O pacote de ajuda ao setor sucroalcooleiro, anunciado na semana passada, deu novo fôlego às usinas, mas não a ponto de estimular um movimento de fusões entre as grandes e as pequenas, em crise, segundo o mercado. "As empresas que poderiam comprar não querem adquirir", disse ao Broadcast o diretor de Agronegócios do Itaú BBA, Alexandre Figliolino. "As companhias estão extremamente focadas em acertar a parte agrícola e em enxugar custos, sem humor para ir atrás de compras. Estão mais preocupados em sobreviver", diz.
O presidente da União dos Produtores de Bioenergia (UPOP), Celso Junqueira Franco, também afirma que fusões e aquisições são pouco prováveis. "É natural que isso (consolidação) ocorra em um setor que gere rentabilidade, mas não é o que verificamos atualmente no Brasil devido ao intervencionismo do governo", comenta.
Outros dois fatores que desfavorecem esses movimentos, segundo Franco, são a dívida de algumas unidades, que em alguns casos ultrapassam o capital total da empresa, e o
cumprimento de todas as normas ambientais, principalmente nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, necessárias para a liberação do dinheiro pelo BNDES.
Em relatório divulgado há duas semanas, durante evento em Ribeirão Preto, Figliolino mostrou que, para ganhar competitividade, 45 usinas precisariam passar por algum tipo de fusão ou aquisição. Segundo o Itaú BBA, essas usinas respondem por cerca de 10% do processamento da região Centro-Sul. Outras 45 (18% na moagem da região) necessitariam de algum tipo de recuperação, na avaliação do diretor do banco.
Kellen Moraes e José Roberto Gomes
O pacote de ajuda ao setor sucroalcooleiro, anunciado na semana passada, deu novo fôlego às usinas, mas não a ponto de estimular um movimento de fusões entre as grandes e as pequenas, em crise, segundo o mercado. "As empresas que poderiam comprar não querem adquirir", disse ao Broadcast o diretor de Agronegócios do Itaú BBA, Alexandre Figliolino. "As companhias estão extremamente focadas em acertar a parte agrícola e em enxugar custos, sem humor para ir atrás de compras. Estão mais preocupados em sobreviver", diz.
O presidente da União dos Produtores de Bioenergia (UPOP), Celso Junqueira Franco, também afirma que fusões e aquisições são pouco prováveis. "É natural que isso (consolidação) ocorra em um setor que gere rentabilidade, mas não é o que verificamos atualmente no Brasil devido ao intervencionismo do governo", comenta.
Outros dois fatores que desfavorecem esses movimentos, segundo Franco, são a dívida de algumas unidades, que em alguns casos ultrapassam o capital total da empresa, e o
cumprimento de todas as normas ambientais, principalmente nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, necessárias para a liberação do dinheiro pelo BNDES.
Em relatório divulgado há duas semanas, durante evento em Ribeirão Preto, Figliolino mostrou que, para ganhar competitividade, 45 usinas precisariam passar por algum tipo de fusão ou aquisição. Segundo o Itaú BBA, essas usinas respondem por cerca de 10% do processamento da região Centro-Sul. Outras 45 (18% na moagem da região) necessitariam de algum tipo de recuperação, na avaliação do diretor do banco.
Kellen Moraes e José Roberto Gomes