A Agrishow 2016 (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) movimentou R$ 1,95 bilhão de negócios, 2% a mais em relação à edição anterior, que foi de R$ 1,9 bilhão. Com um público de 152 mil pessoas vindas de 69 países para conhecer as novidades, tecnologias e serviços apresentados por 800 expositores, a feira, realizada entre os dias 25 e 29 de abril, foi considerada boa pelos representantes da organização, formada pelas principais entidades do agronegócio do Brasil: ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Faesp (Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo) e SRB (Sociedade Rural Brasileira).
O valor pode ultrapassar os R$ 2 bilhões quando o resultado oficial do evento for divulgado no final de maio, afirmou o presidente da Agrishow e da Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Fábio Meirelles. "Tenho uma convicção de que possivelmente alcançaremos ou até poderemos passar dos R$ 2 bilhões, o que demonstra à organização o desenvolvimento em um momento de grande dificuldade na política econômica”, argumentou.
Como havia afirmado na coletiva de abertura da feira, Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, reforçou novamente que o agronegócio é um dos poucos pilares da economia que continua crescendo, devido a isso, a edição deste ano foi melhor do que no ano passado. “Havia um temor de que houvesse queda nas vendas, mas este resultado mostra a pujança do agronegócio que de fato é o setor que está sustentando a economia do Brasil”, disse ele, contando que a rodada internacional de negócios obteve um recorde de US$ 18 milhões de vendas, entre negócios fechados e futuros, com prospecções para os próximos 12 meses. “Esse montante representa um incremento de 23% em comparação com a rodada anterior, sendo que desta vez, tivemos a participação de 46 empresas e 18 delegações de compradores estrangeiros”, esclareceu.
Para Pedro Estevão, presidente da CSMIA/Abimaq (Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o atual cenário político e econômico do país atrapalhou o desempenho da feira, já que o clima de incerteza afugentou o comprador. “Se a gente tivesse um ambiente político melhor, as vendas seriam maiores”, disse.
De acordo com Maurílio Biagi, presidente de honra da Agrishow, o setor sucroenergético teve um papel importante este ano na feira. "A cana, que teve um fator negativo nas últimas edições, contribuiu para o resultado positivo desta feira", afirmou o executivo, ressaltando que o segmento começa a “voltar agora depois de ter sofrido um baque gigantesco”.
Opinião compartilhada com Francisco Matturro, vice-presidente da ABAG. "O preço do açúcar tem subido levemente, mas o que mais impactou o setor canavieiro foi a correção do câmbio. Isso tem gerado renda ao produtor. Outro fator, talvez mais importante neste contexto, é que as máquinas já estão mais velhas, pois são três, quatro anos que não há investimento no segmento. Agora surgiu oportunidade, com um pouco mais de renda, e o fornecedor de cana volta a investir. Então, a Agrishow teve um saldo positivo também com a contribuição do setor canavieiro que estava praticamente ausente no ano passado", disse.
O anúncio de antecipação do Plano Safra para o ciclo 2016/2017, que acabou se concretizando no dia 4 de maio, também foi apontado como determinante para as boas vendas na feira.
“Isso contribuiu para as decisões de compra, já que nós não sabemos o que
o próximo plano trará”, esclareceu na ocasião Maturo.
Governador de SP participa da abertura oficial da Agrishow
“A 23ª Agrishow é um exemplo de sucesso, pois há 23 anos era pequena e hoje é considerada a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e a terceira maior do mundo trazendo novidades de 800 marcas para os pequenos, médios e grandes agricultores, que são quem está salvando a lavoura”, afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre as perspectivas do setor agrícola no Estado durante seu discurso, na abertura oficial da Agrishow 2016.
O governador citou o delicado momento econômico pelo qual o Brasil passa, com três anos seguidos de retração do PIB (Produto Interno Bruto) do país. “É a maior recessão em 80 anos, a economia atualmente derrete”, constatou.
Uma boa saída apontada por Alckmin é continuar alavancando a produtividade paulista e a brasileira incentivando cada vez mais o comércio exterior. “O agronegócio é o único setor que tem registrado números positivos na Balança Comercial brasileira, por isso é importante oferecer condições para que a produção agropecuária brasileira seja exportada”, disse.
O governador criticou a atual política fiscal nacional, com a segunda maior taxa de juros do mundo e gargalos de logística, que encarece o produto brasileiro, resultando em menos competitividade a ele. “Portanto, temos que somarmos os esforços para que o Brasil possa realizar o seu grande destino”, conclui.
