízen Energia, pretende introduzir tecnologia que tornará a cana tolerante a outros insetos e herbicidas, disse Leite.
Autoridades da indústria açúcareira elogiaram a aprovação, mas disseram que a adoção deverá depender da estratégia comercial de cada companhia.
Jacyr Costa, diretor da Tereos no Brasil, disse que o país irá lucrar com a maior produtividade de seus canaviais, acrescentando que a ciência é fundamental para alcançar isso.
"A adoção de cana transgênica é uma decisão individual de cada companhia, mas é ótimo ter essa opção", disse ele.
Fábio Venturelli, presidente da São Martinho, disse que produtores irão considerar a eventual reação negativa de consumidores contra produtos transgênicos antes de optar pela cana transgênica.
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira o uso comercial da primeira cana-de-açúcar geneticamente modificada (Cana Bt) no mundo, estabelecendo um marco para a indústria de açúcar do país, que responde por cerca de 50 por cento do comércio global da commodity.
O presidente-executivo do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que desenvolveu a tecnologia e fez pedido de aprovação em dezembro de 2015, afirmou que levará alguns anos ainda para que o açúcar produzido com a cana transgênica chegue aos mercados de exportação.
A CTNBio não estava imediatamente disponível para comentário sobre a aprovação.
O CTC, empresa 100 por cento brasileira com foco em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de variedades de cana-de-açúcar, afirmou que a Cana Bt passou por rigorosa avaliação da CTNBio, que a considerou segura sob os aspectos ambiental e de saúde humana e animal.
A nova variedade, CTC 20 Bt, tem como característica a resistência à broca da cana (Diatraea saccharalis), principal praga que ameaça a cultura.
As perdas causadas pela broca chegam a 5 bilhões de reais ao ano, segundo especialistas citados pelo CTC, devido à redução da produtividade agrícola e industrial, da qualidade do açúcar e pelos custos com inseticidas.
A cana transgênica tem o gene Bt (Bacillus thuringiensis), usado amplamente em outras safras geneticamente modificadas como soja e milho.
O Brasil exporta açúcar para cerca de 150 países e cerca de 60 por cento deles não exigem aprovação regulamentar para importar açúcar feito de organismos geneticamente modificados.
"A aprovação da CTNBio é crucial para aqueles que o fazem (exigência da aprovação regulamentar)", disse o CEO do CTC, Gustavo Leite, em entrevista à Reuters.
A CTC fez pedidos para venda de açúcar feito de cana transgênica aos Estados Unidos e no Canadá. Buscará aprovação regulamentar na China, Índia, Japão, Rússia, Coreia do Sul e Indonésia, disse Leite.
O Brasil tem cerca de 10 milhões de hectares de campos de cana-de-açúcar e potencial para plantar cana GM em até 15 por cento dessa área, disse Leite.
Dadas as características da cultura, esse nível pode levar dez anos para ser atingido, disse ele.
No futuro, o CTC, controlado principalmente por empresas que incluem a Copersucar e a Raízen Energia, pretende introduzir tecnologia que tornará a cana tolerante a outros insetos e herbicidas, disse Leite.
Autoridades da indústria açúcareira elogiaram a aprovação, mas disseram que a adoção deverá depender da estratégia comercial de cada companhia.
Jacyr Costa, diretor da Tereos no Brasil, disse que o país irá lucrar com a maior produtividade de seus canaviais, acrescentando que a ciência é fundamental para alcançar isso.
"A adoção de cana transgênica é uma decisão individual de cada companhia, mas é ótimo ter essa opção", disse ele.
Fábio Venturelli, presidente da São Martinho, disse que produtores irão considerar a eventual reação negativa de consumidores contra produtos transgênicos antes de optar pela cana transgênica.