O setor açucareiro do Brasil está encontrando certo alívio com a queda do real, que está ajudando as usinas do maior produtor do mundo a voltar a ter lucros.
As usinas com balanços estáveis tiveram uma margem de lucro de cerca de 20% nos últimos seis meses, disse Paulo Roberto de Souza, CEO da Copersucar, que tem 37 usinas associadas no país.
O real desvalorizado beneficia as usinas porque elas pagam a maior parte dos custos nessa moeda, mas vendem a commodity em dólares.
O setor açucareiro do Brasil está em um ponto de inflexão e o país voltou a ser o produtor com os menores custos do mundo depois da crise política e econômica que fez com que o real caísse mais de 30% no ano passado, de acordo com Soren Schroder, CEO da Bunge, proprietária de oito usinas no Brasil.
Anteriormente, a queda dos preços e os balanços apertados levaram usinas deficitárias a fechar e tornaram mais difícil que elas conseguissem financiamento.
"A moeda desvalorizada dará um respiro para o setor antes que ele consiga aumentar a produtividade", disse Souza no domingo, em uma entrevista na Dubai Sugar Conference, um evento privado para 400 profissionais do setor.
"Um ou dois anos é o tempo de que o Brasil precisa para garantir que continuará sendo o produtor de custo mais baixo. Não podemos depender somente da moeda".
O açúcar precificado em reais aumentou 45 por cento desde junho e atingiu uma alta recorde no dia 4 de janeiro. Essa é uma grande reviravolta, porque em 2014 os preços chegaram ao valor mais baixo em três anos.
O real desvalorizado ajudou a cortar os custos de produção no Brasil em US% 0,08 a US$ 0,10 de dólar por libra em relação ao pico registrado em 2011, de acordo com a Bunge.
O custo total da fabricação de açúcar no Brasil caiu de US$ 0,10 a US$ 0,12 centavos de dólar por libra, disse Martin Todd, diretor administrativo da empresa de pesquisa LMC International, durante a conferência no domingo.
Usinas lucrativas Embora as usinas tenham sido lucrativas nos últimos seis meses, os bancos que cortaram o financiamento não voltaram a conceder empréstimos, assegura a Copersucar.
É necessário que haja um longo período de melhores preços para atrair investimentos, disse Souza. Schroder, da Bunge, disse que os preços precisam estar na faixa de US$ 0,14 a US$ 0,16 por libra como incentivo para que as usinas se expandam e acima dessa faixa para estimular novos projetos.
O açúcar bruto estava a US$ 0,1309 em Nova York na segunda-feira.
"Quando falamos de crescimento, isso depende do financiamento, e o financiamento ainda não está disponível", disse Souza. "Sem financiamento, nada vai acontecer".
As usinas do Brasil precisam se tornar mais eficientes para sustentar os lucros quando o real se fortalecer, de acordo com a Bunge, que estima que 47 usinas tenham fechado nos últimos três a quatro anos.
Mesmo que os produtores plantem mais cana-de-açúcar, a Bunge diz que o setor de açúcar e de etanol do Brasil não expandirá a capacidade de processamento com a rapidez necessária para satisfazer a crescente demanda mundial.
"Há muitas oportunidades no Brasil para melhorar o rendimento", disse Schroder. "Precisamos pensar em um modo de assegurar a viabilidade a longo prazo mesmo que as coisas voltem a padrões mais normais e, com isso, esperamos criar o apetite por investimentos no setor brasileiro de processamento da cana, pois é disso que o mercado precisa".
O setor açucareiro do Brasil está encontrando certo alívio com a queda do real, que está ajudando as usinas do maior produtor do mundo a voltar a ter lucros.
As usinas com balanços estáveis tiveram uma margem de lucro de cerca de 20% nos últimos seis meses, disse Paulo Roberto de Souza, CEO da Copersucar, que tem 37 usinas associadas no país.
O real desvalorizado beneficia as usinas porque elas pagam a maior parte dos custos nessa moeda, mas vendem a commodity em dólares.
O setor açucareiro do Brasil está em um ponto de inflexão e o país voltou a ser o produtor com os menores custos do mundo depois da crise política e econômica que fez com que o real caísse mais de 30% no ano passado, de acordo com Soren Schroder, CEO da Bunge, proprietária de oito usinas no Brasil.
Anteriormente, a queda dos preços e os balanços apertados levaram usinas deficitárias a fechar e tornaram mais difícil que elas conseguissem financiamento.
"A moeda desvalorizada dará um respiro para o setor antes que ele consiga aumentar a produtividade", disse Souza no domingo, em uma entrevista na Dubai Sugar Conference, um evento privado para 400 profissionais do setor.
"Um ou dois anos é o tempo de que o Brasil precisa para garantir que continuará sendo o produtor de custo mais baixo. Não podemos depender somente da moeda".
O açúcar precificado em reais aumentou 45 por cento desde junho e atingiu uma alta recorde no dia 4 de janeiro. Essa é uma grande reviravolta, porque em 2014 os preços chegaram ao valor mais baixo em três anos.
O real desvalorizado ajudou a cortar os custos de produção no Brasil em US% 0,08 a US$ 0,10 de dólar por libra em relação ao pico registrado em 2011, de acordo com a Bunge.
O custo total da fabricação de açúcar no Brasil caiu de US$ 0,10 a US$ 0,12 centavos de dólar por libra, disse Martin Todd, diretor administrativo da empresa de pesquisa LMC International, durante a conferência no domingo.
Usinas lucrativas Embora as usinas tenham sido lucrativas nos últimos seis meses, os bancos que cortaram o financiamento não voltaram a conceder empréstimos, assegura a Copersucar.
É necessário que haja um longo período de melhores preços para atrair investimentos, disse Souza. Schroder, da Bunge, disse que os preços precisam estar na faixa de US$ 0,14 a US$ 0,16 por libra como incentivo para que as usinas se expandam e acima dessa faixa para estimular novos projetos.
O açúcar bruto estava a US$ 0,1309 em Nova York na segunda-feira.
"Quando falamos de crescimento, isso depende do financiamento, e o financiamento ainda não está disponível", disse Souza. "Sem financiamento, nada vai acontecer".
As usinas do Brasil precisam se tornar mais eficientes para sustentar os lucros quando o real se fortalecer, de acordo com a Bunge, que estima que 47 usinas tenham fechado nos últimos três a quatro anos.
Mesmo que os produtores plantem mais cana-de-açúcar, a Bunge diz que o setor de açúcar e de etanol do Brasil não expandirá a capacidade de processamento com a rapidez necessária para satisfazer a crescente demanda mundial.
"Há muitas oportunidades no Brasil para melhorar o rendimento", disse Schroder. "Precisamos pensar em um modo de assegurar a viabilidade a longo prazo mesmo que as coisas voltem a padrões mais normais e, com isso, esperamos criar o apetite por investimentos no setor brasileiro de processamento da cana, pois é disso que o mercado precisa".