Na feira ainda, Alckmin fez o lançamento da Campanha de Combate à Febre Aftosa. "Este ano, o Estado completará 20 anos sem registrar um único foco da doença" disse ele, que aplicou a vacina em um bezerro; entregou sete tratores e três equipamentos adquiridos por meio dos Programas Pró-Trator e Pró-Implemento, do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), além da entrega de caminhão adquirido via Projeto Microbacias II - Acesso ao Mercado, para a Abafa (Associação Batataense dos Produtores da Agricultura Familiar), de Batatais.
"Nós temos o nosso programa Pró-Trator e o Pró-Implemento, que é juro zero, sem correção monetária. Isso permite ao pequeno e médio agricultor comprar seu trator, seu implemento agrícola, com dois anos de carência e até seis anos para poder pagar. Já foram 5.700 equipamentos", disse o governador.
Outras autoridades também marcaram presença na solenidade, como o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, a prefeita de Ribeirão Preto-SP, Darcy Vera, e o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, entre outros.
Ao explanar Rebelo afirmou que a agricultura e a pecuária contribuem para gerar um setor mais dinâmico de empregos. “Nestes dias difíceis, são estes setores quem respondem e carregam nas costas o Brasil e fazem com que o agronegócio seja o único segmento, além do aeroviário com superávit. São eles responsáveis por uma democratização na mesa com a redução do preço da cesta básica e dos alimentos a uma escala que tornou acessível o grão e a proteína na mesa dos pobres”, ressaltou.
O ministro ainda citou que “apesar do cenário atual, o mais difícil foi feito lá atrás com os primeiros passos na plantação das sementes e na criação do gado. Foi complicado iniciar uma indústria de máquinas. Esses foram os períodos mais difíceis. As dificuldades de hoje, podemos superar, com o mesmo espírito, consciência e persistência”, disse.
Já Fábio de Souza Meirelles, presidente da Agrishow, afirmou que o expressivo ganho de produtividade conseguido ao longo dos anos pela agricultura brasileira tem permitido gerar emprego e prover alimentos para os 204 milhões de brasileiros, além de garantir as exportações.
“Pela importância e comprometimento do setor, precisamos confiar o destino da nossa pátria aos homens de trabalho que desenvolvem nossa agropecuária. Aqui temos homens conscientes do momento que vivemos. O homem do campo tem cumprido sua responsabilidade de alimentar a população”, afirmou.
A Agrishow 2016 (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) movimentou R$ 1,95 bilhão de negócios, 2% a mais em relação à edição anterior, que foi de R$ 1,9 bilhão. Com um público de 152 mil pessoas vindas de 69 países para conhecer as novidades, tecnologias e serviços apresentados por 800 expositores, a feira, realizada entre os dias 25 e 29 de abril, foi considerada boa pelos representantes da organização, formada pelas principais entidades do agronegócio do Brasil: ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Faesp (Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo) e SRB (Sociedade Rural Brasileira).
O valor pode ultrapassar os R$ 2 bilhões quando o resultado oficial do evento for divulgado no final de maio, afirmou o presidente da Agrishow e da Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Fábio Meirelles. "Tenho uma convicção de que possivelmente alcançaremos ou até poderemos passar dos R$ 2 bilhões, o que demonstra à organização o desenvolvimento em um momento de grande dificuldade na política econômica”, argumentou.
Como havia afirmado na coletiva de abertura da feira, Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, reforçou novamente que o agronegócio é um dos poucos pilares da economia que continua crescendo, devido a isso, a edição deste ano foi melhor do que no ano passado. “Havia um temor de que houvesse queda nas vendas, mas este resultado mostra a pujança do agronegócio que de fato é o setor que está sustentando a economia do Brasil”, disse ele, contando que a rodada internacional de negócios obteve um recorde de US$ 18 milhões de vendas, entre negócios fechados e futuros, com prospecções para os próximos 12 meses. “Esse montante representa um incremento de 23% em comparação com a rodada anterior, sendo que desta vez, tivemos a participação de 46 empresas e 18 delegações de compradores estrangeiros”, esclareceu.
Para Pedro Estevão, presidente da CSMIA/Abimaq (Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o atual cenário político e econômico do país atrapalhou o desempenho da feira, já que o clima de incerteza afugentou o comprador. “Se a gente tivesse um ambiente político melhor, as vendas seriam maiores”, disse.
De acordo com Maurílio Biagi, presidente de honra da Agrishow, o setor sucroenergético teve um papel importante este ano na feira. "A cana, que teve um fator negativo nas últimas edições, contribuiu para o resultado positivo desta feira", afirmou o executivo, ressaltando que o segmento começa a “voltar agora depois de ter sofrido um baque gigantesco”.
