Para Ernesto Alves de Oliveira Filho, presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cajobi, a doação, recebida no dia 29 de outubro, foi muito bem-vinda. “A nossa entidade tem muita necessidade de cadeiras de roda, já que temos uma grande carência e sempre precisamos emprestá-las às pessoas necessitadas. Toda ajuda é sempre muito bem recebida, pois, apesar de termos convênios municipais e estaduais, contamos com a contribuição da comunidade para mantermos a qualidade dos nossos serviços”.
Para fazer a entrega, a encarregada BioCoop esteve acompanhada pela gerente do PA (Posto de Atendimento) da Sicoob Cocred no município, Priscila Shinyashiki.
A entidade, fundada em 1.982 sob os valores da caridade, pelo Monsenhor José Maria Soares Bezerra, conhecido como Padre Zezinho, tem como principal objetivo prestar atendimento hospitalar gratuito à população de Cajobi e região. Para isso, dispõe de 32 leitos e Pronto-Socorro 24 horas.
De acordo com o presidente, a Santa Casa realizou, em 2014, mais de 25 mil consultas, com 715 internações e 235 cirurgias. “Todos nós conhecemos a difícil situação econômica pela qual passam os hospitais de todo o Brasil, mas não podemos ficar lastimando a situação de braços cruzados. Precisamos, diante do desafio, arregaçar as mangas e fazer a nossa parte. Isso já estamos fazendo há bastante tempo, com o apoio da sociedade cajobiense, por meio dos eventos que realizamos, e, principalmente, de empresas, que nos ajudam a continuar nossa missão. Por isso, em nome de toda equipe da Santa Casa, agradeço ao Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred pela doação e, também, à BioCoop, por esta iniciativa que ajuda pessoas necessitadas de locomoção especial e também ao meio ambiente”.
A repercussão da entrega da cadeira foi tão positiva, que, em sinal de agradecimento, os funcionários do hospital enviaram, no dia seguinte à doação, por meio do PA da Sicoob Cocred, 30 garrafas pet de lacres à BioCoop.
Para os interessados em ajudar a Santa Casa, o endereço da instituição é Rua Adélio Rosa, 375, no Centro. Fone: (17) 3563-9999.
Bebedouro
Quando alguém atravessa o portão do Lar do Idoso em Bebedouro, logo atrai olhares. Afinal, 80% dos moradores dali não têm atenção alguma da família. Uns se entregam a um demorado abraço. E também querem – ou precisam – falar. Nem que seja para agradecer por mais uma doação recebida.
A cadeira de roda foi entregue no dia 10 de novembro, pela encarregada da BioCoop, Milena Talamoni, e pelo agrônomo da Canaoeste na cidade, André Volpe. Eles foram recepcionados por Melissa Duarte Zanim, assistente administrativa, que está há 15 anos na entidade e mostrou as instalações, além de contar um pouco da história do local.
O lar foi construído pelo médico Ricardo Dias de Toledo, já falecido. Ele confidenciou ao Monsenhor José Figols – padre espanhol que reside em Bebedouro – que gostaria que um grupo religioso se responsabilizasse pela gestão dos atendimentos. Hoje, a instituição é gerida por três freiras da Congregação Servas do Senhor, com sede em Botucatu-SP: a assistente social Lurdinha, a coordenadora Cecília e a presidente Lidovina.
Inaugurada em 1.989, presta assistência a 34 idosos, sendo 14 homens e 20 mulheres. A capacidade é para 38, mas, segundo Melissa, algumas vagas são reservadas a emergências. Vinte funcionários se revezam nos cuidados, além de voluntários, como uma podóloga e uma cabeleireira. Por meio de uma parceria com a Unifafibe, um centro universitário local, os moradores também recebem, de estudantes, atenção fisioterápica e psicológica.
A manutenção do local é feita com repasses públicos ou verbas arrecadadas em eventos, como a tradicional Festa do Caminhoneiro, realizada todo mês de setembro e que distribui recursos a quatro entidades, além de almoços e bazares.
