Brasil já é o terceiro maior produtor mundial de biodiesel

20/09/2012 Combustível POR: DCI / Agências
No ano passado, as 61 usinas brasileiras em operação produziram 2,672 bilhões de litros de biodiesel , segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume foi 129% maior que o registrado em 2008 (1,167 bilhão de litros), quando a mistura de biodiesel ao diesel mineral se tornou obrigatória.
Apesar de o mercado doméstico estar limitado ao chamado B5 (diesel que tem adição de 5% de biodiesel ) e de o Brasil ainda não ter uma tradição na exportação do produto, as empresas do setor estão confiantes na sua expansão e já estudam investir na ampliação de capacidade.
Petrobras lidera setor
Atualmente, o país ainda consome volume equivalente a menos da metade da capacidade instalada nacional (7 bilhões de litros), mas já é líder mundial em consumo do biocombustível.
Quem encabeça este movimento é a Petrobras Biocombustível, subsidiária da estatal criada em 2008. A empresa reservou US$ 690 milhões dos US$ 2,5 bilhões em investimentos previstos no seu Plano de Negócios (2012-2016) para a produção de biodiesel . Entre os projetos, destaca-se uma nova usina no Pará, que será abastecida com óleo de palma. Avaliado em US$ 100 milhões, o complexo compreende o plantio de cinco mil hectares de palma e uma unidade que produzirá 200 milhões de litros por ano de biodiesel . A ideia, segundo o presidente da empresa, Miguel Rossetto, é atender prioritariamente a Região Norte a partir de 2015. Esta será a sexta usina da estatal, que possui três unidades próprias (BA, CE e MG) e duas em parceria com a BSBIOS nos municípios de Marialva (PR) e Passo Fundo (RS). Juntas, as cinco usinas já existentes têm capacidade de cerca de 700 milhões de litros por ano ou 10% da capacidade nacional.
Mudança na Argentina
O governo argentino anunciou novas mudanças nos impostos aplicados sobre as exportações de biodiesel , chamados de retenções. Os empresários do setor foram participaram de uma reunião na Casa Rosada, onde foram informados sobre a adoção de um sistema de retenções variáveis para o produto.
O setor ainda não sabe como será o novo sistema, mas há informações de que as retenções poderiam variar entre 17% a 24%, com revisões quinzenais. O esquema deve amortecer os efeitos provocados por medida anterior, que aumentou a alíquota de 20% para 32%, anunciada há um mês pelo ministro de Economia, Hernán Lorenzino, e o secretário de Política Econômica, Axel Kicillof.