Buscando um futuro seguro e rentável para o produtor de cana

A Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), entidade que representa mais de 12 mil produtores e parceiros de cana em toda a região Centro-Sul do Brasil, elegeu uma nova diretoria para o período das safras 2019/20 a 2021/22. O novo presidente é o empresário e agropecuarista, Gustavo Rattes de Castro.  Ele, que já foi presidente da APMP (Associação dos Produtores de Matéria-Prima) de Rio Verde-GO, também é diretor do Consecana-SP (Conselho dos Produtores de Cana- -de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo). Castro irá substituir Eduardo Vasconcellos Romão (que ocupou a presidência da Orplana entre 2016 e os primeiros meses de 2019) e falou com a Revista Canavieiros. Confira!
 
Por: Fernanda Clariano
 
Revista Canavieiros: Qual será a marca da sua gestão?
Gustavo Rattes de Castro: Será o fortalecimento da entidade com uma gestão mais compartilhada e aberta.
 
Revista Canavieiros: O que significa estar à frente da Orplana, uma entidade com mais de 40 anos?
Castro: Significa um grande desafio e responsabilidade frente às demandas do setor.
 
Revista Canavieiros: O que o senhor espera do setor até 2022 e como pretende contribuir?
Castro: Espero que o setor se fortaleça, buscando maior rentabilidade ao produtor. Que o produtor de cana se profissionalize cada vez mais com o apoio de suas Associações e da Orplana, objetivando sua sustentabilidade plena.
 
Revista Canavieiros: Em sua opinião, como os produtores devem se preparar para a demanda crescente por alimentos, fibra e energia do mundo?
Castro: Os produtores devem buscar incrementar sua produção com novas tecnologias visando baixo custo e maior rentabilidade; e cada vez mais unidos através do associativismo.
Essa é a única maneira de conseguir transformar um cenário tão impactante ao produtor de cana como nos deparamos hoje.
 
Revista Canavieiros: Como o senhor tem visto o trabalho da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Diniz Junqueira?
Castro: A ministra Tereza Cristina é uma pessoa muito bem preparada, está desenvolvendo um belo trabalho frente às demandas, desburocratizando o sistema e dando mais visibilidade e agilidade para o agro. Acredito que o secretário da Agricultura terá um grande desafio em fortalecer a Secretaria com seus Institutos de Pesquisa, promover a coalizão de propósitos, incentivar a integração cada vez maior das instituições públicas e privadas e, sobretudo, fomentar a pesquisa no setor sucroenergético, que se encontra tão sofrido.
 
Revista Canavieiros: Como o senhor vê a questão do RenovaBio?
Castro: O RenovaBio é um programa bem estruturado que estamos apoiando, mas precisamos fazer alguns ajustes técnicos para que os fornecedores possam participar direto do recebimento dos CBios.
 
Revista Canavieiros: A questão da sucessão nos negócios é um desafio na cadeia produtiva da cana-de-açúcar?
Castro: Certamente é um desafio. Encontrar o sucessor de um negócio que nos envolvemos tão de perto nos deixa cada vez mais preocupados. Confiar a alguém a condução do seu patrimônio requer muita estratégia, profissionais orientados e propósitos sinérgicos. A profissionalização das bases do seu negócio é tão importante quanto buscar um sucessor, ou dentro do seu negócio, desenvolver alguém.