Braskem testa uso de açúcar para produção substância usada em plástico tipo PET

17/11/2017 Açúcar POR: Reuters
A Braskem está testando um processo químico renovável que pode fazê-la entrar em novo segmento de mercado, o de insumos para plásticos PET, muito usado em garrafas de bebidas e que possui uma demanda global de milhões e toneladas por ano.
Maior petroquímica das Américas, a Braskem fez parceria com a especialista dinamarquesa em catalisadores Haldor Topsoe para construir uma fábrica em miniatura que testará a viabilidade de produção em larga escala do componente monoetilenoglicol (MEG), um dos principais ingredientes do PET.
A unidade de testes iniciará operações na Dinamarca em 2019 e ocupará uma área de cerca 100 metros quadrados, com altura equivalente a dois a três andares, disse à Reuters o diretor de químicos renováveis da Braskem, Gustavo Sergi, sem revelar valores de investimento.
"Não trabalhamos ainda com MEG, já trabalhamos com PET 10 ou 15 anos atrás, mas podemos agora avaliar a decisão se nos aprofundamos na cadeia do PET", disse Sergi.
Atualmente, o MEG é produzido a partir de petróleo ou gás natural. A indiana India Glycols fabrica o produto a partir de etanol. O Brasil é um importador do produto. Em 2015, as compras de MEG pelo país somaram cerca de 100 mil toneladas, disse o executivo.
Sergi calcula em 25 milhões a 30 milhões de toneladas anuais a demanda do mercado mundial por MEG, sendo que 85 por cento do produto é destinado para a produção de PET, uma das cinco principais resinas do mundo. O restante é usado em aplicações para indústria têxtil, em anticongelantes e solventes, afirmou.
Segundo Sergi, testes de laboratório e pilotos realizados pela Braskem demonstraram que o MEG a partir de açúcar tem um rendimento maior que o obtido a partir de etanol, mas ele evitou citar números precisos.
"A primeira fase dos testes é usarmos açúcar vindo de cana, mas o nosso objetivo é termos flexibilidade para a tecnologia, como utilizarmos açúcar vindo de beterraba e açúcar de segunda geração, proveniente de biomassa", disse o executivo, citando açúcar celulósico, que pode ser gerado a partir de resíduos como palha de cana.
A expectativa da companhia é que uma decisão sobre prosseguir com a construção de uma fábrica em escala industrial, com capacidade para centenas de milhares de toneladas, aconteça entre 2020 e 2021, disse Sergi.
O MEG é uma das frentes de desenvolvimento de plásticos produzidos a partir de fontes renováveis pela Braskem. Uma fábrica de "plástico verde", que produz eteno e polietileno a partir de cana-de-açúcar, foi aberta em 2010, em Triunfo (RS), com capacidade para 200 mil toneladas anuais.
O investimento na unidade desde 2007 soma cerca de 300 milhões de dólares, disse Sergi, acrescentando que a fábrica opera atualmente com capacidade quase total.
"A demanda por plástico verde é crescente. Exportamos para Ásia, Europa, Estados Unidos e América do Sul. As empresas consumidoras têm metas de redução de carbono junto a governos e os clientes delas também estão demandando", disse o executivo.
A Braskem está testando um processo químico renovável que pode fazê-la entrar em novo segmento de mercado, o de insumos para plásticos PET, muito usado em garrafas de bebidas e que possui uma demanda global de milhões e toneladas por ano.
Maior petroquímica das Américas, a Braskem fez parceria com a especialista dinamarquesa em catalisadores Haldor Topsoe para construir uma fábrica em miniatura que testará a viabilidade de produção em larga escala do componente monoetilenoglicol (MEG), um dos principais ingredientes do PET.
A unidade de testes iniciará operações na Dinamarca em 2019 e ocupará uma área de cerca 100 metros quadrados, com altura equivalente a dois a três andares, disse à Reuters o diretor de químicos renováveis da Braskem, Gustavo Sergi, sem revelar valores de investimento.
"Não trabalhamos ainda com MEG, já trabalhamos com PET 10 ou 15 anos atrás, mas podemos agora avaliar a decisão se nos aprofundamos na cadeia do PET", disse Sergi.
Atualmente, o MEG é produzido a partir de petróleo ou gás natural. A indiana India Glycols fabrica o produto a partir de etanol. O Brasil é um importador do produto. Em 2015, as compras de MEG pelo país somaram cerca de 100 mil toneladas, disse o executivo.
Sergi calcula em 25 milhões a 30 milhões de toneladas anuais a demanda do mercado mundial por MEG, sendo que 85 por cento do produto é destinado para a produção de PET, uma das cinco principais resinas do mundo. O restante é usado em aplicações para indústria têxtil, em anticongelantes e solventes, afirmou.
Segundo Sergi, testes de laboratório e pilotos realizados pela Braskem demonstraram que o MEG a partir de açúcar tem um rendimento maior que o obtido a partir de etanol, mas ele evitou citar números precisos.
"A primeira fase dos testes é usarmos açúcar vindo de cana, mas o nosso objetivo é termos flexibilidade para a tecnologia, como utilizarmos açúcar vindo de beterraba e açúcar de segunda geração, proveniente de biomassa", disse o executivo, citando açúcar celulósico, que pode ser gerado a partir de resíduos como palha de cana.
A expectativa da companhia é que uma decisão sobre prosseguir com a construção de uma fábrica em escala industrial, com capacidade para centenas de milhares de toneladas, aconteça entre 2020 e 2021, disse Sergi.
O MEG é uma das frentes de desenvolvimento de plásticos produzidos a partir de fontes renováveis pela Braskem. Uma fábrica de "plástico verde", que produz eteno e polietileno a partir de cana-de-açúcar, foi aberta em 2010, em Triunfo (RS), com capacidade para 200 mil toneladas anuais.
O investimento na unidade desde 2007 soma cerca de 300 milhões de dólares, disse Sergi, acrescentando que a fábrica opera atualmente com capacidade quase total.
"A demanda por plástico verde é crescente. Exportamos para Ásia, Europa, Estados Unidos e América do Sul. As empresas consumidoras têm metas de redução de carbono junto a governos e os clientes delas também estão demandando", disse o executivo.