O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a joint venture entre as gigantes Cargill e Copersucar para combinar suas atividades globais de comercialização de açúcar.
O despacho da Superintendência-Geral do órgão foi publicado nesta segunda-feira no "Diário Oficial da União". O negócio foi anunciado no fim de março.
A Copersucar, que une a produção de quase 100 usinas de açúcar no Brasil, é considerada a maior comercializadora de açúcar e etanol no mundo.
A Cargill, uma das maiores empresas do mundo com capital fechado - tem 140 mil funcionários e atua em 65 países -, origina açúcar nos principais países produtores ao redor do mundo, incluindo o Brasil. A empresa tem sede nos Estados Unidos e faturamento de US$ 137 bilhões com diversos negócios agropecuários.
No Brasil, a empresa opera, em conjunto com outras empresas, o Terminal de Exportação de Açúcar a Granel (Teag), no complexo portuário de Santos.
O acordo deve gerar economias e ganhos de escala para as empresas, que têm negócios complementares.
Em um mercado altamente competitivo, disputado por grandes tradings internacionais, o diferencial da Copersucar é o acesso à matéria-prima. Ela une a produção de 47 usinas sócias e 50 usinas parceiras em um sistema integrado de logística, transporte, armazenamento e vendas.
A Cargill, por sua vez, se destaca pela enorme capacidade logística em várias regiões do mundo. Desde que o negócio de açúcar começou a dar prejuízo à multinacional, em 2011, a companhia tirou o pé desse mercado.
O acordo, portanto, deve acelerar o processo de internacionalização da Copersucar, ao mesmo tempo em que possibilita à Cargill o retorno à posição de liderança no setor. Pela complementaridade dos negócios, analistas destacaram o alto potencial de geração de valor dessa operação para ambas.
As consequências para o resto do mercado não devem ser tão positivas, uma vez que a transação transforma duas grandes comercializadoras rivais em uma nova empresa, de porte ainda maior.
Acordo
A nova empresa será uma joint venture independente de suas duas controladoras e terá um novo nome, a ser anunciado quando a transação for concluída.
Pelo acordo, cada empresa terá fatia de 50% na nova companhia. A expectativa é que elas entrem em operação neste semestre.
As atividades de trading serão sediadas em Genebra, na Suíça. A joint venture terá escritórios em Hong Kong, São Paulo, Miami, Delhi, Moscou, Jacarta, Xangai, Bangkok e Dubai.
Os negócios de etanol e os ativos fixos das duas empresas, como terminais e usinas, não farão parte da transação. Segundo comunicado divulgado quando o negócio foi anunciado, em março, essas atividades continuarão sendo negócios separados, individualmente controlados pela Cargill e Copersucar.
"A joint venture consolidará a capacidade de ambas as empresas, visando aumentar a eficiência, a qualidade e os serviços na cadeia produtiva de açúcar, além de alavancar um profundo conhecimento do mercado mundial para beneficiar nossos clientes", disseram as companhias no comunicado de março.
Diretoria
Ivo Sarjanovic, que atualmente lidera o negócio global de açúcar da Cargill, será indicado como presidente-executivo (CEO), assim que a nova empresa for constituída. Soren Hoed Jensen, diretor-executivo comercial da Copersucar, será o diretor de operações (COO).
Já Stefano Tonti, atual controller global dos negócios de trading e açúcar da Cargill, será o diretor financeiro (CFO) e Luis Roberto Pogetti, que preside o Conselho de Administração da Copersucar, será o primeiro presidente rotativo do Conselho de Administração da nova sociedade.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a joint venture entre as gigantes Cargill e Copersucar para combinar suas atividades globais de comercialização de açúcar.
O despacho da Superintendência-Geral do órgão foi publicado nesta segunda-feira no "Diário Oficial da União". O negócio foi anunciado no fim de março.
A Copersucar, que une a produção de quase 100 usinas de açúcar no Brasil, é considerada a maior comercializadora de açúcar e etanol no mundo.
A Cargill, uma das maiores empresas do mundo com capital fechado - tem 140 mil funcionários e atua em 65 países -, origina açúcar nos principais países produtores ao redor do mundo, incluindo o Brasil. A empresa tem sede nos Estados Unidos e faturamento de US$ 137 bilhões com diversos negócios agropecuários.
No Brasil, a empresa opera, em conjunto com outras empresas, o Terminal de Exportação de Açúcar a Granel (Teag), no complexo portuário de Santos.
O acordo deve gerar economias e ganhos de escala para as empresas, que têm negócios complementares.
Em um mercado altamente competitivo, disputado por grandes tradings internacionais, o diferencial da Copersucar é o acesso à matéria-prima. Ela une a produção de 47 usinas sócias e 50 usinas parceiras em um sistema integrado de logística, transporte, armazenamento e vendas.
A Cargill, por sua vez, se destaca pela enorme capacidade logística em várias regiões do mundo. Desde que o negócio de açúcar começou a dar prejuízo à multinacional, em 2011, a companhia tirou o pé desse mercado.
O acordo, portanto, deve acelerar o processo de internacionalização da Copersucar, ao mesmo tempo em que possibilita à Cargill o retorno à posição de liderança no setor. Pela complementaridade dos negócios, analistas destacaram o alto potencial de geração de valor dessa operação para ambas.
As consequências para o resto do mercado não devem ser tão positivas, uma vez que a transação transforma duas grandes comercializadoras rivais em uma nova empresa, de porte ainda maior.
Acordo
A nova empresa será uma joint venture independente de suas duas controladoras e terá um novo nome, a ser anunciado quando a transação for concluída.
Pelo acordo, cada empresa terá fatia de 50% na nova companhia. A expectativa é que elas entrem em operação neste semestre.
As atividades de trading serão sediadas em Genebra, na Suíça. A joint venture terá escritórios em Hong Kong, São Paulo, Miami, Delhi, Moscou, Jacarta, Xangai, Bangkok e Dubai.
Os negócios de etanol e os ativos fixos das duas empresas, como terminais e usinas, não farão parte da transação. Segundo comunicado divulgado quando o negócio foi anunciado, em março, essas atividades continuarão sendo negócios separados, individualmente controlados pela Cargill e Copersucar.
"A joint venture consolidará a capacidade de ambas as empresas, visando aumentar a eficiência, a qualidade e os serviços na cadeia produtiva de açúcar, além de alavancar um profundo conhecimento do mercado mundial para beneficiar nossos clientes", disseram as companhias no comunicado de março.
Diretoria
Ivo Sarjanovic, que atualmente lidera o negócio global de açúcar da Cargill, será indicado como presidente-executivo (CEO), assim que a nova empresa for constituída. Soren Hoed Jensen, diretor-executivo comercial da Copersucar, será o diretor de operações (COO).
Já Stefano Tonti, atual controller global dos negócios de trading e açúcar da Cargill, será o diretor financeiro (CFO) e Luis Roberto Pogetti, que preside o Conselho de Administração da Copersucar, será o primeiro presidente rotativo do Conselho de Administração da nova sociedade.