O Lar do Idoso é um dos três asilos de Bebedouro. Acolhe, em sua maioria, cadeirantes e acamados, geralmente com histórico de maus-tratos. São pessoas de 60 a 90 anos, algumas com doenças degenerativas, como o Mal de Alzheimer. Apenas uma em cada cinco conta com o apoio dos familiares. O restante convive com o abandono.
Uma das exceções é “seo” Lídio Alves de Oliveira, de 81 anos. Ele diz ter duas filhas, que sempre o visitam. E, por isso, está no lar por opção. “Tenho problemas de coração e próstata. Comecei a me tratar com um médico de Catanduva, mas achei melhor vir para cá. Queria ter uma atenção melhor para a minha saúde. Aqui, tenho o amparo dos profissionais todo o tempo. Vim para passar só um período, mas gostei tanto que decidi ficar”.
Quem também optou por ficar foi Sidinéia Cesário de Carvalho, de 60 anos. Mas não pense que ela é moradora. É a funcionária mais antiga da entidade. Está lá desde o ano da fundação. Começou como auxiliar de serviços gerais e, agora, trabalha na lavanderia. O ingresso foi meio por acaso. “Uma amiga soube que estavam precisando de funcionários. Viemos e fomos contratadas no mesmo dia. Essa minha amiga já saiu e eu permaneci”. Quando alguém pergunta o que mais aprendeu nesse tempo todo, não hesita. “Respeito pelos idosos. Eles precisam do nosso carinho e da nossa atenção”.
Aos que quiserem fazer doações, o endereço do lar é Alameda Corcovado, 222, Residencial Parati. Telefone: (17) 3342-5268.
Descalvado
Carinho e atenção também são necessidades constantes das crianças e adultos atendidos pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que foi a entidade escolhida em Descalvado para receber a cadeira de roda. Em 13 de novembro, a encarregada da BioCoop, acompanhada por Breno Souza, agrônomo da Canaoeste no município, e por Edvaldo Assoni, gerente local da Loja de Ferragem e Magazine da Copercana, fez a doação à diretora pedagógica da instituição, Maria Therezinha Lucarini, e à secretária, Andréia Simone Daniel Dutra. Em troca, recebeu 37 garrafas pet cheias de lacre para a continuidade da campanha, totalizando 22 quilos.
A APAE de Descalvado tem 45 anos. Nasceu do sonho de dois amigos: Percílio de Oliveira e Arlindo Zóia. O primeiro morava em São Paulo e, uma vez, quando passava férias no interior, comentou com Arlindo que, na Capital, havia uma escola especial voltada ao atendimento a pessoas com deficiência. Na época, o assunto ainda era tabu. O preconceito era muito comum nas próprias famílias, que impediam os filhos deficientes até de sair de casa. Para Oliveira, era preciso mudar esse cenário.
De volta a São Paulo, ele conseguiu duas vagas para treinamento de pessoal. Duas mulheres se candidataram como voluntárias: Maria Aparecida Fioroni Kastein, conhecida como “Fi”, e Maria Lúcia Zóia, a Mara, filha de Arlindo. Com recursos próprios, elas fizeram o curso e chegaram dispostas a aplicar o conhecimento adquirido. Com isso, em 15 de agosto de 1970, a APAE foi fundada no município, tendo Arlindo Zóia como primeiro presidente. Ele concentrou o trabalho na legalização da entidade, na elaboração do estatuto social e nos registros públicos nas esferas federal, estadual e municipal, além da obtenção de um local provisório para funcionamento, reivindicando, ainda, a doação de um terreno para a construção das futuras instalações.
Com essas conquistas, a instituição foi ampliando sua atuação. Hoje, presidida por Geni Pressinoti Mayese, oferece Educação Especial, nas modalidades de Ensino Infantil, Médio e para Jovens e Adultos, a 68 pessoas, sendo 17 com mais de 30 anos. Para isso, mantém convênios com os poderes públicos, nas três esferas, e depende de doações, de qualquer tipo. Outra parte dos recursos é garantida com a realização de duas rifas anuais, cada uma presenteando o ganhador com um automóvel zero quilômetro.
O trabalho visa, também, ao desenvolvimento esportivo. Segundo a professora de Educação Física, Maria Cristina Criste Adorno, 2015 foi especial, com destaque em duas competições: a APAE de Descalvado classificou um aluno para a fase nacional das Olimpíadas Especiais, realizadas a cada três anos, e natação faturou o terceiro lugar por equipes nos Jogos Regionais para atletas com deficiência.