Opinião compartilhada com Francisco Matturro, vice-presidente da ABAG. "O preço do açúcar tem subido levemente, mas o que mais impactou o setor canavieiro foi a correção do câmbio. Isso tem gerado renda ao produtor. Outro fator, talvez mais importante neste contexto, é que as máquinas já estão mais velhas, pois são três, quatro anos que não há investimento no segmento. Agora surgiu oportunidade, com um pouco mais de renda, e o fornecedor de cana volta a investir. Então, a Agrishow teve um saldo positivo também com a contribuição do setor canavieiro que estava praticamente ausente no ano passado", disse.
O anúncio de antecipação do Plano Safra para o ciclo 2016/2017, que acabou se concretizando no dia 4 de maio, também foi apontado como determinante para as boas vendas na feira.
“Isso contribuiu para as decisões de compra, já que nós não sabemos o que o próximo plano trará”, esclareceu na ocasião Maturo.
Governador de SP participa da abertura oficial da Agrishow
“A 23ª Agrishow é um exemplo de sucesso, pois há 23 anos era pequena e hoje é considerada a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e a terceira maior do mundo trazendo novidades de 800 marcas para os pequenos, médios e grandes agricultores, que são quem está salvando a lavoura”, afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre as perspectivas do setor agrícola no Estado durante seu discurso, na abertura oficial da Agrishow 2016.
O governador citou o delicado momento econômico pelo qual o Brasil passa, com três anos seguidos de retração do PIB (Produto Interno Bruto) do país. “É a maior recessão em 80 anos, a economia atualmente derrete”, constatou.
Uma boa saída apontada por Alckmin é continuar alavancando a produtividade paulista e a brasileira incentivando cada vez mais o comércio exterior. “O agronegócio é o único setor que tem registrado números positivos na Balança Comercial brasileira, por isso é importante oferecer condições para que a produção agropecuária brasileira seja exportada”, disse.
O governador criticou a atual política fiscal nacional, com a segunda maior taxa de juros do mundo e gargalos de logística, que encarece o produto brasileiro, resultando em menos competitividade a ele. “Portanto, temos que somarmos os esforços para que o Brasil possa realizar o seu grande destino”, conclui.
Na feira ainda, Alckmin fez o lançamento da Campanha de Combate à Febre Aftosa. "Este ano, o Estado completará 20 anos sem registrar um único foco da doença" disse ele, que aplicou a vacina em um bezerro; entregou sete tratores e três equipamentos adquiridos por meio dos Programas Pró-Trator e Pró-Implemento, do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), além da entrega de caminhão adquirido via Projeto Microbacias II - Acesso ao Mercado, para a Abafa (Associação Batataense dos Produtores da Agricultura Familiar), de Batatais.
"Nós temos o nosso programa Pró-Trator e o Pró-Implemento, que é juro zero, sem correção monetária. Isso permite ao pequeno e médio agricultor comprar seu trator, seu implemento agrícola, com dois anos de carência e até seis anos para poder pagar. Já foram 5.700 equipamentos", disse o governador.
Outras autoridades também marcaram presença na solenidade, como o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, a prefeita de Ribeirão Preto-SP, Darcy Vera, e o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, entre outros.
Ao explanar Rebelo afirmou que a agricultura e a pecuária contribuem para gerar um setor mais dinâmico de empregos. “Nestes dias difíceis, são estes setores quem respondem e carregam nas costas o Brasil e fazem com que o agronegócio seja o único segmento, além do aeroviário com superávit. São eles responsáveis por uma democratização na mesa com a redução do preço da cesta básica e dos alimentos a uma escala que tornou acessível o grão e a proteína na mesa dos pobres”, ressaltou.
O ministro ainda citou que “apesar do cenário atual, o mais difícil foi feito lá atrás com os primeiros passos na plantação das sementes e na criação do gado. Foi complicado iniciar uma indústria de máquinas. Esses foram os períodos mais difíceis. As dificuldades de hoje, podemos superar, com o mesmo espírito, consciência e persistência”, disse.
Já Fábio de Souza Meirelles, presidente da Agrishow, afirmou que o expressivo ganho de produtividade conseguido ao longo dos anos pela agricultura brasileira tem permitido gerar emprego e prover alimentos para os 204 milhões de brasileiros, além de garantir as exportações.
“Pela importância e comprometimento do setor, precisamos confiar o destino da nossa pátria aos homens de trabalho que desenvolvem nossa agropecuária. Aqui temos homens conscientes do momento que vivemos. O homem do campo tem cumprido sua responsabilidade de alimentar a população”, afirmou.