Para doações, o endereço da entidade é Rua Dr. Vitório Amadeu Casati, 26, Vila Municipal. Fones: (19) 3583-6911 / 3583-1744.
Satisfação
Para a encarregada da BioCoop, doar quatro cadeiras de roda em menos de um mês é gratificante. “É a certeza do comprometimento da sociedade com a campanha. Mesmo sendo um trabalho de “formiguinha”, que exige empenho e perseverança, pois não é fácil juntar tantos quilos de lacre, é extremamente prazeroso saber que, com a ajuda de todos, o meio ambiente e as entidades estão sendo beneficiados”, declara Milena.
Antes de se despedir de cada entidade, ela deixa uma garrafa pet com rótulo alusivo à campanha. E pede ajuda para que, num futuro breve, outras cadeiras sejam doadas.
Natal Socioambiental: 1º mês é sucesso
Outra campanha já tradicional promovida pela BioCoop, o Natal Sociambiental, entrou em sua 5ª edição a todo vapor. Iniciada em outubro, já pode ser considerada um sucesso. Só no primeiro mês, foi arrecadada quase uma tonelada de recicláveis, mesma quantidade de toda a campanha do ano passado.
De acordo com a encarregada da BioCoop, isso mostra quanto os colaboradores estão engajados e comprometidos. “Todos os anos, eles esperam para poder participar e concorrer aos prêmios em dezembro, além de contribuir com a preservação ambiental, que é a parte mais importante. É fundamental o envolvimento de todos para que o resultado seja alcançado, pois o que está em jogo é a nossa qualidade de vida”.
A campanha funciona da seguinte maneira: a cada 20 embalagens recicláveis enviadas à BioCoop, o colaborador do Sistema ganha um cupom para concorrer a tablet, micro-ondas, lavadora de alta pressão, vales-compra, malas e bolsas de viagem, kits para churrasco e cestas natalinas. É importante que as embalagens estejam limpas para viabilizar o processo de reciclagem.
Embalagens aceitas pela campanha:
- Sacos plásticos (arroz, feijão, açúcar, sal, sacolas, etc)
- Garrafas pet (refrigerante, suco, óleo, etc)
- Embalagens plásticas (amaciante, detergente, alvejante, água sanitária, frascos de xampu, condicionador, hidratante, sabonete líquido, etc)
- Embalagens de papelão (caixas de creme dental, ovos, sabonete, sapato e sabão em pó, rolos de papel alumínio, de plástico filme e de papel higiênico, etc)
- Embalagens de vidro (palmito, massa de tomate, azeitona, refrigerante, suco, perfume, etc – todas inteiras)
- Enlatados (achocolatado, milho, ervilha, massa de tomate, leite em pó)
- Caixas tetrapak (leite, creme de leite, suco)
Embalagens não aceitas:
- Copos descartáveis
- Isopor
- Sacos laminados (bolacha, café, salgadinhos)
- Bandejas de bolo
- Papéis (revistas, jornais)
‘Seu reciclável vale muito’: expectativas superadas
A campanha de arrecadação de materiais recicláveis anterior a de Natal, “Seu reciclável vale muito”, também superou – e muito – os números de 2014. Em nove meses de duração (janeiro a setembro), foram recolhidas 4,5 toneladas, mais que o dobro em comparação com o ano passado.
Nesta campanha, a cada 15 embalagens, o colaborador do Sistema ganha um cupom para concorrer a uma cesta básica e uma de higiene pessoal. No total, foram 16 sorteados, com 32 cestas distribuídas. O encerramento foi feito no dia 25 de setembro.
“Isso tudo não seria possível sem a participação dos nossos colaboradores, que aumenta a cada ano. As premiações são apenas um incentivo para quem participa, buscando novos hábitos, qualidade de vida e um planeta melhor. A BioCoop, em nome do Sistema, agradece a todos os que destinaram seus materiais e parabeniza os ganhadores. Esperamos, em 2016, arrecadar ainda mais embalagens”, conclui Milena.